A AMÉRICA ANTES E DEPOIS DA CONQUISTA
Por: Luís Silva • 11/9/2018 • Trabalho acadêmico • 667 Palavras (3 Páginas) • 254 Visualizações
AMÉRICA ANTES E DEPOIS DA CONQUISTA
PROUS, André. O povoamento da América visto do Brasil: Uma perspectiva crítica. São Paulo: Revista USP, n. 34, 1997. 8 – 21 p.
1. INTRODUÇÃO:
2. I - A BUSCA PELOS PRIMEIROS IMIGRANTES: DIFICULDADES PRÁTICAS:
3. II – OS SÍTIOS PLEISTOCÊNICOS NA AMÉRICA DO SUL: CERTEZAS E DÚVIDAS:
Neste tópico do texto nos é apresentada a informação de que, pelo menos na região onde atualmente encontram-se os Estados Unidos da América, há indícios de uma ocupação humana datando de cerca de 11.500 anos. Seguindo por este mesmo raciocínio, na América do Sul, isto teria ocorrido por volta do mesmo período. Por ventura, uma chegada ao continente deveria ter ocorrido anterior a este tempo. Mas quanto? A verdade é que para determinar isto, apesar das tentativas de cientificar os modelos propostos pelos cientistas, lida-se muito mais com especulações do que com fatos. Isto se dá, pois o número de variáveis capazes de interferir em uma datação precisa é amplo.
Uma destas variáveis é a densidade demográfica. Dado que para a colonização de um determinado território e uma contínua expansão seriam necessários tanto um número amplo de pessoas a ficar, quanto para as viagens e estabelecimento de novos “assentamentos”, contando ainda com uma reprodução biológica constante. Todavia, tal teoria cai por terra, uma vez que, para a rápida movimentação e descoberta de novas áreas, grupos amplos não seriam apropriados.
Outra variável é a velocidade de propagação das populações migratórias. Como dito anteriormente, grupos amplos não seriam apropriados caso a intenção fosse velocidade de locomoção. A não ser que estes indivíduos possuíssem meios eficientes de viagem. Prous nos concede o exemplo dos trenós, criação dos esquimós/inuits. Contudo, isto suporia uma domesticação de cães selvagens que, para o período em questão, não seria uma realidade. Além do fato de que tal modo de transporte não seria nem um pouco efetivo no terreno em questão. Fazendo citação a outro autor, Amick, André conta-nos que talvez, para os caçadores Clóvis, a movimentação fosse uma tarefa fácil. Entretanto, esta se daria de forma cíclica em relação a áreas já ocupadas. Outra sugestão é a navegação. Mesmo que as embarcações da época fossem precárias, ainda assim serviriam como bons meios de transporte. Tal declaração então reforça a ideia de que o grande eixo norte-sul pelo Mississipi/Missouri pode ter desempenhado um papel fundamental na propagação humana na região.
Porém a velocidade ainda seria um problema. É aí que Prous traz um exemplo que pode vir a ser de ajuda neste quesito. A expansão tupi-guarani. O autor até brinca com o fato ao dizer que lhe surpreende que jamais tenham utilizado tal hipótese. Tal expansão estaria voltada para um único tipo de área, as florestas, adequadas para o plantio de um de seus principais alimentos, a mandioca. Para sua locomoção, estes teriam feito uso das vias fluviais. De uma forma geral, o litoral das Américas teria sido de extrema importância nesta tarefa.
No texto são igualmente apresentadas três hipóteses a respeito de em que velocidade e tempo
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