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A Conquista da América

Por:   •  17/11/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.056 Palavras (5 Páginas)  •  47 Visualizações

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TODOROV, Tzevetan . A Conquista da América. A Questão do Outro.

Resenha de: Marcos Geraldo Nogueira

Tzvetan Todorov  filósofo e lingüista búlgaro que estudou na universidade de Sofia, na Bulgária. Sob a influência de seu instrutor, Roland Barthes, um dos mais reconhecidos teóricos do estruturalismo, o pensamento de Todorov é direcionado para a filosofia da linguagem , numa visão estruturalista que o percebe como parte da semiótica (saussuriana).

Todorov foi professor da École Pratique Des Hautes Etudes, da universidade de Yale, diretor do centro Nacional de Pesquisa Científica de París (CNRS), e dirigiu o centro de Pesquisa em artes e Linguagem na mesma cidade-estado. Ele produziu um grande número de obras no campo dos estudos lingüísticos e da teoria literária, que já foram traduzidas para 25 idiomas. Em sua obra: A conquista da américa: a questão do outro”, Tzvetan Todorov analisa a conquista da américa sob a questão do outro, que estabelece como unidade de ação a percepção que os espanhóis têm dos índios nesse contexto de conquista, além de expor sua enquête sobre o conceito de alteridade, existente na relação entre indivíduos pertencentes a diferentes grupos sociais, cujo objeto central é justificado pela própria situação do autor imigrante na França, país onde a relação entre nacionais e estrangeiros é marcado historicamente pela xenofobia não declarada.

Seu livro é dividido em quatro partes: "I - Descobrir", "II - Conquistar", "III-Amar" e "IV-Conhecer"; e, em cada uma delas, utiliza trechos de textos de autores que serão seus próprios personagens nesta história. Tzvetan Todorov tenta reconstruir, com uma narrativa dinâmica, o ambiente da conquista analisando o outro, "o índio", no qual ele usa figuras históricas como Cristóvão Colombo para descrever os eventos.

A primeira parte: “I - Descobrir”, é subdividida em três: “A descoberta da América”, “Colombo hermeneuta” e “Colombo e os Índios”. No subtítulo “A descoberta da América”, Todorov relata que o principal motivo que o levou a escolher estudar a descoberta do outro foi o sentimento de estranheza o qual ocorreu quando os espanhóis se chocam culturalmente com os indígenas.

Ele começou perguntando: “O que levou Colombo a partir? O que te fez conquistar a América?. analisando as cartas de Colombo, inicialmente acredita-se que ele buscava oiro, mas conforme continuamos em seus relatos, Colombo queria divulgar o nome e o evangelho do Papa, pois estava muito mais interessado na expansão da cristandade do que no ouro.

Em sua obra, Todorov nas mostra as histórias do próprio Colombo, que vê sua viagem como uma missão divina, na qual, rumo à China por uma rota "Direta", como imaginava ao partir, Colombo pretendia encontrar o oiro que "nasceu lá", para que, dotado de recursos, pudesse cumprir sua missão: "Efetue a cruzada e liberte Jerusalem!"!“. Um ponto que chama a atenção na narrativa de Todorov é a passagem em que ele afirma que Colombo não era um ser humano moderno e que à medida que o descobrimento avançava os fatos transportavam como se o homem fosse um novo ser humano o mundo não poder ter sido mais isto. No segundo título, Colombo Hermeneta, Todorov revela três esferas que desanexar o mundo de Colombo: a natureza deusas e o rapaz embora, segundo ele, seja impossível analisá-los no mesmo plano.

Prossegue com excertos das cartas onde, segundo ele, Colombo utilizou a estratégia da interpretação finalista (cujo sentido final é dado de imediato) e por isso, com base em crenças religiosos, interpreta miticamente todo o cenário, pensando ter encontrado paraíso na terra e que tal paraíso só pode ser encontrado pela vontade divina. Logo depois, os nativos foram vistos na forma de bestas míticas como sereias e caolhos.

Quanto à esfera natural, Todorov, relata como a relação de Colombo com a natureza o ajudou em suas navegações e como era, até então, a única forma de comunicação realmente eficaz com os indígenas. Ele também evidencia como Colombo se utiliza de diversos superlativos para endeusar a natureza e torna-la ainda mais fascinante.

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