O FICHAMENTO NEUFERT: A ARTE DE PROJETAR EM ARQUITETURA

FICHAMENTO - NEUFERT: A ARTE DE PROJETAR EM ARQUITETURA

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PROLEGÔMENOS (pp.V)

Resumo:

Como o próprio título do texto explica, o conteúdo introdutório ao trabalho de Neufert apresenta preliminarmente noções importantes para a compreensão do livro “A arte de projetar em Arquitetura”.

Inicialmente Neufert contextualiza e justifica a elaboração de seu livro, seguindo pela afirmação de que o arquiteto está em constante movimento através do tempo, onde seu trabalho deve ser absorvido e analisado como um reflexo da situação em que é exposto, ou seja, em contraponto ao seu “manual” de como projetar, Neufert deixa claro que o desenvolvimento de um sistema perfeito de projeto não é possível, pois a criatividade e as novas demandas sempre irão trazer novas questões a serem respondidas pelo profissional.

Neufert se compara à Confúcio no trecho: “Eu dou ao meu aluno um canto, os outros três ele precisa achar sozinho” dizendo e exemplificando a questão do seu Manual ser mais como um fio condutor e de auxílio para o pensamento, do que uma regra fechada de como se projetar, ele dá alguns parâmetros e experiências particulares de projeto para que o leitor possa elaborar métodos particulares e novos de “combiná-los construí-los, compô-los e harmoniza-los”

O objetivo com o “Arte de projetar em Arquitetura” não é o de proporcionar uma coleção de motivos e desenhos exatos para serem reproduzidos e sim o de abstrair situações particulares como forma de impulso para o surgimento de desenhos mais complexos que tem origem a partir das necessidades individuais de seu projeto, que por sua vez é único e específico ao momento de desenvolvimento e execução.

Trechos:

Livro surgiu a partir de: “medições, experiências e conhecimentos extraídos da prática e pesquisas em torno do Homem, os quais são importantes para o projeto de edificações, guardando, porém, uma visão aberta a novas possibilidades e progressos” (NEUFERT, 1939, p. V)

“Por um lado, apoiamo-nos em nossos antepassados, por outro, tudo flue e somos crianças de nosso tempo com o olhar no futuro, e esse ângulo de visão é para cada uma frequentemente diferente. ” (NEUFERT, 1939, p. V)

“Um arquiteto por natureza ou aquele que tem em seu coração o desejo de construir, fechará os ouvidos e os olhos, quando alguém lhe trouxer uma solução para determinado trabalho, uma vez que este ele próprio cheio de ideias e ideias, precisando apenas de elementos, a partir dos quais elaborará um todo! ” (NEUFERT, 1939, p. V)

“ Aquele que descobriu a crença em si, a visão sobre a dependência e o jogo de forças dos materiais, das cores, das medidas, aquele que pode sentir em si a realidade, a materialização do edifício, estudando seu efeito, analisando-o criticamente, construindo-o em pensamento, esse está no verdadeiro caminho da grande alegria da vida, que é sentida somente por aquele que se ocupa com a criação. Essa visão do fazer criativo, contida nesta obram que deve libertar todo aquele que projeta de todos ensinamentos fechados, até mesmo os deste livro, é apenas uma ajuda inicial: caminhar, cada um deve fazer por si”