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A Homogeneização A Lógica Capitalista

Por:   •  21/9/2023  •  Ensaio  •  1.247 Palavras (5 Páginas)  •  93 Visualizações

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INDÚSTRIA CULTURAL: HOMOGENEIZAÇÃO A LÓGICA CAPITALISTA

Aline Patrinne Sardinha de Moraes

RESUMO

O presente ensaio acadêmico abordará uma compreensão do conceito de indústria cultural sobre a lógica capitalista relacionando com pensamento dos autores Theodor Adorno, Max Horkheimer e em paralelo com José Luiz dos santos do livro “o que é cultura”. Posteriormente, uma análise do discurso da homogeneização cultural, alienação e as mudanças nas relações sociais contemporâneos.

PALAVRAS- CHAVE: indústria cultural, Alienação e homogeneização cultural

ABSTRACT

This academic essay will address an understanding of the concept of cultural industry on the capitalist logic relating to the thinking of the authors Theodor Adorno, Max Horkheimer and in parallel with José Luiz dos Santos from the book “o que é cultura”. Subsequently, an analysis of the discourse of cultural homogenization, alienation and changes in contemporary social relations.

KEYWORDS: cultural industry, alienation and cultural homogenization

A indústria cultura é um termo criado e desenvolvido pela escola Frankfurt, por Theodor Adorno e Max Horkheimer mais precisamente na década de 1940, na obra “Dialética do esclarecimento”. Estes escritos surgiram no contexto de avanços indústrias e tecnológicos que influenciaram os estudiosos a refletir o fenômeno da indústria cultural como caraterísticas do capitalismo. De acordo com [1]Adorno e Horkheimer (1947, p.169), “A civilização atual a tudo confere um ar de semelhança filme, rádio e semanário constituem um sistema”. A indústria cultural tem como objeto a cultura das massas como controle de dominação ideológica, ou seja, a cultura das massas foi criada pela indústria cultural, existe indústria cultura da culinária, música, cinema, política, educação etc. Que tudo confere um ar de semelhança, isto é, uma padronização de tudo, feito pelos meios de comunicação atingindo grande quantidade de pessoas com a finalidade lucrativa.

Para [2]Santos (1987, p.54), “A indústria cultural parece homogeneizar a vida e visão do mundo das diversas populações”.  Esses acontecimentos é fruto do processo histórico, econômico e social que a sociedade passa, uma vez que forma a organização social, no entanto, a problemática que muitos estudiosos relatam e a ideologia criada para alienar as pessoas para o consumo, sobre o discurso da cultura global. Não é novidade que a cultura sempre esteve atrelada ao poder, porque a preocupação era e é, a melhor maneira de dominar, assim para Adorno e Horkheimer as instituições capitalistas encontraram no conhecimento uma forma de alienar, ou seja, foi possível com a racionalização técnica com isso a indústria transfere esse conhecimento para a produção mercadológica e passa ditar os modos de vida das pessoas. “ A racionalidade técnica hoje é a racionalidade do próprio domínio, é o caráter repressivo da sociedade que se alto aliena” (ADORNO e HORKHEIMER,1947, p.167)

A industrial cultural parece homogeneizar a cultura em todos os seus aspectos da vida: falar, andar, cantar, ler, vestir, comer, pensar. É fácil fazer um exercício mental, qual a língua global ou quais as músicas mais tocadas ou series filmes ou tomar Coca-Cola e pedir hambúrgueres.  A ideia da homogeneização veio com a globalização e avanços da tecnologia e deixou de ser somente a TV agora o leque de meios de comunicação ampliou, e o mundo encolheu, a informação chega na velocidade de um piscar de olhos, aí nasce o discurso de aldeia global, que todos vão se conhecer e se comunicar, porém tudo foi suprimido pela lógica capitalista que deteve os meios de comunicação e criou a homogeneização cultural.

Para [3]Bauman (2001), ” viver entre uma multidão de valores, normas e estilos de vida em competição, sem uma garantia firme e confiável de estarmos certos é perigoso e cobra um alto preço psicológico”. Para autor vivemos na modernidade líquida nada é estável e tudo é muito rápido e incerto: as tradições, hábitos, costumes, interação, emprego, em outros termos, a internet e as multinacionais acabam ditando as regras e como pessoas devem viver o que deve consumir, como exemplo o Halloween é uma imposição das nações dominantes para consumo que não tem relação com a identidade brasileira, mas que as pessoas reproduzem sem se dar conta, e sobre as relações sociais as pessoas estão se tornando egoísta e individualista e na era da informação, a invisibilidade é equivalente a morte, o parecer e mais importante do que ser.

Para [4]Stuart Hall (2002, p.7), “as identidades nacionais estão se desintegrando, como resultado do crescimento da homogeneização cultural e do “pós-moderno global”. Por conta desse processo surge novas identidades híbridas e outras se mantém resistente e muitas vezes por querer preservar suas crenças e valores se fecham, porém, para o autor muitas das vezes esse fechamento pode acontecer de forma violenta já que até mesmo dentro de uma nação há diferenças e não existe identidades pura e isso é uma ilusão. Foi a difusão do consumismo, seja como realidade, seja como sonho, que contribui para esse “supermercado global”, no entanto, não acredita que cultura nacional vá ser destruída, apenas novas identidades vão surgir.

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