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O SAL DA TERRA

Por:   •  5/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.278 Palavras (6 Páginas)  •  357 Visualizações

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SEBASTIÃO SALGADO

FOTOGRAFO

O SAL DA TERRA

Aluna: Edna de Azevedo Pereira

Curso: Licenciatura em História

Período: 7º - UNIRIO

O INÍCIO DE TUDO

Sebastião Ribeiro Salgado Júnior nasceu em 1944, na cidade mineira de Aimorés, sua infância foi vivida na fazenda de seus pais, próximo ao Rio Doce. Formou-se em Economia pela Universidade de São Paulo (1968), tornou-se Doutor pela Université de Paris (1971). Trabalhou na Organização Internacional do Café, em Londres, entre 1971 e 1973. Seu trabalho de fotografia se inicia, quando estava em Angola coordenando um projeto sobre a cultura do café. Durante seu trabalho para as agências Sygma, até 1979, documenta os conturbados acontecimentos políticos e sociais na Europa e África. Em 1979, cria a sua própria empresa, Amazonas Imagens, mesmo estando a trabalho da agência Magnum, onde permaneceu até 1994. Durante sete anos(1977-1984) pode realizar várias viagens pela América Latina e documentar as condições de vida dos camponeses e índios, divulgados no livro “Autres Ameriques” (1986). Na década de 1980, realiza um trabalho com os Médicos Sem Fronteiras, no Sahel, na África, registrando o sofrimento daquele povo com a devastação da seca e da fome, causando muitas mortes. Logo depois, produz a nova série de fotos do seu trabalho, “Trabalhadores”, registrando e documentando a dificuldade do trabalho manual e as difíceis condições de vida desses trabalhadores, pelas variadas regiões do planeta. Sua obra é conhecida internacionalmente, por retratar a dor, o sofrimento, os sonhos, a realidade das guerras, as políticas desumanas praticadas em áreas distantes dos direitos humanos, as variadas culturas, tradições, a vida e morte do ser humano na terra. Suas lentes e sua visão, ao retratar a realidade muitas vezes é criticada, porém, em sua maioria é admirada, por demonstrar em como o ser humano está doente em suas decisões, despidos de amor, de respeito, nas palavras de Sebastião Salgado, “o homem é um animal voraz, capaz de atitudes brutais e desumanas”.

De início, Sebastião Salgado, queria fotografar, se apaixonou pela máquina fotográfica, dando início a uma busca incessante por imagens que pudessem traduzir uma mensagem. Seu trabalho possibilitava sua inserção em situações de conflitos sociais, suas fotos são preto e branco, não permitem dúvidas de suas representações, durante todos esses anos de trabalho, fotografando em todos os possíveis lugares, conseguiu através de sua lente, demonstrar a degradação do ser humano e da natureza. As paisagens destruídas pelas guerras, pela fome, pela ganância, na luta da terra, dos índios no México ou na Amazônia. Seu trabalho é solidário com o ser humano, refletindo a gravidade que permeiam suas fotos, em seu olhar, em sua lente, ele é capaz de agrupar todos os elementos que constituem e harmonizam a imagem.

Diante de um pensamento de impotência, diante da realidade e crueldade do ser humano, Sebastião Salgado, no documentário “Sal da Terra” se diz doente, não do corpo, da alma, da impossibilidade de interferência, em cenários de grande degradação do ser humano vivido por ele em seu trabalho como fotografo. Seu sentimento de incapacidade e frustração, o faz voltar ao Brasil. Filho único, com sete irmãs, recebe, após o falecimento de seu pai, as terras destruídas pelo desmatamento de longos anos, a fazenda onde cresceu, onde havia uma abundante floresta, animais, muitas nascentes. A erosão, deixou o solo seco e árido, sem vida. Surge a possibilidade de um novo começo, após ter desistido da fotografia, um novo projeto, impulsionado por Lélia, o reflorestamento da fazenda, um projeto ambicioso, que precisava de recursos. As custas da construção do desenvolvimento brasileiro, foram derrubadas enormes áreas de florestas, assim como outros países devastaram florestas inteiras, Índia, EUA e etc

Foi necessário um projeto ambiental para a reconstrução da antiga mata. Foram plantadas mudas, de árvores nativas da floresta Atlântica, muitas espécies morreram. No período seguinte, as perdas foram ficando menores, e aos pouco, lentamente as terras começaram a ceder, dar espaço a vida que florescia novamente, as milhares de mudas começaram a criar força, criando todo um eco sistema, que antes vivia naquelas terras, e foram destruídos. As terras foram transformadas em um parque nacional, devolvidas a natureza. Esse projeto, o primeiro, chamado de “Instituto Terra”, abriu o caminho para as possibilidades de recuperação de áreas devastadas, desmatadas, e sem água.

O enfoque do fotógrafo mudou, sua principal preocupação, hoje engajado na construção de uma sociedade mais justa, o faz relembrar de Serra Pelada, onde ficou registrado, a degradação do meio ambiente em meio a procura do ouro, levando homens há uma escravidão moderna, enriquecer a qualquer custo, mesmo

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