Revolta de Marinheiros Almirante negro para a capital brasileira, e é notícia no mundo.
Por: GabrielaMF_ • 14/3/2017 • Trabalho acadêmico • 382 Palavras (2 Páginas) • 392 Visualizações
Revolta de Marinheiros
Almirante negro para a capital brasileira, e é notícia no mundo.
A cidade do Rio de Janeiro parou no último dia 22, governo e exército levaram um grande susto ao perceberem que estavam a ponto de serem bombardeados, caso não atendessem as reinvindicações dos marinheiros liderados por um simples negro, como assim se referiram, denominado João Cândido.
A Marinha brasileira, recentemente reformada, possui navios modernos, incluindo dois couraçados, o do estado de Minas Gerais e o de São Paulo, que se colocam entre os mais poderosos navios de guerra do mundo, todavia essas moderníssimas máquinas de guerra são tripuladas por marinheiros, que segundo apurado, recebem tratamentos ainda regulamentado por códigos do século XIX.
Dias atrás a coluna divulgou uma nota de que após o marinheiro Marcelino Rodrigues ser castigado com 250 chibatadas dentro do encouraçado de Minas Gerais, uma revolta havia se organizado na volta para o Rio de Janeiro, desencadeando a morte do comandante do navio e de mais três oficiais, entretanto ao chegar a Baia de Guanabara, esses revoltosos almejaram e receberam o apoio dos marinheiros do encouraçado Paulista, fazendo com que o clima ficasse conflituoso.
O ocorrido, que está sendo chamado de Revolta da Chibata, ainda apontou que o trabalho nos navios eram árduos e excessivos, a alimentação deficiente, os maus-tratos constantes e como forma de punição a algum ato de indisciplina, recebiam chicotadas, que notadamente, foi o estopim da revolta.
Procurados, o governo brasileiro garantiu que tudo estava sob controle, ressaltando que os simples marujos não saberiam manobrar enormes e modernos navios, no entanto, não foi o que o ocorreu, pelo contrario, o governo e exercito se viram despreparados, e estando em terra, não possuíam artilharia como os navios, fazendo com que eles, junto ao presidente Hermes da Fonseca cedessem às exigências dos marinheiros, abolindo o castigo da chibata e os anistiando.
Devido à natureza da rebelião, a Revolta da Chibata chegou rapidamente às manchetes dos principais jornais americanos e europeus, no entanto como o governo brasileiro afirmou que a revolta não passava de reivindicações trabalhistas dos alistados na marinha, tanto os jornais europeus Le Temps e Le Figaro, quanto o jornal norte americano The New York Times se referiram a rebelião como uma “greve trabalhista”. O governo notadamente omitiu os castigos corporais da lista de queixas dos marinheiros.
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