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Interpretes do brasil colonia

Por:   •  10/1/2016  •  Resenha  •  811 Palavras (4 Páginas)  •  269 Visualizações

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Os Interpretes Do Brasil Colônia

O presente texto visa apresentar uma discussão travada entre quatros autores que interpretam o período do Brasil Colônia. Dois autores que fazem parte da historiografia da década de trinta que Sergio Buarque de Holanda e Caio Prado Junior, e em seguida fazendo uma comparação com historiadores mais recentes como Sheila de Castro Farias e Ciro Flamarion Santana Cardoso.

Na década de trinta a historiografia produzida no Brasil não é uma historiografia positivista e nem tem a influência da escola dos Annales, mas defendia uma ideologia que no Brasil existia uma democracia racial. A luz desse pensamento HOLANDA (1995) em seu livro Raízes do Brasil vai defender três idéias centrais de como foi o período da colonização no Brasil: O determinismo geográfico; a colônia foi construída através da aventura, ou seja, do desleixo e abandono e dá uma grande importância ao negro como o único responsável pelo desenvolvimento dos latifúndios coloniais.

Em alguns pontos há uma aproximação com a historiografia de PRADO JUNIOR (1999) que diz que a história do Brasil é um apêndice da história de Portugal e defende a idéia de pacto colonial, e diz que o verdadeiro sentido da Colônia é ser um seleiro em que se vão buscar produtos para ser comercializado na Europa.

Uma relação existente entre interpretação de BUARQUE DE HOLANDA e PRADO JÚNIOR do tempo do Brasil colônia para explicar o subdesenvolvimento do Brasil é o determinismo geográfico, pois para PRADO JÚNIOR o clima selecionava o colono, e estes trabalhavam somente para sua própria sobrevivência, e BUARQUE DE HOLANDA diz que por causa do calor influenciava o raciocínio desses colonos que vieram para essa terra, por isso que eles vieram somente explorar para adquirir riqueza para voltar a Portugal.

Já FARIAS (1997) vai fazer algumas críticas ao pensamento de PRADO JÚNIOR, pois a autora não concorda com a tese de que tudo foi feito para Portugal e que a colônia seria somente um apêndice de Portugal, pois as relações sociais na colônia eram vivas e Portugal muitas vezes não tinha como controlar os colonos que viviam por essas terras.

FARIAS reforça que Portugal não tinha domínio da cultura, da política e da economia da Colônia, e desconstrói a idéia de que houve um pacto colonial, contraponto a tese de PRADO JÚNIOR que este defende que houve esse pacto colonial, e que Portugal era o senhor absoluto das terras da colônia, que não havia possibilidade dos colonos burla a lei da metrópole.

Uma grande discussão existente entre BUARQUE DE HOLANDA e FARIAS sobre a questão da mão de obra escrava da Colônia BUARQUE DE HOLANDA diz quem construiu a colônia foi a mão de escrava negra, no entanto FARIAS diz que não somente a mão escrava negra construiu a colônia, mas também a indígena que foi usada durante 300 anos, e que foi substituída pela negra porque a Metrópole não estava tendo lucro com a mão de obra escrava indígena, por isso que substituiu pela Negra, pois com ela Portugal tinha mais lucros.

Na mesma linha defende FARIAS dizendo que a Colônia é um grande ser em movimento que tinha vida própria e que Portugal não tinha domínio.

FARIAS diz que sobre a questão da posse de terra isso não significava que os colonos que tinham essa terra eram ricos, na mesma

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