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A História Moderna e Contemporânea

Por:   •  12/10/2023  •  Dissertação  •  2.493 Palavras (10 Páginas)  •  57 Visualizações

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Claretiano – Centro Universitário

Licenciatura em História

FICHAMENTO

POLO (São Paulo)

2023

ATIVIDADE (PORTFÓLIO) – CICLO DE APRENDIZAGEM 2

Aluno(a): Sonia Regina de Paula

RA: 8197487

Polo: São Paulo

Disciplina: História Moderna e Contemporânea

Tutor: Reginaldo de Oliveira Pereira

FICHAMENTO

Referência Bibliográfica

TORELLI, Leandro Salman; PEREIRA, Reginaldo de Oliveira. História: Moderna e Contemporânea. Batatais: Claretiano, 2023. Ciclo 2.

Resumo do capítulo: O sistema mercantilista, o Estado Absolutista, o pensamento Iluminista e seus enraizamentos, A transição para a Idade Contemporânea, os princípios e pensamentos Iluministas e seus enraizamentos

O mercantilismo se caracteriza como a fase inicial do capitalismo ou, melhor, a fase pré-capitalista, devido às trocas comerciais, a busca pela balança comercial favorável e por metais preciosos, ou seja, atividades que rendessem lucros as metrópoles.

Assim, ao longo do século 16, os monarcas procuravam equilibrar-se no poder, mas bastante limitados por um cenário que ainda permitia aos senhores locais impor determinada força aos seus subordinados e, em alguns casos, até mesmo ao rei.

 Dessa forma, durante o século 17 - período de crise econômica e estagnação da produção agrícola na Europa - o poder absolutista se consolidou, aproximando a burguesia do rei e enfraquecendo o papel da nobreza, que agora passava a ser tutelada pelo rei já que a sua sobrevivência dependia, nesse momento, da força militar e econômica da coroa.

 Esse era o cenário quando, no século 18, a teoria do poder absoluto consolidava a visão do rei como o representante de Deus na Terra, defensor da Igreja e da Nação, protetor das artes, legislador e personificação do Estado, cujos interesses estavam acima dos particularismos e individualismos (ARRUDA, 1996).

Espremido entre o formidável século 16 (do Renascimento, da Reforma, dos Descobrimentos) e o não menos venerável século 18 (das Luzes, das Revoluções Burguesas, da Independência dos Estados Unidos), o século 17 tem entre os seus acontecimentos um sempre lembrado: a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), que transformou radicalmente a forma de organização político-militar dos principais Estados nacionais europeus.

Geralmente, o mercantilismo nos é apresentado como o conjunto de ideias e práticas econômicas predominantes na Europa durante a fase de transição do feudalismo para o capitalismo, um período que compreende os séculos 15, 16, 17 e 18 e cujos traços marcantes foram: a busca pela acumulação de riquezas e a produção e circulação de mercadorias envolvendo a intervenção do Estado na economia.

Desta maneira, nessa fase, teria ocorrido aquilo que a historiografia marxista consagrou em chamar de processo de acumulação primitiva de capital, uma vez que a economia mercantil passou por um grande crescimento, tornando possível a expansão das relações capitalistas, especialmente com a conquista de áreas coloniais.

Uns falam do nacionalismo autárquico, outros, do intervencionismo do Estado, outros ainda atribuem uma importância primordial ao bulionismo, isto é, à crença de que a acumulação dos metais preciosos é a única forma de riqueza.

Apenas um Estado centralizador e racional poderia dispor dos meios necessários para realizar a empresa capitalista e promover o enriquecimento estatal ao implementar ações capazes de aumentar as receitas reais e ampliar a capacidade tributária da população.

Apesar das contribuições que trouxe para o estudo desse tema, ao deixar transparecer que o mercantilismo como política econômica dos Estados modernos europeus foi uma doutrina uniforme e coerente, Heckscher sofreu críticas de autores que não concordavam com esse ponto de vista.

Deyon, que se enveredou pelo estudo do tema em seu famoso ensaio chamado O mercantilismo, definiu-o como conjunto de teorias e práticas de intervenção econômica que se desenvolveram na Europa a partir da segunda metade do século 15.

 Essa preocupação em atrair e ao mesmo tempo conservar a quantidade de metais armazenados, verificada em alguns governos, foi muito bem sintetizada por Mousnier (1957), quando o autor afirmou que a moeda de metal precioso era o sangue da economia, o próprio sangue do Estado, portanto elemento essencial para que se alcançasse a riqueza e a prosperidade da nação.

que estamos afirmando até aqui fica mais claro se pensarmos que a moeda era o principal meio de troca, seu uso acontecia nas compras e nas vendas, que, por sua vez, estimulavam a economia, encorajavam a produção, reduziam a fome e as perturbações sociais e políticas, bem como incrementavam a capacidade de pagamento de tributos por parte do contribuinte, enfim, simplificando, incitava novamente a produção.

Aliás, alguns autores, como Mousnier, chegaram a afirmar que na fase bulionista ocorreu uma espécie de nacionalismo econômico e um tipo de guerra de dinheiro entre os Estados, em que cada qual procurava manter uma balança comercial favorável, com a finalidade de continuar atraindo e garantindo as reservas de ouro e prata.

A única maneira de se fazer com que muito ouro seja trazido de outros reinos para o tesouro real é conseguir que grande quantidade de nossos produtos seja levada anualmente além dos mares, e menor quantidade de seus produtos seja para cá transportada.

 Para que o monopólio funcionasse da melhor maneira possível, foi necessária a adoção do protecionismo, que buscava diminuir as importações e proteger a produção interna e o mercado colonial, a partir de medidas fiscais e alfandegárias.

A aplicação dessas medidas nas relações entre as potências europeias era bastante complexa, pois havia um choque de interesses econômicos entre essas nações mercantilistas que passaram a disputar mercados para vender os seus produtos.

Esse exclusivo comércio juntamente com a promulgação de uma legislação regulamentadora seriam os mecanismos utilizados para obtenção de vantagens, uma vez que seria possível definir preços sobre produtos e estabelecer proibições acerca do que poderia ser produzido ou não nos territórios coloniais.

 Este estabelecia, dentre outras normas, que as colônias só podiam comercializar com suas respectivas metrópoles, vendendo matérias-primas e gêneros tropicais a preços baixos e comprando produtos manufaturados a preços elevados.

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