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A Origem

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Por:   •  15/5/2013  •  Tese  •  4.164 Palavras (17 Páginas)  •  360 Visualizações

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O surgimento do homem, os primeiros agrupamentos sociais e o aparecimento das famílias.

Para entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 2, Volume ago., Série 29/08, 2011, p.01-15.

As teorias sobre a origem do homem são relativamente recentes, só apareceram no final do século XIX e até hoje estão em constante alteração, sobretudo, devido a descobertas que costumam alterar a opinião dos estudiosos do tema.

Pensar a evolução das espécies só tornou-se possível depois da revolucionaria teoria do inglês Charles Darwin, publicada na obra A origem das espécies em 1859.

Polêmica até os dias atuais, ainda combatida pelo chamado criacionismo, Darwin sustentou, com base em observações empíricas na ilha de Galápagos (Equador), que a vida está em permanente adaptação com relação ao meio e a luta pela sobrevivência.

Para ele, a lei do mais forte comanda o processo de evolução, aglomerando-se com o processo de seleção natural, dentro do contexto da teoria da evolução das espécies.

Segundo a qual, somente os mais fortes, os mais adaptados, sobrevivem, enquanto mutações genéticas garantem vantagens que alteram características físicas das espécies.

Neste sentido, o estudo de fósseis e vestígios arqueológicos permitiu traçar uma linha evolutiva da espécie humana.

Os profissionais responsáveis por estes estudos são paleontólogos, arqueólogos e antropólogos, embora historiadores também contribuam com analises sobre os indícios encontrados.

Mais recentemente, geneticistas se juntaram a equipe de estudiosos do tema, colaborando com o rastreamento das origens do homem, chegando até a Eva Genética, a mulher da qual todos descenderíamos, pertencente já aos Homo Sapiens.

No entanto, antes dela a espécie humana teve outros ancestrais.

O Ramapithecus e a polêmica da ramificação da espécie.

Até recentemente, acreditava-se que o ancestral mais antigo do homem era o Australopitecus, cujo nome significa macaco do sul, um fóssil descoberto no sul da África em 1924.

Segundo livros didáticos ainda em uso, este primata teria aparecido há aproximadamente 1 milhão de anos, caracterizando-se por possuir cérebro um pouco maior que seus parentes, postura ereta, melhor visão e maior habilidade com as mãos.

O que teria permitido manipular instrumentos como varas para derrubar frutas, além do desenvolvimento de habilidades sociais que possibilitaram a vida em grupo.

No entanto, um fóssil encontrado em 1974, na África, começou a alterar este panorama.

Trata-se de Lucy, um Australopitecus com 3 milhões de anos.

Mudanças mais radicais ocorreram com descobertas no inicio do século XXI, originando outra teoria.

A qual defende a idéia que o Australopitecus é um primo distante do homem moderno, uma ramificação a partir de um ancestral comum.

Segundo esta hipótese, o Australopitecus não seria um ancestral do homem, até porque encontraram ramificações que dividiram o dito Australopitecus em subespécies tal como Africanus e Boisei, as quais terminaram também extintas.

Na realidade, o Australopitecus e o Homo Habilis, este último nosso ancestral direto mais antigo, conviveram na mesma época, há cerca de 3 milhões de anos até aproximadamente 1 milhão de anos.

Ambos descendem do Ramapithecus, um primata que surgiu há 12 milhões de anos, em diferentes regiões da África, Europa e Ásia.

Trata-se de um primata de pouco mais de um metro de altura, que viveu em florestas e savanas e que foi se tornando bípede.

Era dotado da habilidade de atirar objetos para espantar predadores e carregar as crias.

Porém, conforme se adaptou para caminhar, perdeu a habilidade de agarrar com os pés, o que impediu os bebês de grudar na mãe com as quatro patas, fazendo desenvolver a postura ereta para liberar as mãos para o transporte das crias.

Ocorreram mutações que, pelo processo de seleção natural, originaram o Australopitecus e o Homo Habilis, muitas vezes confundidos nos livros didáticos como a mesma espécie, utilizados erroneamente como sinônimos.

Porém, existe mais de uma ramificação a partir do Ramapithecus que torna o quebra cabeças mais complexo e desorganizado, pois, em 1891, foi descoberto na ilha de Java o Pitecantropus.

Um homínida que apareceu há cerca de 750 mil anos, cujo nome significa macaco em pé, o qual antes acreditava-se descender do Australopitecus, mas que na realidade está em uma linha evolutiva paralela.

Atualmente, a opinião mais aceita diz que o Pitecantropus é apenas mais um primo do Homo Habilis, tendo como ancestral comum o Ramapithecus.

Um fóssil, descoberto na China em 1921, permitiu observar que o Pitecantropus evoluiu, originando o Sinantropo, um primata de postura ereta, cérebro maior que seu antecessor e que conhecia o uso do fogo.

É provável que o Australopitecus, Pitecantropus, Sinantropo e Homo Habilis representem mutações do Ramapithecus que conviveram em grupos rivais, disputando espaço.

A espécie mais apta sobreviveu e sobrepujou as demais, no caso o Homo Habilis, as demais se extinguiram.

Entretanto, por volta de 1 milhão de anos surgiu o Homo Erectus, descendente direto do Homo Habilis, um hominídea fisicamente não muito diferente de nós, de aspecto robusto e forte, com cabeça achatada e maxilar saliente.

Este ser conhecia o fogo e vivia em grupos, possuindo noções de convivência social mais elaboradas.

Provavelmente foi empurrado por mudanças climáticas, iniciando uma migração em massa para a África, onde os sobreviventes da jornada originaram o Homo Sapiens há 500 mil anos.

Nascia o homem moderno, com todas as características que temos hoje, mas sem os mesmos hábitos ou modos de se relacionar entre si e com a natureza.

O Homo Sapiens sofreu uma mutação mal sucedida entre 100 e 65 mil anos, fazendo surgir na Europa o Neandertal.

Um hominídeo com cérebro menor que o Homo Sapiens, mas maior que o Homo Erectus; porém com grande força física e conhecedor do uso de lanças e machados de pedra lascada.

Este realizava ainda

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