A Formação do Brasil Contemporâneo
Por: Renata.Fattah • 19/8/2018 • Resenha • 646 Palavras (3 Páginas) • 96 Visualizações
FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO
INTRO
Quanto aos livros que serão estudados: têm eles por objetivo redescobrir o país, bem como, toda a riqueza e complexidade de sua cultura. Busca fazê-lo analisando a formação do país e de seu povo, dos conflitos sociais que atingiram sua história e dos que ainda atingem, além de entender as relações sociais e raciais e de seu atraso econômico e político.
VIAS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE
Traz o autor alguns fatores que resultariam em comunicações difíceis e morosas, tendo eles grande responsabilidade na caracterização do País. São eles:
- grandes distâncias (país continental);
- território de relevo acidentado;
- vastas florestas;
- pontos estratégicos de difícil penetração;
- baixo investimento na linha costeira;
- rios de cursos cheios de acidentes.
O sistema de comunicações da colônia tem seu desenvolvimento acompanhado pelo povoamento. Este, inicia-se no litoral e segue, progressivamente, adentrando no interior e se espalhando em núcleos mais afastados do litoral. Aqueles, por sua vez, têm sentido oposto. Os núcleos construídos no interior buscam saídas mais eficientes para o mar. Compreendamos o início da formação e evolução de tal sistema.
Estas vias penetradoras que ligam os núcleos ao litoral são independentes entre si, formando-se pequenos sistemas autônomos e fragmentados. Estes sistemas se sucedem de norte a sul, sem conexão com os demais, exceto na área litorânea, em que há a articulação pela via marítima.
À medida que a penetração e as vias se aprofundam, estas acabam se convergindo no interior. O autor traz duas circunstâncias geográficas peculiares: a linha costeira do território (exemplo: Nordeste brasileiro, do Maranhão à Bahia, onde as linhas de penetração acabam se unindo em seu interior) e o curso dos rios e a orientação do relevo (exemplo: vias que partem, respectivamente, do litoral sul em demanda das capitanias centrais – Goiás e Mato Grosso – e das setentrionais que sobem pelo vale amazônico).
Quando reconhecido todo território, na segunda metade do século XVIII, tal processo chega a seu termo, entrando-se na fase do aproveitamento prático e comercial dele. Conjugam-se, nesta fase, os esforços dos particulares, utilizados para seus fins, e da Administração Pública, que os apoiava.
As penetrações com continuidade de povoamento dos sistemas de comunicação distinguem-se na medida em que penetram o interior. Eles têm em comum, essencialmente, as características de que se voltam para o mar e que escolhem por sua via principal de penetração, a água (baías, estuários, rios). Estas vias funcionam como eixo, enquanto as vias terrestres são subsidiárias e se destinam a procurar aquelas.
A linha que articula todos estes sistemas e forma a espinha dorsal do sistema de viação do país se dava também, sobretudo e quase unicamente, por água. Dava-se pela navegação de cabotagem no litoral brasileiro, acompanhado por via terrestre, quando ausentes os obstáculos intransponíveis nesta.
Temos nas comunicações interiores quatro setores diferentes, que conservam uma autonomia resultante de sua formação histórica e de suas peculiaridades geográficas:
- redes hidrográficas do Amazonas;
- três vias principais no interior nordestino e seu ponto de convergência no Piauí;
- centro-sul, que ocupa a maior área, compreendendo as vias que comunicavam as capitanias centrais;
- extremo-sul, sendo o mais rudimentar e simples, que percorre o planalto, paralelo ao litoral, partindo de São Paulo e seguindo até o extremo meridional.
Quanto às qualidades e condições das vias de comunicações coloniais os trafegantes encontravam diversas dificuldades, tanto por terra como pela água. Tem-se como um dos principais fatores a falta de investimento nas vias, em que para a escolha do traçado o critério era o da economia de esforços. Outro fator seria a ignorância combinada com a falta de aparelhamento, que levava os construtores muitas vezes a erros palmares de direção e cálculo.
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