A Revolução Francesa
Por: FilipaSilva • 5/3/2016 • Projeto de pesquisa • 954 Palavras (4 Páginas) • 724 Visualizações
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REVOLUÇÃO FRANCESA
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A Revolução Francesa
A Revolução Francesa (1789-1799) foi um período de intensa agitação política e social na França. Teve um impacto duradouro na história do país e, mais amplamente, em todo o continente europeu.
A monarquia absolutista que tinha governado a nação durante séculos entrou em colapso em apenas três anos. A sociedade francesa passou por uma transformação épica, quando privilégios feudais, aristocráticos e religiosos se evaporaram sobre um ataque sustentado de grupos políticos radicais de esquerda, das massas nas ruas e de camponeses na região rural do país.
Antigos ideais da tradição e da hierarquia de monarcas, aristocratas e da Igreja Católica foram abruptamente derrubados pelos novos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade.
As casas reais da Europa ficaram aterrorizadas com a revolução e iniciaram um movimento contrário que até 1814 tinha restaurado a antiga monarquia, mas muitas reformas importantes tornaram-se permanentes.
França nas vésperas da Revolução
A Revolução Francesa significou uma profunda transformação em termos políticos, sociais e económicos: pôs fim à monarquia absoluta, instaurou, primeiro, uma monarquia constitucional, seguida de uma república, aboliu o Antigo Regime, e com ele os direitos senhoriais e os privilégios da sociedade de ordens.
A Revolução Francesa criou uma nova sociedade, na medida em que os franceses deixaram e ser súbditos e tornaram-se cidadãos livres e iguais perante a lei.
A Revolução foi um processo complexo de transformação cuja causas, de natureza diversa, podem ser divididas entre causas estruturais e conjunturais.
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Causas Estruturais da Revolução
As causas mais enraizadas e duradouras no tempo, e que podem remontar ao reinado de Luís XV, assentam em questões de natureza política, económica, social e cultural.
Do ponto de vista político e económico, desde 1744, que o Estado francês vinha acumulando sucessivos défices que debilitaram as suas finanças e afetaram a sua economia, um problema que, a longo prazo, se mostrava cada vez mais difícil de resolver.
A fragilidade financeira agravou-se com a participação francesa na guerra pela independência dos Estados Unidos da América, o que obrigou a Coroa a muitos empréstimos para poder participar neste conflito. A insustentabilidade das finanças públicas levou alguns ministros à defesa de uma reforma de impostos, no sentido de generalizar o seu pagamento a toda a população.
Do ponto de vista mais político, desde o reinado de Luís XV que os monarcas enfrentavam a oposição dos parlamentos locais, sobretudo o de Paris. Estes, eram compostos por membros da Nobreza, e revelavam-se, em alguns casos, defensores de um modelo monárquico semelhante ao de Inglaterra.
Do ponto de vista social, persistia a divisão tripartida e hierquizada de uma sociedade desigual, baseada nos privilégios judiciais e fiscais, isentando os privilegiados, o Clero e a Nobreza, do pagamento da maior parte dos impostos.
Esta situação, sobretudo fiscal, provocava tensões crescentes entre os estratos superiores do Terceiro Estado, a Burguesia, e os privilegiados.
A Burguesia letrada e rica, que desempenhava altos cargos na sociedade, cada vez mais se consciencializava que era sobre eles que recaía o peso dos encargos financeiros, tão necessários à Corte e ao Estado, pelo que desejava por fim aos direitos senhoriais, através de uma justiça fiscal mais justa em termos de igualdade.
Por outro lado, a sobrecarga de impostos afetava, largamente, os fracos rendimentos dos estratos mais baixos do Terceiro Estado, que sentiam a constante degradação das suas condições de vida pois, mesmo em épocas de alguma melhoria produtiva, a maioria vivia no limiar da subsistência.
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