A RESPONSABILIDADE SOCIAL

Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, cerca de 28,3% da renda total do Brasil estáconcentrada em um grupo de 1% dos mais ricos e os 10% mais ricos concentram41,9% da renda total. Dados como estes demonstram como a desigualdadeaumentou nos últimos anos no Brasil. Com o aparecimento da pandemia do COVID-19, nos confrontamos com umcenário cada vez mais caótico em relação à desigualdade social global. Já no Brasil,somado a severa crise financeira que estamos vivendo, torna o problema ainda maisgrave. A desigualdade social não se baseia somente à questão financeiro, mastambém à falta de acesso ao saneamento básico, onde, por exemplo, 47% dapopulação brasileira não tem acesso à rede de esgoto, de acordo com o Diagnósticode serviços de água e esgoto do Sistema Nacional de Informações sobreSaneamento (2019), ou a questões de violência sofrida por negros e a falta deacesso à educação de qualidade. A seguir, serão apresentadas seções sobre o tema, buscando identificar eapresentar uma solução para a redução da desigualdade social.Mensuração da desigualdade social Para falar sobre desigualdade social na história da humanidade, o principalobjeto a ser descrito é a pobreza, tendo sido evidenciada em várias áreas doconhecimento. Fonseca (2013) destaca que, já na idade média, a pobreza eraexplicada pelo viés religioso como uma providência divina, destacando a imagem deCristo como pobre, portanto, não havia implicação em ser a imagem do “salvador”. Àmedida que a sociedade e a própria igreja católica evoluíram, ocorreu um aumentono estímulo para ajudar o próximo, via caridade, onde quem possuía mais auxiliavaatravés de esmolas quem era menos favorecido.Já o viés político da idade média descreve a pobreza como inexistência delucro, uma vez que o pobre não trabalhava e consequentemente não contribuía. Atéo século XIX, a pobreza na Europa era tratada de diversas formas, como oisolamento em prisões, hospícios e asilos para tratamentos punitivos e de tortura.Foi só no decorrer do século XX que a abordagem do tema passou a incluir diversos

enfoques, como: ausência de renda, necessidades básicas de sobrevivência,capacidades e exclusão social.No Brasil, apesar do crescimento econômico que ocorreu na segunda metadedo século XX e início do século XXI, ainda o país se destaca negativamente comoum dos países mais desiguais do mundo. É importante destacar que o crescimentoeconômico do Brasil (desde o período colonial) não foi acompanhado de maneiraequiparada pelo crescimento na distribuição de renda (CORRÊA e CASTRO, 2000).Foi só a partir dos anos 2000 que o Brasil intensificou as políticas públicassocioeconômicas a fim de reduzir a desigualdade social, tirando milhões debrasileiros da pobreza extrema. Entretanto, ainda há muito a ser feito para que nãoocorram retrocessos nas melhorias alcançadas. Para medir o nível de desigualdade, é possível utilizar conceitos sobreindicadores sociais, que tiveram origem no início do século XX. Entretanto, somenteno final do mesmo século que ficou evidenciada a necessidade de indicadores maisrobustos para avaliar o impacto de políticas públicas sociais em sociedadesdesenvolvidas e subdesenvolvidas,