A Estrutura Dualista
Por: wahhenrique • 22/10/2019 • Trabalho acadêmico • 599 Palavras (3 Páginas) • 108 Visualizações
HISTÓRIA
Estrutura Dualista na Historia do Brasil
Estrutura Dualista na Historia do Brasil
Trabalho desenvolvido para a disciplina
de Historia do Brasil Republica: Consolidação
e tensões sociais
Na historia do Brasil, o poder sempre se organizou de forma dualista, compostas por agentes estatais e por grandes empresários. Onde os agentes estatais eram oficialmente detentores do poder politico e administrativo; já os empresários, devido ao poder econômico elevado exerciam influencia sobre o poder politico e administrativo. E juntamente com esse dualismo estava a igreja Católica como órgão auxiliador e os eclesiásticos da época agiam como funcionários da coroa. Inclusive, mesmo depois da separação da igreja com o estado, a Igreja Católica ainda exerceu forte influencia decisiva na politica.
O povo, na historia do Brasil, nunca teve uma efetiva participação ativa e efetivamente decisiva e soberana. Salvo algumas pequenas participações como no governo Vargas, o povo sempre foi deixado a margem dos poderes políticos, inclusive quando o foi colocado constitucionalmente, no período republicano a participação nos poderes, efetivamente isso não ocorreu. Pois sempre era prevalecido o interesse voltado aos dois poderes dominantes, agentes estatais e empresários.
Ate o fim do Império, as forças Armadas exerciam função de auxiliar a organização desse esquema dualista de poder. Somente com a Guerra do Paraguai que os militares se mostraram insatisfeito com a dependência na organização estatal. Uma vez que haviam combatido com tropas, as quais os militares ocupavam altos cargos políticos, com isso os militares não aceitavam mais permanecer como categoria segundaria, sem desfrutar das liberdades politicas brasileiras.
Com todas as insatisfação existente no pais, Vargas notou a necessidade do apoio da população, principalmente dos operários, e para isso, criou a legislação trabalhista e a organização sindical e também fez nomeações de tenentes do exercito para cargos estatais. E mesmo com o inesperado suicídio de Vargas, os militares permaneceram agitados. Juscelino Kubitschek também apoiou os militares, mas não conseguiu com seu apoio acabar com a hostilidade militar. Juscelino também ganhou apoio dos empresários, graças a ações importantes, como os facilitadores que permitiram a acomodação das indústrias automobilística no Brasil.
Com o Golpe de 1964 a parceira entre Agentes Estatais e Empresários foi quebrada consideravelmente. E naturalmente os empresários temiam o futuro e com isso se uniram as Forças armadas com o intuito de destituir os governantes, e por duas décadas mantiveram absoluta dominação. Contudo, a aliança entre Forças armadas e empresários não foi tão duradoura, pois os empresários começaram a manifestar desaprovação pela permanência dos militares no comando do Estado. Nesse momento os empresários decidiram que era o momento de voltar a ter o poder do Estado novamente nas mais dos Agentes Estatais, onde teriam melhor dominação econômica.
A pressão para que os militares deixassem o poder foi reforçado com o baixo índice de crescimento econômico. E também o alto índice de brutalidade com os presos políticos da época ou contra quem se colocasse contrario ao poder militar.
Em suma, em tudo o trajeto da historia do Brasil, nunca houve uma participação real da população ou voltada aos interesses reais do povo, salvo, nos dias atuais, com base no artigo 49, inciso XV, da constituição de 1988, onde coloca-se que mediante autorização do Congresso, o povo terá voz, por intermédio dos plebiscitos. Fora essa abertura constitucional e ligada ao congresso o Brasil sempre teve seu caminho guiado por dualidades, seja empresários e Agentes estatais, fosse com os militares e empresários. Jamais houve ate hoje a parceria com o povo efetivamente.
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