A Partilha Da Ásia
Dissertações: A Partilha Da Ásia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Xclayton • 7/10/2014 • 2.000 Palavras (8 Páginas) • 262 Visualizações
A partilha da Ásia
1) Domínio Inglês sobre a Índia
1.1. Trajetória da Ocupação Inglesa na Índia
O comércio inglês com a Índia começou a ser feito em 1600, quando a Rainha Elizabeth I garantiu
direitos à Companhia Britânicas das Índias Orientais de explorar este mercado. Em 1608 as
primeiras missões comerciais chegaram ao subcontinente indiano, e com isso os ingleses foram
obrigados a combater Portugal, que exercia hegemonia na região desde o século XVI. Os portugueses
foram vencidos, e os comerciantes ingleses passaram a ter a preferência comercial junto aos
governantes indianos.
Em 1670, Companhia obteve do governo inglês o direito de adquirir territórios em seu nome,
organizar exército próprio na Índia, cunhar sua própria moeda nos territórios controlados, e exercer
o poder de justiça. A Companhia Britânica das Índias Orientais tornava-se quase um governo
paralelo dentro da Índia.
O primeiro passo dos britânicos para transformar a Índia em uma colônia sob controle direto da
Inglaterra foi dado pela própria Companhia, que invadiu a região de Bengala (1775),
transformando-a em protetorado inglês. As riquezas da região e o comércio foram monopolizados
pela Inglaterra.
1.2. A formação do Raj Britânico
O Raj Britânico foi o nome que recebeu o conjunto de colônias inglesas que ia desde a Índia até parte
da Indochina (atuais Paquistão, Índia, Bangladesh e Myanmar). Em 1773, foi criado o cargo de
Governador Geral (Vice-rei) da Índia, nomeado pelo governo inglês, e que supervisionava as ações
da Companhia Britânica das Índias Orientais. Ou seja, o controle sobre a Índia deixava de ser
exercido somente por uma companhia privada, e passava a ter a influência direta do governo
britânico.
Ao longo do século XIX, os Vice-Reis da Índia expandiram o controle colonial sobre vastas áreas do
subcontinente, tendo acabado com toda a influência exercida pela França.
1.3. “Guerra de Libertação” ou “Guerra dos Sipaios” (1857-1859)
Em 1857, o Exército Britânico Indiano (conhecidos como os “sipaios”) se rebelam no norte da Índia
contra o domínio inglês. Muitos regimentos nativos e reinos indianos ficam ao lado dos britânicos,
mas muitos outros juram lealdade aos sipaios. A revolta era resultado da insuportável opressão
provocada pelo domínio britânico em toda a Índia, que chegara ao limite em 1857, após inúmeras
repressões a movimentos de protesto por parte dos ingleses.
A revolta foi precipitada quando o Vice-Rei da Índia ordenou que todos os reinos indianos nos quais
seu governante morresse e não deixasse herdeiros, deveria se tornar território da Companhia
Britânica das Índias Orientais. Ocorre que entre a nobreza indiana, era costume religioso e político a
prática de adoção, o que permitia que sempre houvesse um governante disponível.
Com essa doutrina, a Companhia havia confiscado um número amplo de territórios antes
governados
pela nobreza indiana.
Os revoltosos começaram tendo a superioridade, mas foram vencidos pelos ingleses, que tinham
melhor organização e contaram com a ajuda de muitos outros regimentos militares indianos e nobres
que não concordavam com a revolta. Certamente este foi o primeiro movimento de independência da
Índia.
Com o final da guerra, a Companhia Britânica das Índias Orientais foi dissolvida. O governo
britânico passou a governar diretamente a Índia. A Rainha Vitória prometeu igualdade de direitos
para os indianos após a revolta, mas pouco foi realmente implementado. 2) A Partilha da China
2.1. Breve panorama da China Imperial
Em meados do século XIX, a China era um império dominado pela Dinastia Qing (清朝) , originária
do norte do território, da região conhecida como Manchúria. A etnia manchu era vista pela maioria
das demais etnias chinesas como um “povo estrangeiro”, e isto tornava os imperadores Qing mal
vistos pela população, que considerava seu poder ilegítimo.
A economia chinesa funcionava tendo como eixo central a relação entre Estado e aldeias. As aldeias
pagavam tributos ao Estado, que financiava a construção de obras hidráulicas (irrigação para a
agricultura, em especial).
O comércio com o exterior era monopolizado pela Sociedade do Co-Hong (guilda de mercadores),
sediada na cidade de Cantão. Este era o único porto autorizado a efetuar trocas com povos
estrangeiros.
2.2. As Guerras do Ópio
(1840-1842 / 1856-1858)
A Inglaterra cultivava o ópio (droga comum no século XIX) nas terras da Índia, e tinha como
principal mercado consumidor a população chinesa. Ocorre que os ingleses eram obrigados a
negociar a venda
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