Brasil-Colônia (1500-1822)
Artigo: Brasil-Colônia (1500-1822). Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Marlice • 20/11/2013 • 731 Palavras (3 Páginas) • 484 Visualizações
Brasil-Colônia (1500-1822)
Missão Artística Francesa
Os vínculos dos franceses com as terras brasileiras começaram a se manifestar já em 1505, quando o capitão Binot Palmier de Gonneville ancorou na atual SC, passou seis meses com os pacíficos índios Carijós e retornou à Europa levando um jovem de quinze anos, filho do cacique. Embora fosse os portugueses, o primeiro povo a desembarcar nas terras do Novo Mundo, o desinteresse de Portugal deixou campo aberto para os franceses. Comandados por Nicolau Durand de Villegaignon, os franceses chegaram em 1555 na Baia de Guanabara e se fixaram na Ilha de Sergipe com a intenção de conseguir um espaço onde os protestantes franceses pudessem exercer livremente sua religião. Dez anos depois, em 1565, com a fundação da cidade de São Sebastião do RJ, no Morro da Cara de Cão (atual bairro Urca) pelo capitão Estácio de Sá, acabava com o sonho de uma colônia francesa. Foi decidido que na terra do pau-de-tinta se falaria português e não francês.
No princípio do séc. XIX Napoleão Bonaparte impôs um bloqueio ao comércio entre Inglaterra e o continente. Em novembro de 1807 as tropas francesas cruzaram a fronteira de Portugal com a Espanha e avançaram em direção a Lisboa. Em 1808 o príncipe regente, D. João VI, decidiu-se pela transferência da corte para sua colônia. Em poucos dias, cerca de quinze mil pessoas embarcavam para o Brasil, sob a proteção da frota inglesa. Napoleão fez com que a história do Brasil tomasse um rumo inesperado. A bordo das diversas naus inglesas e portuguesas vieram muitos fidalgos, empregados do Paço e muita gente do povo. A população do Rio aumentou em cerca de trinta mil pessoas. Os usos e costumes do Rio Colonial modificaram-se com essa nova população. Festa régia, até então desconhecidas da população carioca começaram a serem realizadas, como a procissão de Corpus Christis. A queda de Napoleão propiciou a retomada dos laços culturais entre França e Portugal. A convite da Corte Portuguesa, veio ao Rio a missão artística francesa (1816) que fundou, no Rio de Janeiro, uma academia de Artes e Ofícios, mais tarde nomeada de Academia Imperial de Belas Artes. Os dois povos se renderam ao encanto mútuo e o Brasil abriu as portas da cidade do Rio de Janeiro onde a presença da França é maior do que em qualquer outra cidade brasileira. O início da Academia Imperial das Belas Artes, 1826, representou o desenvolvimento da arte no Brasil. Com ela chegou não apenas um processo estético, mas também a institucionalização do ensino artístico responsável pela formação de sucessivas gerações de pintores, gravadores, escultores e arquitetos ao longo do tempo. Jean Babtiste Debret (1768-1848), desenhista e pintor, era considerado a “Alma” da missão francesa. Foi responsável pela organização da primeira exposição de artes no Brasil (1829). Documentou a sociedade brasileira do séc. XIX retratou a família real, fez muitos desenhos e aquarelas mostrando cenas do cotidiano da corte, além de atividades dos escravos e índios. Registra uma sociedade incomum, onde oficiais da corte, nobres e negros de todas as idades, homens mulheres e até inteiras desfilam uma brasilidade nova. Demonstra a formação do Brasil como um país independente com sua própria cultura.
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