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O Concílio dos deuses na Ilíada e na Odisseia

Por:   •  28/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.047 Palavras (5 Páginas)  •  1.193 Visualizações

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O concílio dos deuses na Ilíada e na Odisseia

Trabalho apresentado na disciplina de História das culturas da antiguidade clássica, regida pelo Professor Doutor Nuno Simões Rodrigues.

Realizado por:

                                         Marco Lourenço nº 49217

                                               Lisboa, 10 de Abril de 2015.

Tanto na Ilíada como na Odisseia, para além dos heróis gregos, há uma constante aparição dos deuses, que auxiliam os homens, ou não, no seu percurso. Sendo que na Ilíada os homens prestam sacrifícios aos deuses, como uma estratégia para despertar a sua simpatia, ou pelo menos baixar a sua cólera. Enquanto na Odisseia, têm um papel mais de protetores, pois ao contrário da Ilíada existem seres sobrenaturais, (dinvindades menores) como Circe, Calipso e o Ciclope que embora não sejam deuses, são seus descendentes, têm o poder da imortalidade e não se podem satisfazer as suas vontades por meio de sacrifícios e de preces, por isto a tarefa de Ulisses torna-se mais complicada que a dos heróis da Ilíada, e existe uma maior proteção dos deuses para com ele.

Na Ilíada no Canto IV, Zeus reúne os deuses, e sugere que se restabeleça a paz entre troianos e aqueus, (“Mas pensemos como serão agora estas coisas: se de novo agitaremos a guerra malinga e o fragor tremendo da refrega, ou se estableceremos a amizade entre as duas partes”, vv. 14-16). Hera e Atena não concodaram, mas apenas Hera, esposa de Zeus se manifestou voltando-se contra o marido. Zeus entrega assim Tróia à cólera de Hera, na condição de ele poder destruir, alguma das cidades queridas de Hera (“Quando por minha parte eu quizer destruir uma das tuas cidades, onde habitam homens que te são caros”, vv. 40-41).  Assim Hera aceita a decisão de Zeus e ordena a Atena que se penetre nas fileiras troianas, disfarçada, com a finalidade de fazer com que eles (os troianos), violassem os tratados.  

No Canto VIII, Zeus reúne novamente os deuses, para proibir que eles ajudem quer os aqueus, quer os troianos (“Quem eu observar separado dos deuses com tenção de quer aos Troianos quer aos Dâneos, prestar auxílio golpeado e de forma ignominosa regressará ao Olimpo”, vv. 10-13). Atena pede-lhe permissão para aconselhar os Aqueus. De seguida Zeus pega nos seus cavalos e vai ao monte Ida para pesar o destino dos dois povos.

No Canto XX Zeus ordenou a Témis que convocasse os deuses para o concílio (“Porém Zeus ordenou a Témis que convocasse para a assembleia na falda do Olimpo de muitas escarpas”, vv. 4-5). Zeus convocou o concílio, pois preocupava-lhe o facto de Aquiles não deixar hipóteses aos Troianos principalmente com o coração enraivecido pela perda do amigo. (“Percebeste, ó Sacudidor da Terra, a intenção no meio peito, as coisas por que vos convoquei. Eles preocupam-me embora vão morrer (...). É que se Aquiles combater isolado contra os Troianos, nem de forma exígua conseguirão reter o veloz Pelida”, vv. 20-27). Zeus neste concílio também diz que vai ficar de fora da guerra, e dá a liberdade aos deuses de apoiar qualquer um dos dois povos. Os deuses que ficaram a auxíliar os troianos foram Apolo, Áfrodite, Leto, Ares e Ártemis, enquanto os que prestaram auxílio aos Aqueus foram Hera, Atena, Poseidon, Hefesto e Tétis.

A Ilíada acaba com o Canto XX, onde Febo Apolo diz que os deuses são cruéis por não devolverem o corpo de Heitor á sua familia, Hera responde-lhe dizendo que não podia comparar Heitor com Aquiles, pois Heitor é um simples mortal, e Aquiles é filho de uma deusa. Porém Zeus toma a decisão final e diz Tétis para convencer o filho (Aquiles), a dar o corpo de Heitor a Príamo.

Na Odisseia, temos logo no Canto I, o concílio dos deuses, onde se discute o fado de Ulisses, odiado por Poseidon, devido ao herói lhe ter cegado o filho Ciclope. Atena tenta convencer o seu pai Zeus que Ulisses tinha de voltar para casa junto da sua mulher Penélope. Atena consegue convencer o pai e disfarça-se e vai á corte de Telémaco, para o essentivar a procurar o pai.

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