Resenha Agostinho
Por: Romulo Augusto Juchem Scheneider • 14/1/2021 • Trabalho acadêmico • 764 Palavras (4 Páginas) • 120 Visualizações
UFFS – UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
HISTÓRIA – 2ª FASE
INTRODUÇÃO À PRÁTICA CIENTÍFICA
PROF. DR. FERNANDO VOJNIAK
SANTO AGOSTINHO. O Livre Arbítrio. 1 ed. Tradução, introdução e notas de Nair de Assis Oliveira. Ver. de Honório Dalbosco. São Paulo: Paulus, 1995.
RÔMULO AUGUSTO JUCHEM SCHNEIDER
Santo Agostinho nasceu em 354 na cidade de Tagaste, Numídia (província romana no norte da África); atual Souk Ahras, Argélia. Filho de mãe berbere e de pai púnico. Foi educado em latim, aos onze anos fora enviado a Maduro (atual M’Daourouch). Seis anos mais tarde graças a um amigo, muda-se para Cartago, para estudar retórica.
Aos 20 anos se torna professor de retórica em Tagaste, mas perturbado com o comportamento dos alunos decide fundar uma escola em Roma em 383. Em 384 vira professor de retórica da corte imperial em Mediolano. Até 386 era maniqueísta, convertendo-se neste ano a cristandade, em 391 é ordenado bispo de Hipona, um dos motivos pelo qual é conhecido como Agostinho de Hipona. Morre em 430 durante o cerco vândalo a Hipona, fora canonizado e reconhecido como Doutor da Igreja em 1289 pelo papa Bonifácio VIII.
Cerca de 20 anos antes de sua morte, acontece o saque a Roma, que abala a fé dos cristãos, St. Agostinho escreve então algumas obras afim de restaurar a fé cristã, entre elas estão Confissões, Cidade de Deus, Trindade e Sobre a Livre Escolha da Vontade traduzido também como “O Livre Arbítrio”, sendo este último, mais precisamente seus capítulos iniciais, o objeto de análise desta resenha.
Quando lemos Agostinho, precisamos mergulhar na meditação de seu pensamento, neste momento a busca por conhecimento se torna inenarravelmente grande. Engana-se quem pensa que esta leitura é ultrapassada, uma vez que St. Agostinho é fé, razão, questionamento, inquietação e desejo de saber. A leitura dessa obra nos transporta para um lugar obscuro dentro de nós mesmos, num limite fronteiriço entre fé e razão.
O Livre Arbítrio, é um convite ao conhecimento, nos proporcionando conhecimento interior, é essencialmente filosofia. Nos conferindo certas questões como: Deus é mal? Deus é o autor do mal? Porque existe sofrimento se Deus é bom?, e as analisando a exaustão, entretanto St. Agostinho, não nos deixa sós, nos responde a mesma medida que nos questiona, sendo tão astuto instrutor que nos leva ao centro de nós mesmos, nos mostrando que todo homem/vida é único/única.
De acordo com St. Agostinho, o homem é dotado de racionalidade e de uma vontade pessoal de liberdade; sendo esta um bem impalpável, podendo seguir dois caminhos, indo atrás do Bem Supremo/Deus alcançando então a beatitude; ou então se afastando d’Ele, que leva o homem a má moral e pecados, aproximando-se da infelicidade humana. Validamente as vontades humanas são livres, cabe a cada um a escolha de ser bom ou mal, aproximar-se ou afastar-se de Deus, sendo o Próprio que deu está liberdade de contestá-lo e confrontá-lo.
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