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A Partilha Da Ásia

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Por:   •  7/10/2014  •  2.000 Palavras (8 Páginas)  •  266 Visualizações

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A partilha da Ásia

1) Domínio Inglês sobre a Índia

1.1. Trajetória da Ocupação Inglesa na Índia

O comércio inglês com a Índia começou a ser feito em 1600, quando a Rainha Elizabeth I garantiu

direitos à Companhia Britânicas das Índias Orientais de explorar este mercado. Em 1608 as

primeiras missões comerciais chegaram ao subcontinente indiano, e com isso os ingleses foram

obrigados a combater Portugal, que exercia hegemonia na região desde o século XVI. Os portugueses

foram vencidos, e os comerciantes ingleses passaram a ter a preferência comercial junto aos

governantes indianos.

Em 1670, Companhia obteve do governo inglês o direito de adquirir territórios em seu nome,

organizar exército próprio na Índia, cunhar sua própria moeda nos territórios controlados, e exercer

o poder de justiça. A Companhia Britânica das Índias Orientais tornava-se quase um governo

paralelo dentro da Índia.

O primeiro passo dos britânicos para transformar a Índia em uma colônia sob controle direto da

Inglaterra foi dado pela própria Companhia, que invadiu a região de Bengala (1775),

transformando-a em protetorado inglês. As riquezas da região e o comércio foram monopolizados

pela Inglaterra.

1.2. A formação do Raj Britânico

O Raj Britânico foi o nome que recebeu o conjunto de colônias inglesas que ia desde a Índia até parte

da Indochina (atuais Paquistão, Índia, Bangladesh e Myanmar). Em 1773, foi criado o cargo de

Governador Geral (Vice-rei) da Índia, nomeado pelo governo inglês, e que supervisionava as ações

da Companhia Britânica das Índias Orientais. Ou seja, o controle sobre a Índia deixava de ser

exercido somente por uma companhia privada, e passava a ter a influência direta do governo

britânico.

Ao longo do século XIX, os Vice-Reis da Índia expandiram o controle colonial sobre vastas áreas do

subcontinente, tendo acabado com toda a influência exercida pela França.

1.3. “Guerra de Libertação” ou “Guerra dos Sipaios” (1857-1859)

Em 1857, o Exército Britânico Indiano (conhecidos como os “sipaios”) se rebelam no norte da Índia

contra o domínio inglês. Muitos regimentos nativos e reinos indianos ficam ao lado dos britânicos,

mas muitos outros juram lealdade aos sipaios. A revolta era resultado da insuportável opressão

provocada pelo domínio britânico em toda a Índia, que chegara ao limite em 1857, após inúmeras

repressões a movimentos de protesto por parte dos ingleses.

A revolta foi precipitada quando o Vice-Rei da Índia ordenou que todos os reinos indianos nos quais

seu governante morresse e não deixasse herdeiros, deveria se tornar território da Companhia

Britânica das Índias Orientais. Ocorre que entre a nobreza indiana, era costume religioso e político a

prática de adoção, o que permitia que sempre houvesse um governante disponível.

Com essa doutrina, a Companhia havia confiscado um número amplo de territórios antes

governados

pela nobreza indiana.

Os revoltosos começaram tendo a superioridade, mas foram vencidos pelos ingleses, que tinham

melhor organização e contaram com a ajuda de muitos outros regimentos militares indianos e nobres

que não concordavam com a revolta. Certamente este foi o primeiro movimento de independência da

Índia.

Com o final da guerra, a Companhia Britânica das Índias Orientais foi dissolvida. O governo

britânico passou a governar diretamente a Índia. A Rainha Vitória prometeu igualdade de direitos

para os indianos após a revolta, mas pouco foi realmente implementado. 2) A Partilha da China

2.1. Breve panorama da China Imperial

Em meados do século XIX, a China era um império dominado pela Dinastia Qing (清朝) , originária

do norte do território, da região conhecida como Manchúria. A etnia manchu era vista pela maioria

das demais etnias chinesas como um “povo estrangeiro”, e isto tornava os imperadores Qing mal

vistos pela população, que considerava seu poder ilegítimo.

A economia chinesa funcionava tendo como eixo central a relação entre Estado e aldeias. As aldeias

pagavam tributos ao Estado, que financiava a construção de obras hidráulicas (irrigação para a

agricultura, em especial).

O comércio com o exterior era monopolizado pela Sociedade do Co-Hong (guilda de mercadores),

sediada na cidade de Cantão. Este era o único porto autorizado a efetuar trocas com povos

estrangeiros.

2.2. As Guerras do Ópio

(1840-1842 / 1856-1858)

A Inglaterra cultivava o ópio (droga comum no século XIX) nas terras da Índia, e tinha como

principal mercado consumidor a população chinesa. Ocorre que os ingleses eram obrigados a

negociar a venda

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