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Fichamento

Por:   •  15/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.138 Palavras (5 Páginas)  •  204 Visualizações

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1.FICHAMENTO DE ARTIGO:

2. REFERÊNCIA:

Rodrigo Bentes Monteiro & Walter Marcelo Ramundo / Revista de História 152 (1º - 2005), 189-214.

2. RESUMO:

          O presente artigo discute o surgimento do conceito de soberania, cunhado originalmente pelo político e magistrado Jean Bodin, um dos principais teóricos do Absolutismo Monárquico. Inserido no contexto histórico da emergência do Estado Moderno, no século XVI.

HOMEM RENASCENTISTA

         Burckhardt, historiador suíço, associou a definição de Renascimento como desenvolvimento do indivíduo e da descoberta do mundo e do homem, uma época histórica, autônoma, com fisionomia própria e coesão interna.

          A cultura do Renascimento na Itália, livro com 1ª edição de 1860, alerta para as inflexões dos leitores e do próprio autor, "cada observador tem uma imagem diferente, sobre os contornos espirituais que cada época cultural oferece, o conjunto de uma civilização sofre também influência do juízo subjetivo e do sentimento que interferiram a todo momento na escrita e na leitura desta obra " ( Burckhardt, 1991).

          Eugenio Garin, historiador italiano, observa a estreita relação dos homens do século XIX e o mito Renascentista. A filosofia renascentista seria confundida com o contexto da Renascença," sobreposição do idealizado ao histórico", os tempos se confundem na excentricidade e extravagâncias.

          A construção do homem renascentista de Burckhardt diz que o passado não é simplesmente passado, mas possuidor de uma continuidade do presente, essa referência ao pretérito, faz refletir também nova efervescência humana para resgatar o nascimento desse homem renascentista, isso contribui para uma análise menos teleológica da subjetividade dos indivíduos e uma relativização da compreensão do homem renascentista como detentor de uma multiplicidade de talentos.

          Algo evidenciado na obra de Burckhardt não antes percebido pelos homens, é seu entendimento enquanto indivíduos em sua gênese espacial, ou seja, o homem reconhecia a si próprio apenas quanto raça, povo, partido, corporação, família, ou seja, sob qualquer das demais formas do coletivo, isso acontecia pela primeira vez na Itália, e desperta um tratamento objetivo do Estado, e de todas as coisas do mundo.

          Garin não vê esse homem de forma tão definitiva, onde de um lado está a liberdade de criação e percepção das suas potencialidades, e da outra angústia pela insegurança onde antes essa mesma liberdade não acontecia.

          Um novo mundo, novos e antigos valores, o pressuposto de uma percepção futurológica, o homem Renascentista com medo de assumir uma nova perspectiva ante a nova percepção de mundo.

          Para Garin o homem renascentista sabia desse novo acontecimento em seu presente que o diferenciava, vários fatos ajudam nesse entendimento, domínio do Império Otomano sobre Bizâncio, o conhecimento do grego clássico, textos da antiguidade, invenções tecnológicas, um novo saber ou uma nova necessidade do saber, pólvora, bússola, imprensa, as navegações e os descobrimentos como marco do início dos tempos modernos, esses elementos são compreendidos como consequências de uma nova atuação do homem sobre a natureza, um afastamento às coisas naturais, com um nova proposta de responsabilidade e elaboração de conhecimento.

          O poder de comandar emanava primeiramente de Deus, posteriormente do pai que recebeu este poder divino. Aos filhos, cabia obediência e reverência. Assim a autoridade deste pai era suficiente, se bem usada, para comandar os outros. Ao separar os indivíduos das famílias, o amor também retirava delas a autoridade política.

          O indivíduo tem a verdade baseada em sua personalidade, mas também indicaria seu papel social. Desse modo o poder, manipulado por indivíduos desvinculados da ordem tradicional, afastava-se da concepção holística do mundo, tanto quanto o amor, que ligava indivíduos independentes da ordem moral-social-religiosa. A análise estrutural da peça indica diferenças em relação à teoria de Bodin e ao Estado francês da Renascença, como figuram neste artigo.

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