Revolta da Chibata

Um dos movimentos ocorridos durante a República velha foi a revolta dos marinheiros em 1910, conhecida como a Revolta da Chibata. Nesse período do início do século XX os marinheiros trabalhavam em péssimas condições, chegando a terem que correr riscos devido as condições em que se encontravam. Como se não bastasse, tudo aquilo que fosse considerado uma falta grave pelos superiores era punido com castigos físicos tais como enforcamentos e o chicoteamento, que era uma punição muito utilizada no momento e o principal ponto pelo qual os marinheiros se revoltaram. Segundo Souza (2012, p. 22) “A aplicação dos castigos físicos representava, obviamente, um fator de identificação com o trabalho escravo do qual os marinheiros queriam se distinguir”, ou seja, o tratamento dado aqueles com uma patente baixa era equivalente a de um escravo, tendo como estopim para a revolta o castigo de 250 chibatadas aplicado em Marcelino Rodrigues. Com a tomada dos navios de guerra e constantes ameaças, o governo não teve forças para resistir aos rebeldes e aceitou os termos propostos por eles, entretanto o governo não cumpriu o acordo após os marinheiros devolverem os navios, ocasionando uma perseguição e punições severas aos envolvidos levando a uma nova rebelião alguns dias depois. Essa nova rebelião, contudo, foi massacrada pelo governo, entretanto não foi em vão, pois a partir desse momento as condições dos marinheiros começaram a melhorar.

Referência: SOUSA, Cláudio Barbosa de. Marinheiros em luta: a Revolta da Chibata e suas representações. Dissertação – Faculdade de Ciências Contábeis, Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia. 2012.

...