A Televisão No Século XX

A TELEVISÃO NO SÉCULO XX  

  

          Conceitualmente, a televisão é um mecanismo midiático que oferta informação, educação e entretenimento à uma grande massa, o público.

          Durante a história, o aparelho teve como pioneiros o escocês John Logie Baird e o estadunidense Philo Taylor Farnsworth, que trabalharam em protótipos semelhantes, porém independentes, durante a década de 20. Das primeiras empresas de comunicação televisiva a serem criadas, e que hoje têm sucesso, destacam-se a BBC, em 1922, a NBC, em 1926, a CBS, em 1927, e a ABC, em 1943. Vários homens se transformaram em personalidades importantes para os primórdios da televisão, citando-se Paul Nipkow, Vladimir Zworykin, Charles Jenkis, David Sarnoff, Alexander Graham Bell e John Reith. Em 1939, ocorreu a “Feira Mundial de Nova Iorque”, na qual a TV preparou a sua decolagem para o mercado comercial. Tendo como tema “o mundo do amanhã”, a feira contou com diversas inovações estruturais e tecnológicas, contando até com um pavilhão brasileiro, projetado por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.  

          Na história da televisão, alguns acontecimentos se tornaram marcantes, em razão da proporção conquistada através da TV. A posse do presidente Harry Truman, em 20 de janeiro de 1949, foi a primeira de um presidente americano a ser transmitida ao vivo. Em 1950, a televisão chegou ao Brasil, por iniciativa de Assis Chateaubriand, com a emissora chamada TV Tupi. Em 1953, após muitos testes, ocorreu a primeira transmissão em cores, que cobriu uma competição de cultivadores de rosas. Onze anos mais tarde, o satélite Telstar 1 foi lançado no espaço, o primeiro de telecomunicações e que exerceria as transmissões entre EUA e Europa. No ano seguinte, a primeira tragédia foi mostrada ao vivo: em menos de 2 horas, a maior parte dos americanos sabiam da morte do presidente Kennedy. Passado mais um ano, os primeiros Jogos Olímpicos foram transmitidos ao vivo. Os jogos de Tóquio, 1964, representaram a força e velocidade de reconstrução de um país que havia sido devastado pela Segunda Guerra Mundial. Em 1965, Roberto Marinho fundava a Rede Globo de Televisão, que mudaria a TV nacional em qualidade, audiência e jornalismo. Durante o início da televisão no país, muitas emissoras apostavam na música MPB para garantir audiência e formar certa oposição à ditadura civil-militar, ocorrida a partir de 1964.  

          A televisão também foi palco de imagens cruéis e aterrorizantes. A transmissão de imagens da Guerra da Coreia e, principalmente, da Guerra do Vietnã, fez com que surgissem diversos movimentos contra a guerra e pedindo a paz, como o Woodstock, festival de música ocorrido em 1969. Neste mesmo ano, mais de 600 milhões de pessoas assistiram o homem pisar pela primeira vez na superfície lunar, em 20 de julho, com a nave Apollo 11. O ano também marcou a inauguração da estação da Embratel, de comunicação via satélite internacional de Tanguá, o nascimento da TV Cultura, criada para o debate de temas culturais e, principalmente, a entrada do Jornal Nacional, o primeiro programa brasileiro a ser transmitido regularmente. Em 1970, mais de 90 milhões de brasileiros puderam assistir a Copa do Mundo, mas ainda em preto e branco. As cores chegariam no país dois anos depois, com a transmissão da Festa da Uva, em Caxias do Sul, através da influência de Médici e Hygino Coretti e da parceria de várias emissoras. Os horrores da guerra voltaram a protagonizar a TV, mas agora com a Guerra do Líbano, em 1982. Dois anos antes, o ex-beatle John Lennon era assassinado. A década de 80 marcou o fim da ditadura civilmilitar e o início da redemocratização no Brasil. Em 1986, ocorre o desastre de Chernobyl, o pior da história, causando diretamente dezenas de mortes. Polêmico, o governo soviético se omitiu acerca desse desastre e pôs em risco a vida de milhares de pessoas. No ano seguinte, no Brasil, o maior acidente radiológico do mundo ocorre: o caso do césio 137, afetando a saúde de centenas de pessoas.