Revolução Francesa
Por: DanieleComin • 14/9/2016 • Trabalho acadêmico • 1.328 Palavras (6 Páginas) • 496 Visualizações
Introdução
Revolução Francesa (1789-1799) foi um período de intensa agitação política e social na França, que teve um impacto duradouro na história do país e, mais amplamente em todo o continente europeu.
Foi um momento extraordinário onde as pessoas achavam que podiam fazer tudo na sociedade, não só na politica, nas instituições, mas também na natureza humana. Foi a encruzilhada pro mundo moderno, em que tudo se volta para uma direção diferente.
Para a história Ocidental, o evento mais importante é a Revolução Francesa, há desdobramentos importantes como a Revolução Industrial e o capitalismo, mas como evento, nenhum mais importante.
Esse movimento teve a participação de vários grupos sociais: pobres, desempregados, pequenos comerciantes, camponeses.
Foi um acontecimento tão importante que seus ideais (liberdade, igualdade e fraternidade) influenciaram vários movimentos ao redor do mundo.
Desenvolvimento
Antes da revolução, predominava a sociedade do antigo regime, ou seja, o estado absolutista e os privilégios feudais da nobreza. Predominavam os valores aristocráticos da nobreza, o respeito a tradição e às famílias de nome, portanto a hierarquia rígida da sociedade, a educação controlada pela igreja e censurada pelo Estado.
A Revolução Francesa é considerada o marco tradicional do início da idade Contemporânea. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776).
Durante essa revolta, a sociedade francesa passou por uma transformação épica, quando privilégios feudais, aristocráticos e religiosos evaporaram-se sob um ataque sustentado de grupos políticos, das massas nas ruas e de camponeses na região rural do país. Antigos ideais da tradição e da hierarquia de monarcas, aristocratas e da Igreja Católica foram abruptamente derrubados pelos novos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade.
A França era o país mais populoso da Europa Ocidental possuindo aproximadamente 25 milhões de habitantes, está população foi dividida em três estados:
Primeiro estado:
- Alto clero- formado por bispos, abades escolhidos entre os nobres. Suas riquezas vinham do recebimento do dízimo e da renda de imóveis urbanos e rurais de propriedade da Igreja;
- Baixo clero-era compostos de sacerdotes pobres que geralmente eram responsáveis pelas paroquias mais carentes.
Segundo estado:
- Nobreza cortesã-possui cerca de 4 mil pessoas que viviam no palácio de Versalhes, em torno do rei, recendo pensões do estão em dinheiro;
- Nobreza provincial-era um grupo pobre que vivia no interior à custo dos pagamentos cobrados dos camponeses, a titulo dos direitos feudais;
- Nobreza de toga-era composta de burgueses ricos que compravam títulos de nobreza, cargas políticos e administrativos.
Terceiro estado:
- Camponeses- trabalhadores rurais submetidos a diferentes formas de trabalho;
- Sans-culottes- camada social urbana, com aproximadamente 200 mil pessoas, concentrada em Paris e composta de aprendizes de ofícios, assalariados e desempregados marginalizados;
- Pequena burguesia- pequenos comerciantes e artesãos;
- Média burguesia- profissionais liberais (médicos, advogados, professores e comerciantes).
- Alta burguesia- banqueiros, empresários e comerciantes.
Desde meados do século XVIII a economia francesa apresentava sinais de crise agravada pelas guerras em que o país se envolveu na Europa e na América.
Cerca de 80% da população trabalhava no campo, mas nem sempre a safra era satisfatória, problemas climáticos agravavam ainda mais a situação, com isso o preço dos alimentos subiu. Na cidade e no campo, a maioria da população enfrentou uma situação de fome e miséria, milhares de pessoas foram para o campo em busca de alimento, muitas começaram a roubar para comer.
A indústria têxtil, por sua vez, passou por grandes dificuldades devido a concorrência de tecidos ingleses que invadiram o mercado interno da França. Com isso, Inglaterra e França assinaram um tratado em 1786, por meio do qual os ingleses exportariam tecidos para a França, enquanto os franceses exportariam vinho para a Inglaterra. Muitos trabalhadores desse setor ficaram desempregados, aumentando o número de famintos e marginalizados. Além disso, o governo francês passava por uma séria crise financeira, desde o reinado de Luís XIV. As despesas eram maiores que suas riquezas.
O rei não poderia fazer nada contra a multidão armada que agia por conta própria. A república estava proclamada, o governo passou a ser exercido pela convenção nacional, uma espécie de parlamento eleito com voto universal masculino. A revolução se radicalizava e fugia do controle dos grandes burgueses.
Forças da Áustria, Prússia, Rússia, Portugal, Espanha e outros países enviaram poderosos exércitos para invadir a França destruir a revolução. Tinham todo o apoio da Inglaterra, pois a participação das camadas populares da revolução francesa assustava os parlamentares ingleses, que exigiam q a politica só pudesse ser feita pelas pessoas de classes altas. Assim, o governo da Inglaterra se juntou aos países absolutistas nos ataques a França revolucionária. A burguesia e o capitalismo dificilmente são sinônimos de fraternidade e igualdade, mas certamente estão associados à concorrência, à disputa de mercados, a França saindo vitoriosa seria a concorrente incômoda.
A situação estava cada vez mais complicada, e um lado a invasão estrangeira cada vez mais violenta e perigosa. E do outro lado, estourou uma revolta camponesa. A guerra aumentava as dificuldades econômicas, pois os conflitos geraram muitas dividas.
Os ânimos se acirraram. O conflito era iminente. Em meio à agitação, o terceiro estado criou Guarda Nacional, com capitais da burguesia. O objetivo era armar população para resistir aos ataques da monarquia.
A Bastilha, fortaleza-símbolo do poder absolutista, onde ficavam presos os opositores da monarquia, foi invadida em 14 de julho. Começa a Revolução. Rapidamente o movimento se alastrou pela França. Camponeses massacraram seus senhores, destruíram propriedades, esse episódio ficou conhecido Le Gran Peur ( o Grande Medo).
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