História Moderna I
Por: wsouzan • 2/9/2017 • Resenha • 741 Palavras (3 Páginas) • 206 Visualizações
[pic 1] | UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA (DHI) | ||||
ATIVIDADE | |||||
Curso | História | Semestre | Nível | Graduação | |
Disciplina | HISTÓRIA MODERNA I | Código | Sala | Did. | |
Professor | Prof. Msc. Wanderlei | ||||
Acadêmico | Wilson | Matrícula | |||
ORIENTAÇÕES: digite o texto em fonte Times New Roman, tamanho 12, justificado e espaço entrelinhas de 1,5. As margens superiores, inferiores e laterais devem ter 2,5 cm. Use paragrafação padrão e produza um texto (com introdução, desenvolvimento e conclusão). Não é preciso por título. O mínimo é entre 2.000 e 3.000 caracteres com espaço. É preciso que este arquivo seja enviado para correção. ATIVIDADE: Com base nas discussões em sala de aula e no texto-base (testemunho acerca do Estado Nacional Absolutista) produza um texto conforme as orientações acima. | Critérios Avaliativos: Conteúdo (5): Coesão (2): Critérios formais (2): Objetividade (1): [pic 2] Nota final: |
A obra o Príncipe, escrita em 1513, pelo italiano Nicolau Maquiavel (1469-1527), propõe o pensamento político do autor, que viveu no período do Renascimento, época de intensa renovação, caracterizado por um movimento intelectual, baseado na recuperação dos valores e modelos da Antiguidade greco-romana, que se contrapunha às tradições Medievais ou adaptava-se a elas. Portanto, a política começava a não ser mais vista com fundamentos exteriores, como fenômeno divino, da razão ou da natureza, mas sim como uma atividade plenamente humana. O livro foi escrito de presente para o governante de Florença, na Itália, Lourenço II de Médici (1492–1519), como se fosse um manual de como governar e manter o poder. Naquela época a Itália não era um Estado nacional assim como Portugal, Espanha ou França, a Itália era um local com várias Repúblicas e Principados, mas o monarca Lourenço II de Florença pretendia não só manter, mas também expandir o seu território. Nos escritos, Maquiavel deixa a entender que um dos princípios básicos para que um príncipe se mantenha no poder ou conquistar outros poderes, é que ele tenha limites bem acima do comum, que o governante deve governar acima da ética e da moral, e que estas estejam separadas da política. Faz relações metafóricas, de que um príncipe para que possa se manter no poder, ele precisa ter a força de um leão e a astúcia de uma raposa. Usa também palavras bem comuns à época, que até mesmo o Thomas Hobbes falava no “Leviatã”, que o príncipe precisaria ter virtu e fortu. Virtu seria virtude, seriam as qualidades, todo governante precisa ter qualidades pra governar, e Fortu seria fortuna, no sentido de oportunidades, ou sorte. Ou seja, o governante tendo as qualidades necessárias, ele conseguiria aproveitar bem as oportunidades. De acordo com o texto base, para Maquiavel, o que move a política é a luta pela conquista e pela manutenção do poder. Um príncipe sábio deve comandar bem o seu exército, estando sempre atento, praticando a arte da guerra mesmo em tempos de paz, sempre preparado para qualquer mudança, para que não haja problemas e que consiga se sobrepuser às adversidades. É indispensável ao príncipe que deseja manter-se no poder, agir sem bondade, trazendo à tona os vícios, se preciso, sem escrúpulos, em nome do Estado, agindo assim de tal modo, sempre que necessário. Entender Maquiavel é entender o pensamento político contemporâneo, compreendendo as relações de poder como elas realmente são e não como deveriam ser. Ele tenta mostrar como governar, como que um governante deve agir de acordo com a sua população, para manter-se no poder. Podemos pensar, mesmo correndo o risco de cometer o erro do falso anacronismo (entender o passado como o presente) que o método de Maquiavel, guardadas as suas devidas proporções, é extremamente atual para a política mundial, como, por exemplo, vemos hoje no governante da Coréia do Norte, Kim Jong-un, que talvez por ambição, egoísmo, fanatismo ou até mesmo loucura, mantém projetos de armas nucleares potentes para demonstrar o poder de força bélica do seu exército, com pretensões de, no mínimo, resguardar a sua liderança suprema. O Brasil e o seu presente cenário político, pode ser também, infelizmente, outro exemplo, porque afinal de contas, um líder que se vale de recursos e estratégias que ultrapassam o bom senso da ética e da moral, para se manter no poder, apresenta, na minha opinião, algumas das características observadas nessa obra, que, sem dúvida, acaba sendo muito importante e influente para se entender bem o contexto de poder político de todos os Estados ou de todos os governos que tiveram e que têm autoridade sobre os cidadãos comuns.
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