A LICENCIATURA EM HISTÓRIA PRÁTICA DE ENSINO: TRAJETÓRIA DA PRÁXIS
Por: Dellygomes • 5/6/2022 • Trabalho acadêmico • 1.049 Palavras (5 Páginas) • 105 Visualizações
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LICENCIATURA EM HISTÓRIA
PRÁTICA DE ENSINO: TRAJETÓRIA DA PRÁXIS
EXAME
POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1
TEXTO DISSERTATIVO
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2
CARTA AO PROFESSOR
Adrielli Gomes Piacenço Monteiro
RA:2051844
POLO
Avaré/SP
2022
VIOLÊNCIA: PROFESSOR/ALUNO
Ao analisar os desdobramentos da história da educação podemos constatar que a convivência aluno/professor já teve vários períodos destoantes, e que foram mudando com o passar dos anos. Um exemplo disso podemos observar no século XVI em que os jesuítas eram os que tinham o detrimento do educar em amplos aspectos e isso incluía punições físicas nos alunos como forma de disciplina, que era considerado um ato de amor. Esse modo de ensinar está muito distante do que temos hoje, porém podemos perceber que essa convivência continua de alguma forma conturbada, não com as mesmas características, mas igualmente preocupante.
No modelo atual, a relação professor-aluno é ainda mais conturbada. Aqueles que ainda vivenciaram o uso da palmatória nas escolas, presenciaram crianças ajoelhadas no milho e disciplina misturada com violência, testemunham hoje uma inversão de valores associados aos papéis de agressor e vítima. O número de professores atacados por alunos é impressionante. Segundo reportagem apresentada na Folha de São Paulo em agosto de 2018, uma média de três educadores foram agredidos a cada dois dias no estado, um aumento de 189% de janeiro do ano passado a janeiro de 2018, sendo as agressões verbais as mais comuns. O reconhecimento desses alunos, como a professora de matemática Mariana mencionou aconteceu com o aluno Carlos, é a forma como muitos professores encontram formas de se livrar dos agressores.
De acordo com dados de uma pesquisa realizada pelo Grupo Caixa Seguros (2006) evidenciam um problema preocupante: para cada ano de reprovação escolar, há um aumento de 2,7% na incidência de violência entre meninos e meninas. Ao contrário do senso comum, os indicadores que mais expõem os jovens à violência não são apenas o local onde vivem ou a renda familiar, mas também questões comportamentais como o uso de drogas, armas e álcool. O estudo também mostrou que 50,2% dos jovens violentos também vivenciaram alguma forma de violência, ou seja, reproduziram as agressões de que foram vítimas na escola e em outros.
Competência de habilidade e inteligência emocional são fundamentais para aprender a conviver com as limitações, e para transformá-las em desafios. Desta forma, é necessário valorizar os alunos e as suas experiências, acreditando que podem proporcionar algo além das expectativas. No início, é normal sentir medo, como o professor André, porque embora agora seja comum, esse tipo de atitude dos alunos para com os professores ainda é muito assustador. No caso do aluno Carlos, o professor pode encontrar formas de se comunicar com o adolescente e tentar resolver a relação problemática entre os dois, resultando em um diálogo que não enfatiza a punição, mas a conscientização, mostrando que as coisas podem e devem ser estabelecidas de forma pacífica e amigável.
As escolas apresentam violência porque a maioria dos alunos envolvidos nessas situações de agressão já tem algum problema familiar e os professores que passam mais tempo com eles não têm tempo ou apoio psicológico para lidar com a situação. É importante esclarecer que o ECA não é responsável por condutas disciplinares e violentas nas escolas, pois protege crianças e jovens garantindo seus direitos ao invés de isentá-los de obrigações, o que deve ser entendido por todos os envolvidos no processo educativo. Além disso, a Lei da Criança e do Adolescente e a Lei de Diretrizes e Fundamentos da Educação auxiliam no combate à violência nas escolas, pois visam envolver alunos, famílias e comunidades no ambiente escolar. Só assim (especialmente nos anos iniciais) os alunos estarão preparados para exercer a cidadania, o que inclui o respeito à lei e ao próximo.
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