RESENHA: She’s beautiful when she’s angry
Por: Josi Sá • 17/5/2018 • Resenha • 327 Palavras (2 Páginas) • 913 Visualizações
RESENHA
She’s beautiful when she’s angry
She’s Beautiful When She’s Angry. Direção: Mary Dore. Produção: Mary Dore e Nancy Kennedy. 2014. 1h32min. Disponível em: Netflix. Acesso em: 04 de janeiro de 2017.
Mary Dore é uma produtora e diretora premiada de documentários que traz uma perspectiva ativista para seus filmes. Em She’s beautiful when she’s angry chama a atenção para a luta das mulheres contra o preconceito e discriminação nos Estados Unidos dos anos 1960, uma luta atual que se propagou por toda a América.
O longa, de produção estadunidense, traz a luta das mulheres contra o patriarcado e machismo que imperam ainda na sociedade de hoje e cujas estruturas institucionais insistem em uma visão de mundo com o domínio masculino, a partir disso, transformando a mulher em objeto de resignação. Mostra como a mulher é tratada por esta sociedade, como objeto sexual e a serviço exclusivamente dos homens, refletindo também na mídia, na publicidade, e no cotidiano num todo da sociedade, padrão numa sociedade que ainda se mantém conservadora e machista.
O filme revela várias situações, questionamentos, mobilizações e falas das mulheres que serviram de ganchos do movimento feminista. Na década de 1960 as mulheres estavam dispostas a combater o machismo no espaço competitivo do mercado de trabalho, e conquistar o direito ao seu corpo, defendendo as vontades femininas e o direito à liberdade.
É um documentário bastante atual e indispensável em qualquer espaço disposto a discutir temas relacionados a gênero, seja acadêmico ou não. É, portanto, grande contribuição para a reflexão da importância da ação das mulheres na construção de uma sociedade mais justa em todos os aspectos.
Esse documentário retrata a luta feminista com os anseios de uma sociedade plural, não sendo, portanto, apenas a luta das mulheres, mas de toda a humanidade pelos direitos humanos tão negados e tão mal compreendidos por muitas pessoas. O direito à vida, à liberdade, a subjetividade, a sexualidade, o combate a toda forma de assédio, de preconceito e de violência são temas universais.
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