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A ARQUEOLOGIA CLASSICA E ANTIQUARIANISMO

Por:   •  20/9/2018  •  Resenha  •  860 Palavras (4 Páginas)  •  824 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI – UFPI

CENTRO DE CIENCIAS DA NATUREZA – CCN 2

RESENHA CRITICA

TEXTO: ARQUEOLOGIA CLASSICA E ANTIQUARIANISMO

AUTOR: TRIGGER, Bruce Graham

ALUNO: Bruno Carvalho Pereira Campos

De acordo com TRIGGER, antes de 1960, cada pesquisador tinha a liberdade de erigir a disciplina sobre suas próprias idéias, já que não existia um corpo teórico estabelecido na área. No entanto, da-se que as convicções de caráter geral, potencialmente testáveis com emprego de dados arqueológicos, relativas as origens humanas e ao desenvolvimento da sociedade, de muito antecedem um disciplina arqueológica reconhecível.

Grande parte da historia humana, o interesse e a curiosidade por desvendar o seu passado, teve que se satisfazer com mitos e lendas a respeito da criação do mundo e da humanidade.

Uma outra concepção desenvolveu-se na civilizações arcaicas em que registros possibilitaram um enquadramento cronológico, e a informação sobre o que aconteceu no passado tornou-se independente da memória humana. Mesmo assim, esta pequena compilação de anais, não originou a escrita de historias detalhadas no passado, e, infelizmente, o desenvolvimento da historia como gênero literário também não assegurou o crescimento paralelo de interesse disciplinado pelas relíquias antigas.

Resíduos do passado eram usados em cerimônias religiosas nas civilizações primitivas, eles incluíam estatuetas olmecas e bens valiosos vindos de diferentes partes de seu império nos depósitos rituais periodicamente queimados em muros de Grande Templo, em Tenochtitlan (Matos, 1984). No entanto, identificar essas atividades como arqueologia, mesmo que seja “arqueologia indígena”, seria diluir o significado da palavra alem de seus limites de utilidade.

De acordo com Wooley, 1950: 152-4, uma coleção de artefatos babilônicos antigos, com inscrisões incluisive, reunidas por uma das filhas do rei Nabonide, no século VI a.C., foi descrita como o primeiro museu de antiguidade conhecido.

Embora alguns eruditos do mundo antigo ocasionalmente utilizassem dos artefatos antigos para vislumbrar ou tentar entender o que poderia ter acontecido no passado, a partir dos registros escritos, o fato é que eles não desenvolveram nenhuma técnica especifica para o resgate ou o estudo destes artefatos, falhando em sua pesquisa.

Durante a Idade Media, o interesse por vestígios materiais do passado foram ainda mais restritos que na época clássica; limitava-se, em grande medida, a coleta e preservação de relíquias sagradas.

Embora o uso de precedentes históricos para justificar inovações tivesse raízes no pensamento medieval, a expansão da pesquisa voltada para a busca de tais precedentes pouco a pouco levou a constatação de que a vida social e cultural contemporânea não se assemelhava a da antiguidade clássica. Os eruditos constataram a separação e a diferença entre o passado e o presente, e perceberam que cada período tinha de ser entendido em seus próprios termos, não podendo o passado ser julgado pelos padrões do presente (Rowe,1965).

No final do século XV, papas como Paulo II e Alexandre VI, cardeais e outros membros da nobreza italiana puseram-se a coletar e exibir obras de arte antiga, passaram também a patrocinar buscas sistemáticas com o objetivo de recuperar objetos (Taylor,1948: 9-10). Ainda em 1462, o papa Pio II promulgou uma lei com o propósito de preservar edifícios antigos nos estados papais, e em 1471, Sixto IV proibiu a exportação de blocos de pedra e estátuas de seus domínios (Weiss, 1969: 99-100).

O interesse pela antiguidade clássica espalhou-se pouco a pouco pelo restante da Europa. Com o passar do tempo, os membros da nobreza tornaram-se ávidos colecionadores de arte grega e romana, que seus agentes adquiriam na região do mediterrâneo.

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