Imigração Japonesa Para o Brasil
Por: Diego Lima • 27/6/2021 • Trabalho acadêmico • 624 Palavras (3 Páginas) • 126 Visualizações
O processo de imigração dos japoneses para o Brasil é oficialmente válido, quando o navio japonês Kasato Maru chega em Santos, no dia 18 de junho de 1908. Porém o processo imigratório iniciou-se bem antes de 1908, as condições sócio-político-econômica dos países foram determinantes para o acordo imigratório ser aprovado.
No Brasil a economia era basicamente sustentada pela produção agrícola, as plantações de café eram no século XIX, o principal produto a ser comercializado internacionalmente. Um dos fatores que deram força para o movimento imigratório foi a abolição da escravatura em 1888, fazendo com que os senhores agrícolas do país fossem em busca de nova mão de obra. Mas o processo imigratório no país não era algo aprovado por todos, principalmente pela elite branca. Havia no mundo uma idealização de superioridade de “raça” na sociedade, dando aos homens brancos a soberania intelectual sobre os outros povos. Em 1880 Oliveira Martins, escritor e político português, sustentava essa ideia e chegou a publicar enfaticamente contra a imigração asiática afirmando que “a perigosa tentação de ir buscar braços a outro viveiro de raças inferiores prolíficas embriaga muitos espíritos”, e finaliza com “um Brasil europeu e não asiático, uma nação e não uma colônia, eis aí o seguro porvir da Antiga América portuguesa”.
A dependência da produção agrícola dava certa similaridade do Japão ao Brasil, porém no país asiático o arroz era o principal produto comercial. Ainda com uma concepção de sociedade feudal, as divergências internas ocasionaram em uma guerra civil, grupos utilizavam as dificuldades do país como justificativa e motivações pró-modernização, dando início da Era Meiji (1868-1912). Essa concepção deu ao Japão uma abertura comercial e ocasionou em uma rápida industrialização do país, as ofertas de emprego foram logo acabando de acordo que a densidade populacional ia crescendo, grande parte da riqueza estava concentrada na mão de poucos, gerando desigualdade social, isso culminou em um aumento no índice de pobreza. Foi então que a partir da década de 1880, o governo japonês começou a promover os movimentos emigratórios para outros países do mundo, como Austrália, Canadá, Estados Unidos, e posteriormente Brasil.
Assim como um dos motivos – se não o principal – da vinda dos japoneses ao Brasil, foi a busca por melhores condições de vida e trabalho, o processo inverso dos descendentes japoneses voltarem à terra do sol nascente, é motivada também pelas mesmas condições. O desenvolvimento japonês no pós-guerra ficou conhecido como milagre econômico, principalmente associado ao alto investimento estrangeiro, junto a sociedade japonesa que ansiava em reconstruir o país. Algo importante de salientar, é que haviam pessoas que migraram para o Japão de forma definitiva, e outras que buscavam adquirir conhecimento e renda através do molde social japonês, conquistando após isso, uma lição de vida que marcava a pessoa, como: antes e depois da mudança, para então retornar ao país de origem.
A organização social japonesa perante os imigrantes é - assim como outras no mundo – de superioridade diante aqueles que chegam. Então, os chamados gaijin, são destinados a realizar as tarefas consideradas inferiores ou indignos pelos japoneses, e submetidos a longas jornadas
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