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A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO ESCOLAR ACERCA DO “APARTHEID NA ÁFRICA DO SUL”

Por:   •  18/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.051 Palavras (9 Páginas)  •  199 Visualizações

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SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        3

2        DESENVOLVIMENTO        4

2.1        O APARTHEID NA ÁFRICA DO SUL        4

2.2        SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL II        5

3        CONCLUSÃO        8

REFERÊNCIAS        9

ANEXOS        10


  1. INTRODUÇÃO

Este trabalho está composto com um texto dissertativo-argumentativo contemplando as principais características do apartheid na África do Sul, como se deu a segregação racial e como está a situação atual da África do Sul.

O trabalho também contempla uma sequência didática que possibilita trabalhar o apartheid no 9º ano do Ensino Fundamental II, resolvendo uma problemática, e fazendo os alunos aguçarem sua criatividade.

É de muita importância trabalhar este conteúdo com os alunos, pois eles precisam entender como era no passado para não cometerem os mesmos erros, como por exemplo, ser racista e excluir da vida em sociedade as pessoas negras. Ninguém tem o direito de tirar o direito de alguém.

Para finalizar a introdução, destaca-se a seguinte frase: “Um ser humano só é ser humano por meio de outros e se, um deles é humilhado ou diminuído, o outro o será igualmente”. - Desmont Tutu.


  1. DESENVOLVIMENTO

  1. O APARTHEID NA ÁFRICA DO SUL

O artigo “Justiça Transicional na África do Sul: restaurando o passado, construindo o futuro (Simone Martins Rodrigues Pinto) nos diz que a política de apartheid, ou segregação, foi institucionalizada na África do Sul em 1948 e legitimou um sistema totalitário de discriminação racial, espacial, jurídico, político, econômico, social e cultural. O apartheid, após se consolidar como política, também reformulou sua ideologia. Antes baseada na ideia da desigualdade, quando se tornou um projeto político passou a ser identificada como desenvolvimento separado.

O apartheid retirou os direitos dos negros e deu privilégios aos brancos.  Negros eram recusados a se candidatarem e não podiam votar. Os negros eram proibidos de ingressar em diversos empregos e também não podiam empregar trabalhadores brancos. A terra atribuída aos negros era de péssima qualidade e voltada ao mercado de trabalho braçal. Os trens e ônibus eram segregados, bem como praias e bibliotecas. O sexo e o casamento inter-racial eram proibidos. Os negros precisavam andar com cadernetas (Lei do Passe) e deveria ser apresentada à polícia sempre que solicitado.

A oposição ao apartheid teve início de forma mais intensa na década de 1950, quando o Congresso Nacional Africano (CNA)- organização negra criada em 1912-lançou uma desobediência civil. Em 1960, a polícia matou 67 negros que participavam de uma manifestação. O “Massacre de Sharpeville”, como ficou conhecido, provocou protestos em diversas partes do mundo. Como consequência, a CNA foi declarada ilegal e seu líder, Nelson Mandela, foi preso em 1962 e condenado à prisão perpétua.

Durante o período do apartheid, foram criadas algumas leis, como:

  • Lei de Terras Nativas (1913)- dividia a posse de terra na África do Sul por grupos raciais;
  • Lei sobre Nativos em Áreas Urbanas (1918)- passou a obrigar os negros a viverem em locais específicos;
  • Lei da Proibição dos Casamentos Mistos (1949)-tornava ilegal o casamento entre pessoas de raças diferentes;
  • Lei de Registro Populacional (1950)- formalizou a divisão racial através da introdução de um cartão de identidade diferenciado por raças;
  • Lei de Áreas de Agrupamento (1950)- determinava onde cada um viveria de acordo com sua raça;
  • Lei de Autodeterminação dos Bantu (1951)- criava arcabouços governamentais distintos para cidadãos negros;
  • Lei de Reserva dos Benefícios Sociais (1953)- determinava quais locais públicos poderiam ser reservados para determinadas raças.

Em 1995, quando a África do Sul pós-apartheid estabeleceu a Comissão de Verdade e Reconciliação, recebeu duras críticas dos ativistas ocidentais por oferecer anistia aos agentes da opressão.

A África do Sul pós-apartheid incluiu negros na política e economia, aumentou programas sociais, diminuiu a miséria. Mas, a insatisfação da população ainda persiste diante do contexto atual: péssimas condições de vida, aumento da desigualdade econômica, social e cultural, e ainda, o desemprego que cresce a cada ano.

O documentário “Estados de Independência: a disputa pela África” nos mostra que na África ainda há muita violência. Os povos pensavam que se ficassem independentes dos países europeus, muitos problemas se resolveriam. Muitos foram mortos por conflitos étnicos, depois da independência. O documentário nos mostra também que a África é a maior recebedora de ajudas do mundo, mas para cada dólar de ajuda, dez são perdidos através de capital externo ilegal, e é por isso que percebemos que ainda existem muita desigualdade e miséria na África.

  1. SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL II

  1. Situação-problema: “O que o apartheid tem em comum com a atual sociedade brasileira?”
  • Hipóteses: 1- O apartheid nos mostra que o povo africano sofreu racismo, algo que reflete nos dias atuais, tanto na África como aqui no Brasil.

                2- O apartheid deixou como consequência a desigualdade social e econômica, e podemos perceber que na sociedade brasileira também há desigualdade social e econômica.

  1. Procedimentos:

2.1- Reunir os alunos em um círculo com as classes. Questionar o que eles sabem sobre a África do Sul e o apartheid. Deixar os alunos exporem suas ideias e opiniões.

2.2- Mostrar aos alunos a imagem do documento dos negros na época do apartheid(anexo I). Analisar o que a imagem nos mostra, questionar os alunos se eles concordariam com essa atitude se eles estivessem vivendo o apartheid. Após ouvir os alunos, explicar que esse documento era usado pelos negros por causa da Lei do Passe, que os obrigava a andar com esse documento, e deveria ser apresentado sempre que a polícia solicitasse.

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