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A Revolução Francesa

Por:   •  21/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.017 Palavras (5 Páginas)  •  119 Visualizações

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Revolução Francesa

A Revolução Francesa foi um dos mais importantes movimentos ligados à formação das bases sociais que marcaram a divisão de períodos, assinalando o fim da idade moderna e entrando na idade contemporânea. Mas os movimentos sociais, por si só, não foram suficientemente fortes para essas mudanças, então, o que foi?

Surpreendentemente, a economia foi o principal estopim para a Revolução Francesa, para entender melhor temos que analisar a situação como um todo.

A população, por si só, já estava descontente com o governo de Luís XVI há muito tempo, no entanto, foi quando rei convocou a nobreza e o clero para contribuir com os custos para uma reforma tributária, e os mesmos se negaram, que o seu governo e o absolutismo na França começaram a ruir.

Vale ressaltar que no período, 80% da economia francesa girava em torno da agricultura, e esta era muito prejudicada pelas inúmeras fases de seca e inundações, a indústria francesa também vivia uma dura crise, graças ao acordo que Luís fez com a Inglaterra para a importação de tecidos, no comércio a crise parecia ser ainda mais dura e poucos conseguiam suportar os gastos e acabavam demitindo muitos dos seus empregados.

Com grande parte do povo desempregado, marginalizado e passando por inúmeras dificuldades ainda assim os impostos altos caiam sobre a população, fazendo com que eles ficassem ainda mais pobres, o povo, sozinho, pagava o preço de uma crise, enquanto a nobreza e o clero nem a sentiam.

Mesmo em meio ao caos econômico, a nobreza e o clero que de juntos eram extremamente ricos e poderosos não aceitaram abdicar de seus luxos, e Luís XVI não foi capaz se fazer as reformas tributárias necessárias sem esse apoio.

Bastaram essas classes se revoltarem com o Rei para que a Revolução ganhasse força, o primeiro e segundo estado, como eram chamados pressionaram Luís para que fosse convocada a Assembleia dos Estados Gerais. Acreditando que iriam conseguir forçar a população a pagar ainda mais taxas, no entanto, esses estados não sabiam a força que o terceiro estado (população) possuía, na Assembleia do palácio de Versalhes, em meio a conflitos, houveram várias manobras na tentativa que o voto da população não fosse levado em conta e os gritos de “Liberdade, igualdade e fraternidade”, sem entender direito, nobreza e clero assinaram sua própria sentença.

Em 14 de julho de 1789 o povo, revoltado, tomou a bastilha, simbolizando a queda do rei, e consequentemente, do absolutismo na França.

O terceiro Estado.

Para que se entenda a revolução francesa, é necessário entender o que era o terceiro estado, pois este é o motivo social mais relevante. A França na época da revolução se dividia em três câmaras. O clero, a nobreza e o povo, sendo o último mais numeroso, entretanto por ser apenas uma câmara sempre perderia ante ao interesse do clero e da nobreza.

O Clero ou Primeiro Estado, composto pelo Alto Clero, que representava 0,5% da população francesa, era identificado com a nobreza e negava reformas, e pelo Baixo Clero, identificado com o povo, e que as reclamava.

A Nobreza, ou Segundo Estado, composta por uma camada palaciana ou cortesã, que sobrevivia à custa do Estado, por uma camada provincial, que se mantinha com as rendas dos feudos, e uma camada chamada Nobreza Togada, em que alguns juízes e altos funcionários burgueses adquiriram os seus títulos e cargos, transmissíveis aos herdeiros. Aproximava-se de 1,5% dos habitantes.

Já o terceiro estado era composto por burgueses, camponeses sem terra e os "sans-culottes", uma camada heterogênea composta por artesãos, aprendizes e proletários, que tinham este nome graças às calças simples que usavam diferentes dos tecidos caros utilizados pelos nobres.

Em 1789, o abade Sieyès dentro desse contexto dá início a sua doutrina sobre o poder constituinte dizendo que a soberania da Nação, “em toda Nação livre – e toda Nação deve ser livre – só há uma forma de acabar com as diferenças que se produzem com respeito à Constituição. Não é aos notáveis que se deve recorrer, é à própria Nação” (SIEYÈS, 2001, p. 113). Há uma charge da época muito conhecida e usada nos livros de história para ilustra a relação entre os três estados.  

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