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O Historiador E Suas Fontes

Por:   •  28/8/2023  •  Trabalho acadêmico  •  624 Palavras (3 Páginas)  •  77 Visualizações

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Universidade Estadual Paulista “Júlio de mesquita filho” (UNESP)
Faculdade de Ciências e Letras, Departamento de História – Câmpus de Assis
Curso de Graduação em História (Licenciatura)
Disciplina: Fontes Para a Pesquisa Histórica
Professor Responsável: Wilton Silva

                                
Fichamento Optativo

Nome do Aluno

João Pedro Domiciano

Título do Texto

KARNAL, L; TATSCH; F. G. A Memória Evanescente. In: PINSHY, C.B; LUCA, T.R. de (orgs). O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009.

Introdução

Podemos começar a discussão sobre o texto com uma citação do mesmo que consegue captar uma das ideias centrais:

“o documento é a base para o julgamento histórico.

Destruídos todos os documentos sobre um determinado período, nada poderia

ser dito por um historiador. Uma civilização da qual não tivéssemos nenhum

vestígio arqueológico, nenhum texto e nenhuma referência por meio de outros

povos, seria como uma civilização inexistente para o profissional de História?”

Quando falamos sobre o profissional de história, a primeira coisa que muitos pensam é qual o seu instrumento de trabalho, e a resposta para esta pergunta seriam os documentos, mas o que constitui um documento? Segundo Karnal e Tatsch (2009, p.10) “o documento histórico seria

uma folha (ou várias folhas) de papel escrito por alguém importante.” dando como exemplo disso a carta de Pero Vaz de Caminha a corte portuguesa durante a época do “descobrimento” do Brasil. Atribuem também o “valor”, ou seja, a importância de um documento, ao contexto e período histórico que este se encontra, além de uma série de outros fatores por eles mencionados. Sendo assim, o documento em si não seria o mais importante, mas sim a ligação que ele nos possibilita fazer com o passado, o que se tornou uma peça fundamental da história no Brasil.

Um Conceito em Expansão

O uso do documento como “prova histórica” só seria popularizado no século XIX superando o termo posteriormente usado: “monumento”. Após isso, foi reconhecido como uma fonte histórica de forma rápida, porém a definição do que constituía um documento seria constantemente discutido.
Para a escola metódica, tudo aquilo que fosse escrito poderia ser considerado documento, portanto a discussão sobre o assunto girava em torno de sua autenticidade. Para os autores da escola metódica Langlois e Seignobos “A história se faz com documentos. Documentos são

os traços que deixaram os pensamentos e os atos dos homens do passado.” (Ch. V. Langlois; Ch. Seignobos, Introdução aos estudos históricos, São Paulo, Renascença, 1946, p. 15.). Na visão da escola, o papel central do historiador seria o de busca, seleção, critica e classificação documental destes documentos. Com a chegada da Escola dos Annales colabora com o alargamento das noções de fonte, determinando que o historiador seria guiado por tudo aquilo que fosse humano.
Em suma, a noção de documentos foi bastante ampliada, mais do que os historiadores da época queriam, porém, também não atingiu o patamar de “qualquer coisa”. Na visão tradicional da história, qualquer documento considerado falso seria nulo assim com os documentos “fantasiosos”, porém com o advento da história nova até mesmo estes documentos ganham uma interpretação: por que este documento foi feito?


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