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A cana de açucar

Por:   •  25/9/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  779 Palavras (4 Páginas)  •  133 Visualizações

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I – Um projeto historiografico

Durante as primeiras décadas do século XIX no Brasil, especialmente a partir da década de 1840, iniciou um processo disciplinar da história do Brasil. Relacionado a esse processo foi a produção dos textos fundadores da história e da históriografia brasileira, bem como o processo político e social de formação e consolidação de estado nacional brasileiro. No entanto, não foi suficiente para consolidar o aparelho estatal, foi necessário justificar uma ideia de nacionalidade que poderia ser compartilhada com os brasileiros. Foi devido a esta necessidade que a maioria dos habitantes do Império foram excluídas desde processo de construção de nacionalidade.

A nação que estava sendo definida naquele tempo, tanto nos aspectos políticos e sociais, quanto em relação ao discurso feito por essa historiografia, foi conduzida por ideias civilizacionais europeia moderna, especialmente por um discurso historiografico que valorizou de forma positiva o processo de colonização portuguesa do passado brasileiro. Podemos afirmar, uma nação formada principalmente por grupos da elite.

Ao definir a nação brasileira como modelo da ideia de civilização no novo mundo, é estranho que essa mesma história irá definir aqueles que internamente serão excluídos do projeto porque não são capazes de terem a noção de civilização. Ou seja são eles; índios e negros.

        

II -  A importância do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro

Essa Instituição é a mais antiga e tradicional entidade de fomento da pesquisa e preservação histórico-geografica, cultural e de ciências sociais do Brasil, fundado no ano de 1838. A sua criação teve como objetivo colaborar com o processo de formação do Estado nacional através de um estudo historiografico capaz de confirma a história brasileira conforme, com as caractéristicas mencionada acima. Para isso foi necessário integrar o Brasil ao grupo de nações civilizadas por meio do processo de construção e difusão de uma história e historiografia segundo a qual a gênese da nação e do estado brasileiro foi inserida dentro de “ uma tradição da civilização e progresso”. Para o históriador Manoel Salgado Guimarães, “ a nação, cujo retrato o Instituto pretende traçar, “deve ser feito” a continuação, nos trópicos de uma civilizacão branca e européia, segundo ele o Instituto tornou-se na época  um local privilegiado para que podessem falar sobre o Brasil, papel este que foi legitimado dentro da elite alfabetizada contribuindo para uma difusão progresssiva e homogenia do projeto nacional dentro desde grupo social.

Mas em relação aos objetivos centrais estabelecidos pelo IHGB na implementação do projeto de constituição de uma historiografia nacional, podemos afirmar que o trabalho de coleta e publicação de documentos sobre “ história nacional”, ou melhor, especificamente, os documentos ligados com o passado colonial, foi o passo principal para alcançar esse objetivo. Mais tarde, devem ser produzidos estudos monográficos sobre a história e a geografia brasileira. De fato esses estudos já foram produzidos para um bom entendimento da nossa história.

III – Sobre o autor: Francisco Adolfo de Varnhagen

Nasceu em 17 de fevereiro de 1816, em Sorocaba, São Paulo, filho do engenheiro alemão o Coronel Frederico Luís Guilherme de Varnhegen e de Maria Flávia de Sá Magalhães, de nacionalidade portuguesa. A primeira edição da história do Brasil, escrita pelo autor, foi publicada entre 1854 e 1857, constituída por dois volumes. Em 1906, disse que o trabalho começou a ser anotado criticamente por  Capistrano de Abreu e Rodolfo Garcia. Desde que Capistrano faleceu em 1927, Garcia assumiu este desafio pelo menos até 1948, quando tambem faleceu. Em suma o trabalho de Varnhagen dobrou em volume, e as novas páginas estão expandidas especificamente em notas de rodapé, dentro dessas notas foram estabelecidas críticas, novas informações foram tambem adicionadas, e novos estudos sobre a história do Brasil foram divulgados e documentos recentemente publicados ou descobertos foram reproduzidos. Por fim as linhas estruturais fundamentais da história do Brasil foram retificadas e fortalecidas.

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