A Grã-Bretanha na Economia mundial de Hobsbawm
Por: Lua Farias • 5/7/2019 • Resenha • 791 Palavras (4 Páginas) • 330 Visualizações
Universidade Estadual de Alagoas
Aluna: Luana da Silva Farias
7º Período / História
Resumo: A Grã-Bretanha na Economia mundial
No texto, Hobsbawm vem discutir as relações econômicas da Grã-Bretanha com o resto do mundo. O autor acredita que no sentido literal, talvez a Grã-Bretanha nunca tenha sido a “oficina do mundo”, mas seu predomínio industrial era tão grande que em meados do século XX essa expressão se torna legitima. O maior rival da Grã-Bretanha eram os EUA, em segunda estava a França, a confederação Germânica (atual Alemanha) e a Bélgica. Esses países, antes retardados industrialmente (exceto a Bélgica) se industrializaram e no início da década de 1890, tanto os EUA como a Alemanha ultrapassaram a Grã-Bretanha na produção de aço. Neste sentido, a Grã-Bretanha deixa de ser a liderança e passa a compor um grupo de grandes lideranças industriais.
A Grã-Bretanha desenvolve seu comércio internacional, a um ponto anormal, devido simplesmente a seu monopólio da industrialização e das relações com o mundo ultramarino subdesenvolvido. A economia britânica, naquele momento, tinha o controle da produção mundial, era ela que exercia a hegemonia do mercado mundial. A construção de uma frota naval britânica é fundamental a edificação desse poder econômico que a Inglaterra exerce no mercado mundial.
Após a década de 1870, o crescimento de um amplo comércio internacional de alimentos acrescentou vários outros países a esse império econômico; principalmente a Argentina. Nesse contexto se estabelecia o imperialismo onde alguns países fornecem matérias primas e alimentos, enquanto os países que mantinham o monopólio comercial desses primeiros forneciam ao mercado mundial bens de consumo, pois esses eram países industrializados.
Um país que estivesse desenvolvendo sua industrialização, de início necessitava da Grã-Bretanha, pois era ela quem sedia maquinas para as oficinas mecânicas. É inevitável se verificar que as primeiras estradas de ferro tenham sido construídas por empreiteiros britânicos, usando locomotivas, trilhos, pessoal técnico e capital provenientes da Grã-Bretanha.
A partir de meados do século XIX, as exportações de produtos britânicos para o mundo “adiantado” começaram a dar sinais de declínio. Os países adiantados estavam entrando no período de rápida industrialização, resultando em grandes competidores da Inglaterra. Então se reduzia a dependência do mundo industrializado em relação a importações de alimentos e matérias-primas da Grã-Bretanha, as principais economias adiantadas – Alemanha, EUA e França – passaram a levantar barreiras alfandegárias contra os produtos britânicos. À medida que as novas potências se industrializavam, fechavam suas portas aos produtos britânicos.
Há um período em que os termos de comércio havia, desfavorecido a Grã-Bretanha. Seguia-se, após 1860, um período em que tais termos favoreceram os britânicos até 1896-1914; após a Primeira Guerra Mundial veio um novo período em que os termos de comércio favoreceram a Grã-Bretanha acentuadamente. A partir da Segunda Guerra Mundial, têm mostrado tendência a piorar novamente. Contudo, cresceu o estímulo para que a indústria britânica preferisse o mercado interno ao externo.
Por esse motivo depois de 1860, houve um grande déficit das importações sobre as exportações. Porém, em nenhum momento no século XIX a Grã-Bretanha apresentou um excedente nas exportações de mercadorias em seu monopólio industrial, em sua orientação para o mercado externo e em seu mercado interno para bens de consumo.
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