O Plínio Salgado
Por: Eletro III • 22/9/2018 • Artigo • 724 Palavras (3 Páginas) • 119 Visualizações
Plínio Salgado e a AIB
Plínio Salgado foi um jornalista nascido no estado de São Paulo que iniciou sua carreira na imprensa em 1916, em São Bento do Sapucaí, sua cidade natal, participando do Correio de São Bento. Durante esse período ele também se dedicou ao magistério e à leitura, sendo predominante a presença de filósofos materialistas. No ano de 1918 iniciou sua carreira na política ao participar da fundação do Partido Municipalista, onde realizava conferências cujo tema era a defesa da autonomia municipal.
Dois anos depois arranjou um emprego no Correio Paulistano, órgão oficial do Partido Republicano Paulista, e se mudou para a cidade de São Paulo. Durante os anos 20, Plínio ganhou renome na área literária pois se dedicou a escrever.
No ano de 1924, deixou e Correio Paulistano, e em 1926 publicou seu primeiro romance, O Estrangeiro, que foi conceituado nos meios modernistas. Logo depois entrou para o movimento Verde-Amarelo, uma vertente nacionalista do modernismo.
Um ano depois criou o Movimento da Anta, que tinha como objetivo a exaltação do indígena como aquele que carrega as origens nacionais mais autênticas. Nesse ano também, publicou o livro Literatura e Política, no qual trazia ideias nacionalistas de caráter antiliberal e agrarista.
Plínio, através do PRP, foi eleito deputado estadual de São Paulo em 1928. Dois anos depois, viajou ao Oriente Médio e à Europa, sem finalizar seu mandato. Na Itália ficou impressionado com Mussolini e seu Fascismo.
Retornou ao Brasil em 1930, um dia depois do início da revolução de 30, e então escreveu dois artigos no Correio Paulistano que defendia o governo. Após a vitória dos revolucionários, Plínio teve seu apoio voltado para Vargas, redigindo, até mesmo, o manifesto da Liga Revolucionária de São Paulo, organização que apoiava o novo regime.
Em 1931, Plínio ganhou o posto de redator do jornal A Razão, onde desenvolveu uma campanha intensa oposta à constitucionalização do país, sendo essa, motivo de um incêndio na sede do jornal antes da Revolução Constitucionalista de 1932. No ano da revolução, criou a Sociedade de Estudos Políticos, organização que juntava intelectuais apoiadores do fascismo. Meses depois publicou o Manifesto de Outubro, que divulgou as normas básicas da Ação Integralista Brasileira. Os ideais da AIB se baseavam no fascismo italiano e nos outros regimes europeus similares. Dava valor a vários rituais e símbolos, como a letra sigma, os uniformes verdes de seus militantes e a saudação através da expressão indígena Anauê. No Primeiro Congresso da AIB, ocorrida em Vitória, no estado do Espírito Santo, durante o ano de 1934, Plínio declarou a autoridade absoluta que detinha sobre a entidade, recebendo o título de “chefe nacional”.
Nos anos decorrentes após o congresso, a AIB se viu em um crescimento significativo, realizando grandes manifestação em todo o país. Em 1937 Plínio se candidatou à presidência do país, porém, percebendo a vontade de Vargas de continuar no poder e cancelar a eleição para tal, decidiu apoiar o golpe do presidente, na esperança de tornar o integralismo a base do novo regime. Sendo assim, se encontrou com líderes militares golpistas e com Getúlio Vargas, que teria prometido a Plínio o Ministério da Educação. Assim, retirou sua candidatura e comemorou o surgimento do Estado Novo, porém, o presidente decretou o fechamento da AIB.
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