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A História do Brasil

Por:   •  8/10/2016  •  Seminário  •  894 Palavras (4 Páginas)  •  196 Visualizações

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Aluna: Vitória Gabriela de Oliveira.

Fichamento: - RIBEIRO, Darcy.O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras,2006.p.249-277.

  • O engenho açucareiro foi muito importante para a expansão portuguesa na colônia brasileira. Sem ele, seria extremamente difícil a ocupação e o acúmulo de riquezas.
  • A cana de açúcar era algo fácil para se produzir, já que necessitava somente de terras férteis e frescas e o engenho era bastante acessível, construído a partir de prensas de madeiras e ferros facilmente encontrados.
  • Seus preços de custo eram altamente atrativos para bancar a produção e o transporte do mesmo.
  • Os primeiros engenhos no Brasil surgem antes de 1520 e se expandem rapidamente para várias regiões do país.
  •  Neles passam a trabalhar até 30 mil escravos anualmente, aumentando também o valor do produto.
  • Por volta de 1650,a economia açucareira encontrou-se em crise, quando entrou no mercado internacional a produção de engenhos holandeses das Antilhas.
  • A sociedade brasileira crioula surgiu em torno da economia formada pelo açúcar, com o comércio e acréscimos agrícolas e artesanais. É a fusão racial de brancos, negros e índios, com culturas diferentes entre si.
  • O escravo, índio ou negro, que sobrevivia ao trabalho árduo, também se abrasileirava, apesar da grande diferença que possuíam com os senhores. Porém, esses grupos eram a única força oposta aos membros da elite.
  • Os portugueses já tinham uma vasta experiência na produção da cana, até mais do que os holandeses e espanhóis, que eram grandes concorrentes nesse comércio.
  •   A produção caracteriza-se pela grande extensão das áreas de cultivo e pela complexidade do processamento químico-industrial. Exigia uma grande disciplina, participação dos trabalhadores e uma alta concentração da mão de obra.
  • A moenda de cana era construída com grandes troncos de madeira de lei e movida à água ou a força animal; moía anualmente 7 a 8 mil arrobas de açúcar nos engenhos maiores.
  • Situado na posição dominadora, o senhor de engenho tinha um poder que se estendia à sociedade inteira. Diante dele se curvavam o clero e a administração do reino, integrados em um sistema que regia a ordem econômica, política, religiosa e moral, ou seja, eram totalmente dependentes entre si.
  • Muitas características da plantação açucareira levam muitos estudiosos a classificá-la ora escravista, ora feudal: a monocultura intensiva, a grande concentração da mão de obra, o alto custo relativo do investimento financeiro, a destinação externa e uma administração comercial dentro das condições de comercialização, dos procedimentos financeiros e questões fiscais. Porém não se pode compará-las já que o sistema de produção constituiu uma nova espécie que possui suas particularidades.
  • Foi surgindo a área cultural crioula que é a configuração histórico-cultural; efeito da implantação da cana de açúcar e de seus complementos, como a rapadura e aguardente que eram a produção dos pequenos engenhos.
  • A cultura crioula foi, portanto, a expressão do comportamento e dos costumes das autoridades em um só produto destinado à produção de açúcar.
  • Na margem dos engenhos, a sociedade da área cultural crioula cresce e se diferencia, produzindo brancos mestiços, que realizavam tarefas mais humildes que não compensavam o trabalho escravo. Era constituída por famílias de granjeiros e de parceiros, dedicados a lavouras comercias, tabaco ou de subsistência. Algumas dessas produções cresceram tanto como cultivo quanto na industrialização.
  •  Eles dependiam dos dois outros corpos da classe dominante, desse modo, não conquistaram a independência que tanto almejavam.
  •  Os holandeses cresceram em seus negócios, já que eram possuidores de um sistema financeiro bastante organizado. Os produtores recebem os financiamentos para reequipar suas instalações e renovar sua escravaria, além de investirem seus lucros para o crescimento do sistema. Dominaram dessa forma as novas plantações açucareiras nas Antilhas.
  •  A açucarocracia só encontrou resistência e enfrentou uma oposição por parte dos negros que buscavam a sua liberdade. Diariamente, muitos negros fugiam e com a junção de vários deles, formaram-se rapidamente os quilombos, onde eles gozavam de sua liberdade, através da música, dos cultos e danças.
  • Palmares, o mais célebre deles foi um dos grandes negros que lutou pelos direitos de todos os trabalhadores dos engenhos.
  • A economia açucareira do Nordeste, fundada no sistema de fazenda, foi a mais bem sucedida da colonização da América, gerando uma renda de exportação de açúcar superior a 1 milhão de libras-ouro anualmente. Esse lucro era aplicado na ampliação da produção que eram importados da escravaria e na manutenção do financiamento externo e comercialização.
  • Foi a partir da Revolução Industrial que surgiram uma era de revoluções sociais em todo o mundo, entre elas as insurreições, inconfidências, desencadeando várias tensões, entre brancos, negros e crioulos.
  • A principal delas ocorreu em Pernambuco, onde os rebeldes tomaram o poder e só foram retirados do mesmo através de combates bastante violentos. Esses insurgentes buscavam uma determinação social que seguisse uma lei ou seja, direitos iguais para todos.
  • A abolição da escravidão ocorreu após muito tempo. Embora tardia, afunda o sistema de fazendas numa crise estrutural. Entretanto o escravo não tinha aonde ir, sendo “obrigado” a permanecer nas fazendas.
  • Foram reavaliadas em 1960 e 1964 algumas questões quanto ao sistema agrário, a área crioula foi assentada e com isso, o trabalhador pode lidar com outras formas para sua própria sustentação como a pesca, o cultivo do cacau e do tabaco.Sem muitas oportunidades, sem apoio do governo e ganhando muito pouco, constitui-se uma classe com um grande número de analfabetos.

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