A História da Agricultura Mundial
Por: Fausto Pitta • 22/9/2019 • Resenha • 872 Palavras (4 Páginas) • 102 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO, MOVIMENTOS
SOCIAIS E DIVERSIDADE
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA AGRICULTURA MUNDIAL
PROF: ALMIR MARQUES
ALUNO: FAUSTO PEREIRA ROCHA PITTA DE AZEVEDO (MATRÍCULA 2018900100)
2ª AVALIAÇÃO
MAIO - 2019
O trabalho compulsório no Egito Faraônico tem como principal característica o recrutamento do trabalhador sem o seu consentimento (p.22). E as estruturas socioeconomicamente marcadas por um Estado burocrático. Além disso, a economia egípcia possuía baixas técnicas e era mercantilizada. E todo excedente se concentrava no governo faraônico (p.23). Os conhecidos como trabalhadores livres eram obrigados a desempenhar os mais variados tipos de trabalho, como a participação em grandes construções (ex. as pirâmides e tumbas). “Se tentassem escapar à corveia pela fuga, depois de um prazo de seis meses transformavam-se em escravos hereditários. Para forçar os fugitivos a entregar-se, familiares seus podiam ser aprisionados” (p.27), isto é, esses trabalhadores compulsórios tinham a obrigação no modo de produção egípcio e a corveia correspondia ao pagamento de serviços prestados nas terras do Estado. O professor Ciro Cardoso ainda na página 27 se pergunta se as pessoas que eram mantidas presas e obrigadas a trabalhar em troca de alimentação podiam ser consideradas livres mesmo. É possível perceber no texto sobre o Egito que a principal diferença entre os trabalhadores compulsórios e os escravos era o papel que desempenhavam. A grande maioria dos escravos no Egito Faraônico realizavam as tarefas domésticas. E os escravos eram propriedades privadas individuais. Na página 34 vimos que um único proprietário de escravos, que era funcionário do Estado, detinha em sua posse 92 escravos. Podemos destacar ainda que nem todo escravo no Egito Faraônico era egípcio, muitos tinham origem asiática. E dificilmente eram os escravos que desempenhavam trabalhos rurais. A comercialização de escravos era muito forte no Egito, mas também prisioneiros oriundos de guerras se tornavam escravizados (p.35). A partir da XVIII dinastia faraônica, os escravos foram inseridos em maior quantidade nos trabalhos rurais e de mineração, mas nada comparável ao desempenhado pelos trabalhadores “livres”. Dentre os escravos cativos, conforme abordado em sala de aula pelo professor Almir, havia aqueles que tinham melhor sina do que muitos trabalhadores “livres”. Isso acontecia devido ao trabalho desempenhado. Por exemplo, uma escrava cantora que tinha na voz e na imagem o seu “ganha pão”, não poderia ser maltratada ao contrário do trabalhador compulsório ou dos outros escravos que eram marcados a ferro em brasa com frequência (p.36).
Dentre as Póleis gregas, a ateniense merece grande destaque. Uma de suas principais características foi a de uma democracia majoritariamente escravista. Vimos isso através do exposto em sala de aula. Poucas eram as atividades exercidas exclusivamente por escravos no mundo grego: “o duro trabalho das minas, o serviço doméstico (Finley, Moses) p. 51. O professor Ciro Cardoso na página 53 do seu livro conta uma importante passagem do método escravocrata praticado em Atenas. Desde Sólon, os atenienses não podiam ser escravizados em Atenas. Isso acabou se tornando tendência nas demais póleis gregas. Sendo assim, a maioria dos escravos era formada por estrangeiros. Esse tráfico de escravos estrangeiros abasteceu um importante comércio. Atenas representou um dos principais mercados de escravos do mundo grego (p. 54). A agricultura em Atenas se baseou em grandes concentrações de terra e na grande quantidade de trabalhadores escravos (apontamentos de aula do último dia 08/05). Importante destacar que no mundo grego houve menos revoltas servis do que no mundo romano, isso porque os cativos gregos tinham maior dificuldade de se organizar para resistir ou se rebelar (p. 57 e 58). As principais semelhanças entre o mundo romano e Atenas escravista se davam pela urbanização, mercantilização e concentração fundiária (apontamentos de aula do dia 13/05). A escravidão no mundo romano foi base da economia entre os séculos III a.c. até III d.c. e a maior concentração estava no campo. “O peso numérico da escravidão na Itália romana em comparação com a Atenas clássica – devendo recordar que não existem cifras seguras -, era ao que parece bem menor a fins do século III a.c., mas já comparável na fase final da república” (Hopkins, Keith). O trabalho compulsório não escravo no mundo romano se dava através de dívidas, ou seja, os devedores continuavam sujeitos a penalidades chamadas de addictio, com isso os grandes proprietários aumentaram sua mão-de-obra rural (p. 76 e 77). O colonato foi outra forma de trabalho compulsório, intensificado no período do império romano (p.77). Esse tipo de trabalho se baseava no uso fruto da terra em troca de 1/3 da produção mais corveias. Os seus direitos e deveres transmitidos hereditariamente, desde que não houvesse interrupção da cultura das terras que ocupavam. A crise do século III d.c. representou o crescimento do colonato e consequentemente aumentou a concentração fundiária (apontamentos de aula e p. 77 e 78). O modelo de escravidão romano tinha suas peculiaridades. Aconteceu em maior concentração e os escravos apresentavam maior resistência, consequentemente foram adeptos de mais revoltas. Peculium foi o nome dado a uma propriedade de escravos romanos. Essa propriedade pertencia ao dono dos escravos, mas esses tinham permissão para usar o dinheiro obtido para seus próprios fins.
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