O Canal do Panamá
Por: Jéssica Mendes de Souza • 18/9/2019 • Trabalho acadêmico • 1.961 Palavras (8 Páginas) • 109 Visualizações
TRABALLHO
DE
GEOGRAFIA
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Canal do Panamá e suas curiosidades
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Em 1513, o explorador espanhol Vasco Nunez de Balboa tornou-se o primeiro europeu a descobrir que no Panamá os oceanos Atlântico e Pacífico eram separados apenas por um filete de terra. A descoberta de Balboa provocou uma pesquisa para um curso de água natural, ligando os dois oceanos. Em 1534, o Rei Charles V, achou que era inviável o projeto e o cancelou.
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A região em que hoje fica o canal do Panamá, no inicio pertencia ao governo do Acle. Governo que em 1878 consentiu o inicio das obras de criação do canal através do francês e construtor do canal de Suez, Ferdinand de Lesseps.
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O projeto de Lesseps era abrir um canal no nível do mar, mas na prática seus engenheiros nunca conseguiram uma solução para o curso do rio Chagres, que atravessava em vários pontos o local para o canal. Um dos grandes desafios dos engenheiros daquela época, era a completa drenagem do rio para estabelecer o canal ao nível do mar.
Contudo as obras tiveram inicio em 1880, porém encontraram grandes desafios, pois existiam diferenças de terreno, relevo, clima. Com o clima vieram fortes chuvas, enchentes e desmoronamentos. Existiam também doenças tropicais como a malária e a febre amarela que causaram altíssimas taxas de mortalidade, prejudicando ainda mais as obras. O plano inicial das obras foi alterado em 1885, acrescentando uma comporta e após quatro anos a empresa que fazia a construção faliu.
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3° foto. Trabalhos de construção na falha de Gaillard, 1907.
Mas o Panamá fazia então parte da Colômbia, de forma que, o presidente americano da época, Theodore Roosevelt, convencido que o EUA poderia terminar as obras do canal e reconhecendo que o controle da passagem teria uma importância militar e econômica considerável, começou as negociações para conseguir as permissões necessárias.
Mas somente em 1903 o Tratado Hay-Herran foi assinado pelos dois países, porém o senado colombiano não o confirmou. Iniciando um movimento polêmico que dura até hoje, Rossevelt subliminarmente apoiou os rebeldes a causa de independência panamenha com a marinha americana, contra a Colômbia. Sendo assim o Panamá coneguiu sua independência em 3 de novembro de 1903.Usando a embarcação armada U. S.S. Nashville, em suas águas, impediram toda e qualquer interferência colombiana.
Então quando as lutas começaram, o presidente americano ordenou á marinha americana a estacionar seus navios de guerra perto da costa panamenha, intimidando assim os colombianos, que com medo de iniciar uma guerra com os USA, evitaram uma oposição ao movimento de independência. Como resultado e gratidão os panamenhos permitiram que os USA controlasse a Zona do Canal do Panamá em 23 de fevereiro de 1904 por 10 milhões e uma renda anual de 250 mil dólares a partir de 1913, como previsto no Tratado Hay-Bunau-Varilla, que assinaram em 18 de fevereiro de 1903. Com a revisão dos termos do tratado anterior e a assinatura do Tratado Torrijos-Cater em 7 de setembro de 1977, o presidente dos USA Jimmy Carter cede aos pedidos de controle dos panamenhos, e como manda o tratado, de forma gradual ele foi passando o controle para o Panamá, tendo o controle total em 31 de dezembro de 1999.
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Sede administrativa do canal do Panamá em Balboa, Panamá.
Com o bom desempenho do controle do Panamá, que melhorou o canal e quebrou recordes de tráfegos de segurança e financeiros, ano após ano, o Canal do Panamá foi declarado uma das sete maravilhas do mundo moderno pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis.
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Um "Panamax" na eclusa de Miraflores, (navios que devido suas dimensões alcançavam o tamanho limite para passar, antes da ampliação em 2016).
A construção do Canal do Panamá teve muitas mudanças, entre elas o comando de três engenheiros chefe por vez. O primeiro foi John Findlay Wallace, que prejudicado por problemas iniciais e sem condições de trabalho, um ano após se demitiu. O segundo foi John Frank Stevens, que fez grandes mudanças, entre elas foi as eclusas, e a maior parte da infraestrutura necessária para as obras, incluindo a construção das casas para os trabalhadores, a reconstrução da ferrovia do Panamá, que facilitaria o transporte de cargas pesadas e o projeto de remoção eficiente dos entulhos da obra, por fim se demitiu em 1907. O terceiro e último foi o Coronel George Washington, ele conseguiu terminar a obra dividindo os trabalhos entre construção de represas, de eclusas e de lagos, dos dois lados, e também o grande trabalho de escavação na falha de Gaillard.
Entre essas trocas de comando o USA teve um grande sucesso quando erradicou em 1905 pelo Dr. William C. Dorgas o mosquito transmissor da febre amarela, que no inicio matou cerca de vinte mil trabalhadores franceses. A mortalidade oficial no fim da obra elevou a cerca de 5.609 mortos.
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2°foto. Construção das eclusas de Pedro Miguel, no início da década de 1910, mostrando as paredes centrais (vistas ao norte).
Após dez anos, o canal foi finalmente concluído em 10 de outubro de 1913, com a presença do então presidente americano Woodrow Wilson. Porém só em 15 de agosto de 1914 o canal entrou em atividade.
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1°foto. O navio de passageiros SS Kroonland atravessando o canal em 1915.
2°foto. Eclusas prontas no Canal do Panamá, (foto atual).
Em 3 de setembro de 2007, iniciou novas obras para a construção de uma nova hidrovia, que permitia a passagem de navios muito maiores, conhecidos como: post-panamax. A nova obra teve um atraso de um ano na entrega e uma paralização em 2014 por conta de um conflito, além de, cerca de 1.582 milhões á mais de custos do que o previsto.
As novas comportas que funcionaram em paralelo com as antigas entraram em funcionamento em 26 de junho de 2016.
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