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Fichamento Transição Da Idade Antiga Para O Feudalismo

Por:   •  9/10/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.414 Palavras (6 Páginas)  •  65 Visualizações

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TRANSIÇÃO

Antiguidade -> Época de plenitude do Mundo Antigo (até o século III)

Antiguidade Tardia -> Época de crises e recomposições do Mundo Antigo (séculos III - VII)

Alta Idade Média -> Época de transição para o Sistema Feudal (Séculos VIII-X)

O Sistema Social Antigo é pensado de maneira popular e social como sendo escravista, mas é necessário nos perguntarmos se o escravismo era a única modalidade de produção. Para tal questionamento não existe resposta unânime definida, já que alguns historiadores afirmam que o Mundo Antigo foi escravista do século II até o III, onde começaria o início da transição para o Sistema Feudal. "Comenzado la transición al feudalismo, um processo que alguns consideram finalizado por volta do século VI, quando as invasões germânicas impuseram uma nova síntese. Esta é a opinião de Barbero, Vigil e Perry Anderson" (SALRACH, 1997). Wickham defende que parte dos historiadores defende uma hegemonia escravista limitada aos séculos anteriores aos I, II e III; considerando que tal modalidade de produção não era a mais característica devido à onipresença do Estado.

O autor discorre sobre as diferentes formas de produção coexistentes do mundo antigo. Havia o escravismo sobre pessoas conhecidas como "servi", homens e mulheres sem direitos reconhecidos. Eram uma classe dominada, e toda a sua produção e trabalho não lhes pertenciam. Também existiam formas feudais de produção, quando havia um regime de posse de terras e os camponeses tinham seus direitos reconhecidos. Nesse sistema, havia uma espécie de tenente que recolhia sua parte para consumo, a parte para venda e a parte para o Senhor. A diferença entre um escravizado e um tenente era o poder econômico, já que o tenente funcionava como um pequeno empresário. O texto menciona que era difícil identificar quais trabalhadores do campo não eram nem escravizados e nem tenentes, podendo ser o que Marx chamaria de sociedade primitiva, próxima da organização de tribo, onde as terras e o gado pareciam ser de uso coletivo, e a produção também era de uso comum.

SISTEMA ANTIGO E SISTEMA FEUDAL

O autor faz comparações entre as características do mundo feudal e do mundo antigo. No sistema antigo, o imposto era predominante, enquanto no sistema feudal predominava a renta, uma forma privada dos senhores deixarem os camponeses dependentes, mantendo vínculos acordados com os mesmos. No sistema antigo, a força de trabalho vinha de homens sem direitos, escravizados, mas no sistema feudal, os produtores, por mais servos que fossem, sempre tinham algum direito. Durante o Império Romano, o escravismo caminhava junto com o imperialismo, pois durante as guerras, prisioneiros eram feitos escravos. No entanto, parece que o Estado romano só conseguiu se manter graças aos homens livres militares. Portanto, o escravismo não poderia ter sido o único regime de exploração do trabalho presente na Roma antiga, devido à presença necessária de homens juridicamente livres e economicamente dependentes do Estado. O sistema antigo é descrito como um "trem que, na época clássica, ia a toda máquina. O maquinista era o Estado, mas a máquina funcionava com diversos motores", sendo esses motores a produção escravista, feudal e tributária. O autor questiona quando, como e por que o imposto e o escravo desapareceram, e as relações feudais de produção se tornaram hegemônicas. A hipótese defendida pelo autor é de que após a crise houve recomposição e sobrevivência do sistema, e assim os povos da Hispânia teriam pertencido ao mesmo sistema. Durante o Império Tardio, entrou-se em um prolongado período de declínio, nos séculos VII-IX. Uma alternativa vista como solução para a resolução da crise escravista foram os "casamentos", o estabelecimento de famílias escravizadas em unidades de exploração. A família tinha casa e terras, o que resultou na diminuição de fugas e revoltas. Mais tarde, isso favoreceria o regime feudal. No final do século VI, os reis góticos continuaram cobrando impostos, e funcionários públicos eram encarregados dessa função, mas a fiscalização funcionava mal, gerando empobrecimento e privatização de recursos públicos.

MUTAÇÃO

A mudança na situação econômica.

O crescimento medieval começou por volta do século VIII. Por quê? A resposta correta para Malthus seria que a concentração demográfica colocaria ao alcance dos homens, com menos esforços, riquezas naturais. Montanari diz que a Alta Idade Média foi uma combinação adequada entre agricultura e comércio, bom aproveitamento dos recursos silvestres e uma alimentação rica e variada. No entanto, o autor revela que a pressão demográfica e a pressão senhorial, a partir do século XI, foram a causa do sacrifício da pecuária e da utilização dos recursos silvestres em benefício de uma agricultura com predominância de cereais. A feudalização implicaria incorporar uma parte desses camponeses à categoria de pequenos guerreiros (milites) e administradores dos senhorios, e, em geral, degradar a condição dos restantes. Por volta de 925-950, ocorreu o declínio do sistema de pressões populares, e iniciou-se uma fase caracterizada pelo controle dos senhores, que gradualmente se tornaram proprietários das condições de produção.

LIBERTAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO

Caracterizado pela queda da taxa de imposto.

O processo de desagregação do sistema Antigo no aspecto fiscal foi mais rápido do que o processo de feudalização no aspecto da criação de rendimentos. A lacuna intermediária seria um momento privilegiado de transição, de liberdades camponesas. Dockés

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