Resenha do documentário: Sal da Terra

Resenha do documentário: Sal da Terra

O filme Sal da terra relata a vida e a trajetória do fotografo Sebastião Salgado, um importante fotografo brasileiro, no qual seu trabalho foi divido em três etapas: Trabalhadores, êxodo e gênesis.

Sebastião, filho de fazendeiros, cresceu em uma fazenda no interior de Minas Gerais, na região do rio doce. Mudou-se para Vitória, capital do estado do Espirito Santo, onde se graduo em economia e conheceu sua esposa Lélia Wanick, uma pessoa importantíssima para seu sucesso profissional. Mudaram para São Paulo onde pós graduou-se na Universidade de São Paulo, na USP.

Mudaram-se para Paris, devido às perseguições da ditadura militar, onde Sebastião iniciou sua paixão pela fotografia, quando Lélia comprou a sua primeira máquina fotográfica. Casou-se com Lélia e tiveram dois filhos, um seguiu a paixão do pai pela fotografia acompanhando-o nas viagens e outro nasceu com problemas especiais, no qual eles desenvolveram uma linguagem própria com ele. No inicio, ele fotografava casamentos, crianças e até mesmo nus. Mas a sua verdadeira paixão era fotografar os excluídos.

O diferencial em suas fotografias são os registros da cruel realidade humana em preto e branco. Sebastião começou a fotografar com um olhar humano a África e os problemas da Europa, logo ele seguiu para uma viagem na América Latina, no qual fotografava os povos com uma cultura e com um modo de vida diferenciado, essa obra levou o nome: Outras Américas. Depois ele retornou a África ficando 15 meses junto com os médicos sem fronteiras onde passou um relato através de sua arte das condições precárias no qual o ser humano vivia.

Sua próxima etapa foi êxodo, Sebastião tentou relatar todas as condições caóticas que a natureza e o próprio humano geravam e afetava diretamente o próximo, obrigando-os a sair de suas terras atrás de habitat tranquilo. Depois dessa obra ele retornou ao lugar no qual encontrava mais necessidade de mostrar os problemas humanos, a África, porém apos dessa viagem ele saiu com a alma doente e desacreditado do mundo.

Com o seu tormento emocional, Sebastião, tendo como conclusão que o ser humano era mais apenas um animal no mundo, ele buscou tirar fotos mais positivas e mostrando a natureza. Com isso surgiu o seu terceiro trabalho, gêneses, ele voltou a viajar pelo mundo em busca da natureza não modificada pelo homem.

Em conjunto com seu ultimo trabalho retornou para Minas Gerais, no sitio de seu pai, onde a mata atlântica estava degrada, junto com a sua mulher eles conseguiram recuperar a degradação que o próprio humano tinha ocasionado.

“O homem, cuja as fotografias nos contaram várias histórias da vida em nosso planeta, compartilha conosco um grande e um projeto e um sonho: a destruição da natureza pode ser revertida”.