A Revolução de 1930 no Brasil
Artigo: A Revolução de 1930 no Brasil. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: quetri • 28/2/2015 • Artigo • 3.216 Palavras (13 Páginas) • 253 Visualizações
REVOLUÇÃO DE 1930
A Revolução de 1930, considerada erroneamente como Revolução, deveria ser nomeada como “Golpe de Estado”, pois as características se assemelham mais, cuja Revolução pôs fim à Primeira Republica Brasileira, conhecida como “Republica Velha” ou “Republica do Café com Leite”.
O movimento da revolução de 30 insere-se num contexto social e econômico, de grande apreensão, não só nas fronteiras brasileiras, mas no mundo todo. Com a quebra da Bolsa e Nova Iorque ocorrida em outubro de 1929, inicia-se uma crise em escala mundial, esmagando todas as economias com alguma participação nos mercados internacionais, no caso do Brasil e suas exportações de café, pois o café ocupava a maioria das terras cultiváveis do País, impedindo a diversidade das suas exportações.
Nas eleições de 1930, houve uma disputa acirrada entre as elites políticas de São Paulo e Minas Gerais, que dominavam o rumo do país desde a instituição da República. O presidente Washington Luis queria lançar como candidato o paulista Julio Prestes em detrimento do programado para a sucessão, Antonio Carlos de Andrada presidente na época do cargo equivalente a Governador de Estado de Minas Gerais, a oposição tinha verdadeiras chances de vitória, com a formação da Aliança Liberal, unindo as oligarquias de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba.
Sob a bandeira da Aliança Liberal, são lançados Getúlio Vargas, e João Pessoa candidatos a Presidente e Vice-presidente. Mas Julio prestes ganha a eleição. João Pessoa é morto e o motivo e o envolvimento num caso de lutas políticas regionais misturadas a um crime passional, seu assassinato passa a ser visto e alardeado como manobra do governo para calar qualquer opositor, estourando assim a revolta militar, partindo do Sul, com o objetivo de derrubar o regime.
O governo cai facilmente. Getúlio Vargas assume o poder em caráter provisório a 3 de novembro de 1930, onde forma a pirâmide social brasileira, abaixo dos barões do café, como militares, classe média e operários são alçados à ponta da pirâmide.
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova
O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova foi escrito em 1932, por grandes intelectuais como Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira, Afrânio Peixoto, Lourenço Filho, Antônio F. Almeida Junior, Roquette Pinto, Delgado de Carvalho, Hermes Lima e Cecília Meireles. Eles acreditavam que era preciso criar uma nova política de educação, que abrangesse as necessidades do País e as necessidades modernas, sempre pensando em uma escola democrática, humana e solidária.
Qual a idéia principal defendida pelo manifesto dos Pioneiros da Educação Nova?
Eles tinham várias ideias, preferencialmente que a escola pública fosse aberta para todas as pessoas..Enfim, que todos tivessem acesso à educação;
que a Filosofia voltasse a ser uma disciplina escolar, visto que ela tinha sido abolida para que o tecnicismo entrasse no currículo escolar;
defendiam também que o método tradicional não fosse mais aceito nas escolas; que cedessem espaços para métodos mais modernos, como os de Paulo Freire por exemplo.Enfim, quase todas as propostas defendidas pelos representantes da Escola Nova foram atendidos, exceto uma: a do método tradicional, pois quem faz o método é o professor em sala de aula. É uma escolha pessoal de cada professor.
A Educação no Brasil no Período do Estado Novo
O Brasil de 1937 recebeu em novembro uma nova Constituição. Vale ressaltar que este período da história é marcado pela crescente crise europeia que culminou na 2ª Guerra Mundial. Fascismo e ideologias de dominação, superioridade racial e conquista de territórios estavam na pauta do momento. E como estava a Educação Brasileira neste momento?
A nova constituição enfatizou o ensino pré-vocacional e o ensino profissional. A visão era de que havia grande necessidade de uma maior contingente de mão de obra para as novas atividades abertas pelo mercado. Negando em parte a orientação positivista, propôs que a ciência fosse livre para a iniciativa privada, mas apenas opcional para o Estado. Fez o mesmo com as artes. Manteve a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário (1ª a 4ª séries). Para se adequar à orientação da Escola Nova, estabeleceu como obrigatório o ensino de trabalhos manuais em todas as escolas normais (formação de professores no Ensino Médio – Magistério), primárias e secundárias.
Ou seja, os ideais e as várias conquistas advindas da Reforma Francisco Campos e do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova que se refletiram na Constituição anterior (1934) sofreram uma inflexão. O ensino superior e o trabalho intelectual sofrem um direcionamento para as classes mais favorecidas, ao passo que o ensino profissional e técnico se volta para as classes desfavorecidas.
Ainda assim, neste período podemos ver a criação de algumas entidades, autarquias, agremiações e instituições, além de alguns avanços na legislação. São desse período a UNE - União Nacional dos Estudantes, o INEP - Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos – INEP e o SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Neste período o ensino ficou assim composto:
1. 5 anos de curso primário (de 7 a 11 anos)
2. 4 anos de curso ginasial ( de 12 a15 anos)
3. 3 anos de colegial (16 a 18 anos), podendo ser na modalidade clássico ou
científico ( que acabou concentrando 90% dos alunos desse nível).
O ensino colegial (Ensino Médio) perdeu o seu caráter “propedêutico”
(preparatório para o ensino superior), e voltou-se para a formação geral.
ERA VARGAS
Getúlio Vargas assumiu a presidência do Brasil em 1934, eleito indiretamente pela Assembleia Constituinte, quatro anos após a Revolução de 30. A constituição de 1934 marcou o início do processo de democratização do país, dando sequência às reivindicações revolucionárias. Ela trouxe avanços significativos como o princípio da alternância no poder, a garantia do voto universal e secreto, agora estendido às mulheres, a pluralidade sindical e o direito à livre expressão.
Determinava
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