O IMAGINÁRIO ACERCA DA COLONIZAÇÃO DA AMERICA PORTUGUESA
Por: Helberte LIMA • 27/8/2019 • Trabalho acadêmico • 2.379 Palavras (10 Páginas) • 241 Visualizações
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SUMÁRIO
1 O IMAGINÁRIO ACERCA DA COLONIZAÇÃO DA AMERICA PORTUGUESA: CHEGANDO AO MUNDO NOVO................................................................................1
2 CHOQUE DE CULTURAS......................................................................................2
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO I.......................................................................................3
3 MOLDANDO OS FATOS........................................................................................4
4 O RETRATO DO ÍNDIO............................................................................................5
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO II........................................................................................7
REFERÊNCIAS............................................................................................................8
1 O IMAGINÁRIO ACERCA DA COLONIZAÇÃO DA AMERICA PORTUGUESA: CHEGANDO AO MUNDO NOVO
Imaginem vocês saindo para uma viagem, uma aventura e descobrirem um lugar bem diferente de qualquer coisa que vocês já tenham visto. E se não bastasse encontrar um lugar assim encontrassem também pessoas vivendo neste lugar, pessoas também completamente diferente de tudo que vocês já tenham visto. E o papel de vocês nessa viagem é relatar tudo o que estão vendo para as pessoas que ficaram no seu País. Seria fantástico, não seria?
Este foi o papel de alguns cronistas que saíram de Portugal junto com vários outros colonizadores em busca de chegarem ate a Índia, mas o que encontraram foi outro lugar, um lugar fantástico e paradisíaco, segundo os relatos dos próprios cronistas, um lugar onde as pessoas eram bem diferentes desde a cor da pele até a concepção do entendimento do nosso papel enquanto seres humanos. Este lugar era o que hoje é o Brasil, em seu estado natural, com uma natureza exuberante, muita riqueza natural e várias tribos indígenas. Esse fato ocorreu no inicio do século XVI, quando os portugueses chegaram, ao Brasil. Gabriel Soares de Sousa e Ambrósio
Fernandes Brandão foram dois dos que escreveram e tentaram retratar a nova terra, a terra desconhecida. É interessante levarmos em consideração quem são essas pessoas que relataram o que acontecia naquele momento da historia, pois, é importante entender a base de formação deles para entendermos os seus relatos com maior precisão. A formação cultural que predominava na sociedade europeia naquele momento era uma mescla entre o modelo Barroco do final do século XV e o modelo religioso medievo e o moderno de reminiscências clássicas do início do século XVI. Tanto Gabriel Soares de Sousa quanto Ambrósio Fernandes Brandão, que servirão como base de estudo para nós, tiveram essa formação.
2 CHOQUE DE CULTURAS
A formação dos dois cronistas teve um papel fundamental na maneira como eles enxergavam tanto a natureza quanto as pessoas que viviam no Brasil na época da colonização. Ao mesmo tempo em que tentavam retratar tudo com o máximo de informação e detalhes possível levavam consigo toda a sua experiência de cultura e sociedade trazida de Portugal, o que acabou influenciando na maneira como os nativos foram descritos, uma vez que, eram completamente diferentes de tudo que os portugueses conheciam ate aquele momento.
A terra, a natureza, a fauna e a flora, foram descritas de maneira bem fantasiosa, graças à base literária da época que se baseava em livros de aventuras e viagens por locais fantásticos, é como se eles estivessem presenciando e vivenciando o que foi narrado em seus livros preferidos. Os cronistas chegaram a chamar a nova terra de paraíso, baseados no paraíso bíblico, foi como se descrevessem o próprio Jardim do Éden. Os cronistas ficaram encantados com tamanha beleza e diversidade de vida encontrada na natureza o que até aquele momento era novidade para eles, pois não imaginavam que existisse tamanha diversidade. Quase tudo era novo para eles, novo e impressionante, pois jamais tinham visto algo parecido e o que conheciam de natureza não se comparava ao que estavam descobrindo a partir do desembarque nas praias brasileiras.
Já com relação aos povos nativos eles usaram a mesma base cultural para retratá-los em suas histórias. Levando em consideração seus valores cristãos, o que era predominante na Europa naquela época, os cronistas ficaram impactados negativamente com o modo como os nativos viviam, o que acabou influenciando na maneira como os nativos foram caracterizados, sendo adjetivados como selvagens, bárbaros, “fracos de ânimo”, etc.
Os nativos não seguiam o preceito cristão, as vestimentas eram completamente diferentes, os costumes quanto “sociedade” era outros e tudo isso era novidade para os cronistas europeus e, como toda novidade, era desconhecido. Os cronistas não entendiam aquela nova cultura e isso influenciou na maneira como eles encararam e escreveram sobre os nativos.
Podemos observar em documentos históricos escritos na época a distinção feita entre a parte natural, sempre relatada quase como uma poesia romântica, e a parte humana como nos trecho da obra de Fernão Cardim à seguir:
Esse texto é composto de dois trechos da obra de Fernão Cardim (1548?-1625), um dos primeiros cronistas que descreveram o Brasil.
O clima do Brasil geralmente é temperado de bons, delicados, e salutíferos ares, donde os homens vivem muito até noventa, cento e mais anos, e a terra é cheia de velhos; geralmente não tem frios, nem calmas, ainda que do Rio de Janeiro até São Vicente há frios, e calmas, mas não muito grandes; os céus são muito puros e claros, principalmente de noite; a lua é muito prejudicial à saúde, e corrompe muito as cousas; as manhãs são salutíferas, têm pouco de crepúsculos, assim matutinos, como vespertinos, porque, em sendo manhã, logo sai o sol, e em se pondo logo anoitece. O Inverno começa em Março, e acaba em Agosto, o Verão começa em Setembro e acaba em Fevereiro; as noites e dias são quase todo o ano iguais. [...]
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