Movimentos nativistas

Movimentos Nativistas

A partir Movimentos Nativistas

A partir do séc. XVI do séc. XVI Movimentos de contestação ao domínio português e ao aumento da opressão metropolitana. Essas reações de descontentamento entre os colonos atingidos por tais medidas que levou a movimentos localizados, voltados à resolução de aspectos isolados da relação metrópole-colônia. Mas apesar de sua importância nenhum desses movimentos possuem a dimensão de uma contestação ao domínio metropolitano como um todo e sem que forjasse a ideia de uma nação (que, no caso, seria toda a colônia.)

 Aclamação de Amador Bueno

 São Paulo1641. Ocorrida um ano após o fim da União Ibérica. A escravização indígena aumentado substancialmente no período de dominação espanhola. Jesuítas foram enviados à capitania de São Vincente, que acabou levando a “Botada dos padres fora”: reação dos bandeirantes paulistas, expulsando os jesuítas. Aclamação de um comerciante de origem espanhola como “Rei de São Paulo”, alardeando sua ruptura com Portugal. Amador Bueno recusou o título fugindo por três dias dos manifestantes.

 Revolta de Beckman

         Maranhão 1684. Com a criação da Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão, em 1982, cujo objetivo era monopolizar as drogas do sertão e a presença de jesuítas, os quais, com o apoio da coroa, impediam a escravização do índio houve um crescente sentimento de descontentamento entre os colonos.  A companhia do comércio vendia produtos europeus a um preço altíssimo e pagava valores insignificantes pela produção local. A revolta então teve inicio. Os revoltosos, sob a liderança de Manuel Beckman, ocuparam a cidade de São Luís, expulsaram os representantes da companhia de comércio e os jesuítas e instituíram um governo próprio.  Envio do emissário Thomas Beckman para afirmar lealdade ao rei.

Guerra dos Emboabas

 Minas Gerais 1708 e 1709. Conflito envolvendo bandeirantes paulistas de um lado e portugueses de outro, na disputa pelo domínio das áreas coloniais. As jazidas haviam sido descobertas por paulistas, os quais se consideravam os proprietários da região e que, ao mesmo tempo, os portugueses contavam com o apoio das autoridades metropolitanas.  Principal luta ocorreu no chamado Capão da Traição, onde mais de 300 paulistas foram massacrados. A intervenção das autoridades portuguesas, assim como a descoberta do ouro em Goiás e Mato Grosso, atraindo os bandeirantes para essas regiões contribuíram para o fim dos conflitos.

 Guerra dos Mascates

Pernambuco - 1710 e 1711.  A mais violenta e significativa de todas as revoltas nativistas.  Decadência da economia pernambucana (desde a expulsão dos holandeses) levou muitos aristocratas a empobrecer. Mas ainda mantinha o domínio político da região através da Câmara Municipal de Olinda, a qual detinha o controle do porto do Recife.  Conquista da emancipação de Recife, através de Carta Régia de 1709, que passou a ser vila independente, conquistando autonomia política com relação à Olinda. A aristocracia rural de Olinda temia que Recife, além de ser o centro econômico, passasse a ser também o centro político de Pernambuco. Inconformados, os olindenses invadiram Recife, dando origem à guerra. Com a intervenção de Portugal, a guerra terminou em 1711.  Todos os revoltosos foram anistiados, mas Recife manteve sua autonomia e foi transformada em sede administrativa da Capitania.