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Resenha minorias silenciadas

Por:   •  25/6/2015  •  Resenha  •  1.591 Palavras (7 Páginas)  •  132 Visualizações

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Maria Eduarda Santos de Amorim                                                                 7h - 9h

     Minorias Silenciadas

                                                          (História da Censura no Brasil)

        No livro Minorias Silenciadas - História da Censura no Brasilda autora Maria Luiza Tucci Carneiro,  a professora Maria Aparecida de Aquino e o jornalista Bernardo Kucinski, falam em seus textos Mortos sem sepulturae A primeira vítima: a autocensura durante o regime militar(respectivamente), sobre os diversos tipos de censura que existiram nos meios de comunicação durante a ditadura militar brasileira. Maria Aparecida de Aquino possui graduação em História pela Universidade de São Paulo, em Educação Artística pela Faculdades Integradas Alcântara Machado, mestrado em História Social pela Universidade de São Paulo e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo. Hoje em dia, ela é professora titular aposentada da Universidade de São Paulo e professor adjunto da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Tem experiência na área de história, com ênfase em História do Brasil. Já Bernardo Kucinski além de jornalista é um escritor e cientista político. Graduado em Física pela Universidade de São Paulo, entrou para o jornalismo cedo. Foi editor-assistente da revista Veja e do jornal Gazeta Mercantil, correspondente no Brasil dos jornais ingleses The Guardian e Latin America Political Report, e cofundador de vários jornais alternativos, entre os quais Amanhã, Opinião, Movimento e Em Tempo. É colaborador do Partido dos Trabalhadores e professor da Universidade de São Paulo, onde ministra a cátedra de jornalismo internacional, entre outras. Sua carreira de escritor começou tarde, já que ele lançou seu primeiro livro após completar 70 anos.

        O objetivo do texto Mortos em sepultura” é estabelecer um diálogo com a memória construída acerca da censura à imprensa durante o regime militar brasileiro, envolvendo os papéis desempenhados pelo Estado,imprensa e censura, e levando em conta o eventual redimensionamento dessa memória cristalizada pela realização da pesquisa e material produzido por jornalistas e vetado pelos censores. No texto A primeira vítimao objetivo é desenvolver melhor o conceito da autocensura. Como Bernardo mesmo observou, a existência de uma censura rigorosa "induz ao exercício generalizado da autocensura".

        Maria Aparecida começa desenvolvendo o seu texto tentando combater os mitos que giram em torno do veto, como o mito da censura unilinear e aleatória, explicando que ao contrário do que muita gente acha, ela tem sim um padrão e não é feita de qualquer maneira. Ela fala do mito do Estado todo-poderoso e o da imprensa atuando como vítima. Em seguida, o tópico tratado são os tipos, como a censura empresarial, que existe até hoje, as vezes com maior ou menor intensidade, indo de acordo com interesses dos proprietários e anunciantes. Já a censura política é desenvolvida com mais intensidade pela autora, que a divide em dois grandes momentos: primeiro governo Vargas (em especial durante o Estado Novo) e no regime militar. Nesse momento, a professora entra em mais detalhes, exemplificando os tipos usados na época. A autocensura foi um deles. O nome era justificado pelo fato do regime militar dar o recado (através de telefonemas ou bilhetinhos), mas depois disso,  a responsabilidade e decisão de publicação passava a ser do próprio editor, parecendo que foi uma iniciativa do mesmo proibir a matéria. A autora deixa evidente que essa restrição também ia de acordo com os proprietários de imprensa. Já na censura prévia, havia um censor trabalhando ao lado dos jornalistas que vetava (ou não) cada matéria que iria ser publicada. Quem mais sofreu com ela foram os jornais alternativos, os que mais ameaçavam (ex: Opinião e Movimento). Em casos periódicos, a matéria era mandada com antecedência para a Polícia Federal avaliar, o que foi um problema pois muitas vezes elas não voltavam a tempo de serem editadas. Maria conta que depois do AI-5, a censura passa a ser responsabilidade do Ministério da Justiça e da Polícia Federal, sendo exercida por agentes especialmente instruídos para o cargo. O curioso é que nesse momento, a única lei de censura que existia estava mais preocupada com a moral e os bons costumes (pornografia e coisas indecentes) do que com a restrição política. Porém, ao mesmo tempo, se falava de um subversão a ordem. Existia a idéia de que por meio de comportamentos alternativos e imorais, entrariam valores subversivos na sociedade, como os comunistas. O texto segue relacionando a censura com pontos históricos importantes dos momentos políticos analisados, e então a autora conta os temas mais vetados. Questões relacionadas a proteção do Estado foi o tema mais vetado, seguido por problemas sociais, econômicos e outros temas.

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