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A História Moderna

Por:   •  12/10/2019  •  Exam  •  1.172 Palavras (5 Páginas)  •  192 Visualizações

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Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH

Licenciatura em História - EAD

Unirio/Cederj

GABARITO da Terceira Avaliação Presencial- 2016.1

Disciplina: HISTÓRIA MODERNA I

Coordenação: CLÁUDIA SANTOS

Questão 1: (2,5)

De acordo com a aula “Absolutismo e Mercantilismo”, indique e compare as características das políticas mercantilistas na Espanha, na França e na Inglaterra.

Na sua resposta, você deve mostrar a relação direta entre centralização de poder, absolutismo e economia mercantil, mostrando a dependência das estruturas de poder em relação às estruturas comerciais. Você deve indicar de que forma a centralização de poder e o absolutismo - na sua dependência da força militar e de funcionários especializados - depende da economia monetária e comercial. Na luta pelo poder, tanto internamente quanto externamente, os monarcas e príncipes europeus estão vinculados ao comércio. Além disso, você deve apresentar o contexto político dos séculos XVI e XVII, fazendo referência às disputas entre as monarquias espanhola, inglesa e francesa por poder e territórios. No que diz respeito ao contexto econômico, é preciso lembrar que as oscilações da economia mercantil – expansão ou crise econômica, alta ou baixa de preços – têm consequências diretas e importantes para a manutenção das estruturas de poder.

Dessa forma, é preciso mostrar de que forma as medidas mercantilistas podem

ser entendidas como respostas políticas às oscilações da economia.

Espanha: metalismo (restrição à saída de metais) + exclusivismo colonial

França: formação de manufaturas (reais) de artigos de luxo; política tributária e alfandegária visando à balança comercial favorável – exportação de manufaturados e importação de matéria prima.

Inglaterra: medidas acima + política voltada para o domínio marítimo contra os holandeses (atos de navegação – proibição de que produtos do além-mar chegassem à Inglaterra em outros navios que não os navios ingleses.)

Na resposta, o aluno deve indicar que as diferenças entre as políticas adotadas

devem ser explicadas não em função de uma maior ou menor racionalidade, mas como soluções adequadas à realidade econômica e política de cada “país”.

Questão 2: (2,5)

Em que medida a crescente importância do comerciante na Europa moderna modifica os valores sociais a respeito do comércio? Construa a sua resposta, indicando:

a).  as discussões historiográficas a respeito do tema

b). as diferenças entre as regiões europeias em relação às transformações sociais.

Nessa resposta deve-se indicar o eixo central da “questão social” do mundo moderno:

- É possível que a sociedade de ordens, perpassada por novas estruturas econômicas, se transforme numa sociedade de classes, em que o critério de hierarquização é a riqueza e não mais as funções e o nascimento?

A cidade e a atividade de mercador, sobretudo no comércio do supérfluo e no comércio à longa distância, geram muita riqueza e propiciam ao comerciante um destaque econômico que o típico mercador medieval, vinculado a um comércio local, não possuía. Será que o poder econômico do comerciante vai levá-lo a um lugar de destaque na sociedade e vai modificar as estruturas sociais que concediam a ele um lugar apenas marginal?

- muitos comerciantes, em diferentes partes da Europa, vão trilhar um caminho que, do ponto de vista exclusivamente econômico, tem muito pouco sentido: após a acumulação de fortunas em atividades comerciais ou financeiras, o comerciante vai buscar o status e o prestígio, através da compra de terras, de cargos e de títulos de nobreza.

Nas cidades italianas:

- mobilidade social que propicia um lugar de destaque ao grande comerciante como mecenas e com participação política no governo da cidade.

- a possibilidade de mobilidade social cria, nas cidades italianas, um embate crucial no período renascentista entre os partidários de uma nova organização social e os adversários de toda modificação da sociedade de ordens.

- Na França e na Espanha:

Para que o comerciante se torne um nobre, é necessário, antes de tudo, que ele passe a viver como um membro da nobreza, o que significa a posse de terras e a possibilidade de viver de rendas geradas pelo trabalho camponês. Na França e na Espanha, exige-se desse novo rico o abandono da profissão de comerciante para a aquisição do título de nobreza.

- Diferentes mecanismos são criados para impedir que a riqueza seja o único critério de distinção social. Na França, essa reação, sobretudo dos nobres, cria uma distinção entre a velha nobreza – a nobreza de espada – e a nova nobreza – “a nobreza de toga”.

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