Por que ensinar história?
Por: biaaa666 • 7/5/2019 • Trabalho acadêmico • 1.078 Palavras (5 Páginas) • 190 Visualizações
POR QUE ENSINAR HISTÓRIA?
“Por que ensinar história?” é uma pergunta um pouco difícil, mesmo para um estudante de história em licenciatura. Antes de sermos professores, somos alunos com sede deste conhecimento sobre nosso passado e como ele nos afeta no presente e como isso pode se reproduzir no futuro. Além do lado acadêmico, a história também sofre interesse de uma população no geral, como pode ser observado em “Apologia da História” de Marc Bloch, a história está presente em livros, filmes, músicas, mesmo estando romantizada em maior parte, ou seja, o passado é um objeto de interesse do homem. Antes de iniciar esse raciocínio devemos entender e criticar a história. A história é uma ciência, apesar de não ter fórmulas e resultados como a matemática, que deve ser estudada eternamente, tendo em vista que ela é constante e multilinear. Enquanto estudamos história, estamos criticando a nós mesmos, entendendo como uma série de fatos pode levar a um dado acontecimento e como esse acontecimento afeta o mundo até hoje. O homem é um produto da história, feito do conhecimento acumulado, mas não todo ele, pois apesar de sermos frequentemente colocados como super orgânicos, também temos nosso lado a-histórico, que é o que nos torna parte da natureza e animais na essência. A pergunta “por que estudar história?” teve maior repercussão mundial, e existem vários filósofos e historiadores que tentaram nos explicar o motivo da história ser tão importante, apesar de desvalorizada. E entender o motivo de ela ser desvalorizada também pode ser compreendido dentro da própria história, mas esse não é o meu ponto com esse texto. Tentar compreender o motivo de estudar história, ou qualquer outra “matéria” que é imposta no modelo de escola atual, é importante para existir "motivação” entre os estudantes. Posso resumir a resposta em apenas dois pontos óbvios; não repetir os erros do passado e nos contextualizar com o mundo em que vivemos. Quando nos contextualizamos no mundo e vemos ele de um jeito racional e orgânico, podemos criticar e entender várias verdades- e que uma verdade nem sempre é absoluta. Posso usar exemplos muito simples para entendermos o conceito de verdade, mas precisamos deixar de lado o etnocentrismo para compreendermos todos os lados de um acontecimento, e todas as influências, inclusive culturais, que levaram à sua concretização. Na época de colonização brasileira, quando os portugueses tentaram forçar indígenas brasileiros a trabalharem em uma lavoura, os indígenas não o faziam por não entender o motivo de plantar e colher café o dia inteiro. O trabalho forçado
pode fazer sentido para nós, pois faz parte de nossa cultura entender conceitos como este. Mas para estes indígenas, o necessário era colher e caçar apenas para a própria existência, o trabalho não existia nessa sociedade como existe até hoje em nossas vidas europeizadas. Tanto a visão eurocêntrica de ver o trabalho como algo obvio e natural, quanto a visão indígena de não ver sentido em trabalho naquele contexto, são visões etnocêntricas que dentro da história são combatidas para melhor compreensão do mundo. Mas, ainda, “por que ensinar história?”. Já sabemos que estuda-la é interessante em vários sentidos, mas o porquê de escolher a profissão de vender esse conhecimento ainda é uma questão que devo desenvolver. A profissão docente em si é desvalorizada, tendo em vista que o professor deve deter muito conhecimento para poder repassa-lo, e mesmo assim não tem o devido reconhecimento da sociedade em geral. O trabalho do professor de história é de libertação, quando consegue atingir o propósito de expor para seus alunos a manipulação que a história sofre quando é contada em vários contextos no cotidiano, fazendo com que tenhamos uma visão de mundo que faz nossas ações seguirem um modelo que nos é imposto. Ensinar história pode ser visto até como uma missão, pois ao tornar
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