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TG EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA NAS AULAS DE HISTÓRIA

Por:   •  17/12/2015  •  Artigo  •  6.922 Palavras (28 Páginas)  •  425 Visualizações

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EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA NAS AULAS DE HISTÓRIA

Carlos Alberto Lach Junior

Jorge Luiz Buerger

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

História (HID-0279) – Trabalho de Graduação

01/11/2015

RESUMO

A busca por uma metodologia de ensino que consiga fazer com que o aluno sinta-se inserido numa sociedade globalizada e consiga filtrar as informações do cotidiano, esbarra-se com a dificuldade que a escola passa para trabalhar esses conceitos de forma didática. Na disciplina de História, o comprometimento é maior ainda, pois a disciplina traz como ícone a necessidade de fazer com que o aluno não só conheça o passado, mas que faça uma reflexão sobre a sua realidade atual e possa transformá-la. Uma aprendizagem com qualidade pode ser desenvolvida com recursos que a própria tecnologia globalizada nos trouxe, produzindo um efeito positivo na prática pedagógica tanto para o professor/pesquisador quanto para o aluno/pesquisador. A tarefa não é fácil, pois é de hábito trabalhar conteúdos prontos, inseridos nos livros didáticos. Também os recursos tecnológicos se deparam com os recursos financeiros e burocráticos da escola. Propomos uma tarefa contrária, em que o professor tenha a postura de mediador/pesquisador do conhecimento, fazendo com que os alunos se apropriem daquilo que é para eles significativo a fim de interagir com o meio social de forma qualitativa.

Palavras-chaves: Ensino e Aprendizagem. Tecnologia. Recursos Tecnológicos. Ação pedagógica. História.

1 INTRODUÇÃO

É de comum acordo que a sociedade contemporânea se encontra pautada no desenvolvimento tecnológico. A ciência e a tecnologia estão sustentando as inter-relações sociais e se encontram inseridas no seu cotidiano de forma ampla e duradoura. Mesmo encontrando críticas que venham ao encontro do resgate do homem social do passado, percebemos que o ser humano nunca esteve tão antenado com os acontecimentos mundiais quanto no século XXI.

A escola como reflexo da sociedade a qual atua, também com o decorrer do tempo vem transformando a sua prática pedagógica, buscando novas metodologias e novos valores para desenvolver dentro do currículo sua ação pedagógica. Porém, na medida em que ela avança sua prática pedagógica, percebemos quanto ainda pode e deve avançar, pois o mundo globalizado, a Internet, e outros meios de comunicação cada dia mais fazem parte do nosso cotidiano. No entanto, ao acompanhar o desenvolvimento tecnológico e científico, é mister não esquecer do caráter humano na prática pedagógica. Não basta apenas dar oportunidade de acesso à escola, é preciso ir muito além. É necessário oferecer condições de aprendizagem de acordo com as necessidades da comunidade escolar.

O objetivo da educação é tornar as pessoas mais livres, mais autênticas em suas decisões pessoais e profissionais. Enquanto que a maioria das instituições sociais evoluiu conquistando avanços nos aspectos funcionais e estruturais, a escola parece ter permanecido ultrapassada, faltando melhor valorização profissional e muitas vezes recursos de equipamentos modernos para tornar as aulas atraentes e se tornar um meio mais eficiente do desenvolvimento do processo de ensino/aprendizagem.

 

No que diz respeito à disciplina de História, Pinsky (2010, p. 19) afirma que “A História é referência. É preciso, portanto, que seja bem ensinada”. Dessa forma, os conteúdos na disciplina de História, quando formatados e aplicados sem sentido explícito torna-se uma ferramenta sem atrativos para o exercício do conhecimento produzido na escola, tanto quanto as demais disciplinas. É um grande desafio para o professor de História buscar metodologias que visem sanar estes estereótipos que se impôs à sua disciplina.

Stille (2005, p. 14) diz que “nossa sociedade está no meio de uma ruptura fundamental com o passado, o que envolve perdas e ganhos”. Para ele, a globalização na área da informação foi benéfica, no entanto, é importante que tenhamos consciência e pleno reconhecimento do que estamos perdendo em relação ao nosso passado. Assim, questionamos o que significa ter uma relação viva com o passado? Como a disciplina de História pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem de nossos alunos e de qual forma podemos transformar as aulas de História atrativas e cheias de expectativas para o nosso aluno?

Com esse artigo, pretendemos encorajar mais os professores a praticarem o exercício da pesquisa com apoio das tecnologias, não de forma aleatória, mas viva e significativa para os alunos e para a comunidade escolar, bem como pretendemos expor as dificuldades que são encontradas para a realização de uma metodologia voltada para o ensino com os recursos tecnológicos disponíveis.

Para isso, buscaremos consolidar nossos estudos dialogando com autores que defendem estas ideias e acreditam que trabalhar de forma integral num mundo globalizado seja possível e passível de aprendizagem qualitativa, como metodologia de trabalho viável em sala de aula, garantindo a aprendizagem como um todo, de forma significativa, respeitando os tempos, espaços e competências dos educandos.

As novas tecnologias estão aí, basta saber como a escola irá transformá-la em um recurso pedagógico. Ou será que é a escola que deve partir desse conceito ou os professores que nela atuam?  A ação pedagógica deve ultrapassar as paredes da sala de aula e da individualidade. Devemos transpor as barreiras da escola e preparar nossos educandos de acordo com as necessidades que a sociedade atual delimita para ele.

2 A ESCOLA E A MUDANÇA CURRICULAR PARA UM MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO.

O mundo se encontra em constante transformação, e é dessa transformação que encontramos todos os avanços tecnológicos que nos permitiu chegar onde estamos em pleno século XXI. Indiferente em qual sociedade se está inserido, o mundo em transformação possibilitou que conhecimentos fossem adquiridos e culturas e ideias fossem refeitas, num constante vai e vem dentro de cada sociedade mundial.

Theodoro (2010) nos diz que essa transformação possibilitou com que o homem pudesse fazer várias coisas: desde tirar fotografias sem ver o mundo propriamente dito, até modificar a sua própria tecnologia. Ela nos diz que é como se fosse uma “cegueira contemporânea” e que parece que “o homem desenvolveu tanto a razão, mas vive num mundo cada dia mais irracional”.  Sendo assim, nos alerta para a dificuldade de preparar o ser humano para um “desafio contemporâneo”, que é o de observar presenças, estabelecer relações e filtrar as informações do cotidiano THEODORO (2010, p. 50).

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