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AD1 - H Contemporânea

Por:   •  6/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.159 Palavras (5 Páginas)  •  236 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CEDERJ – Licenciatura em História

DISCIPLINA: Historiografia Contemporânea – 2019.2

Nome: Leonardo Dangelo
Matrícula: 16216090149
Polo: Duque de Caxias

Avaliação à Distância 1 – AD1

Fichamento do texto “Além da racionalidade instrumental: sentido histórico e racionalidade na teoria da história de Jörn Rüsen” de Martin Wiklund

Tema: O presente texto traz a discussão em torno do conceito de sentido histórico na perspectiva de Jörn Rüsen, colocado como questão fundamental no discurso histórico contemporâneo. Diferentes conceitos de sentido são destacados e articulados, além da “racionalidade de sentido” posta em contraposição a outros conceitos. Introduzindo estas abordagens, a obra de Rüsen é situada historicamente – um pano de fundo – para uma melhor compreensão de suas ideias.

Tese central: O autor do texto, Martin Wiklund, considera que a ideia geral de sentido é diversa, mesmo dentro do historiador abordado. Segundo ele, conceito, em Rüsen não é algo único, podendo ter vários aspectos como “o que o conhecimento histórico e o pensamento histórico consistem”. Ele defende que há uma relação entre sentido e consciência a partir do momento em que o conteúdo daquela consciência seria feito através da formação de sentido ao longo do tempo, mas um tempo presente, passado e futuro, não reservado apenas passado.

Sentido ocorre, para Wiklund, na significação do passado em função da possibilidade de geração de interpretações e orientações para a vida. Em outras palavras, sentido pode ser diretamente ligado à intenção e orientação da ação.

Lógica interna: Depois de situar Rüsen historicamente, Wiklund começa definindo que é o sentido, por Rüsen e em outras visões. O lugar que “sentido” ocupa na teoria de Rüsen é afirmado para que se compreenda o termo na história. Dentre as demarcações para o termo, o autor elabora sua argumentação seguindo pela oposição entre a constituição de sentido e representacionismo de maneira a abordar suas relações com consciência constitutiva/histórica.

Para tal, empreende esforços para situar que é essencial compreender a proposta do pensamento histórico em que a narrativa não é meramente representacional. Ela se fundamenta na constituição da história, que utiliza-se da ligação do presente com o passado, desde que este último tenha algum tipo de significado para o presente do intérprete. Ele constrói ainda uma linha argumentativa denotando que a ideia de sentido pode ficar perdida e vazia se se tratar como um objeto histórico ao invés de nos confrontar.

A outra oposição feita no texto é em relação ao construtivismo.  Nesta, o autor alerta para o perigo de se instrumentalizar o passado, colocando uma tal racionalidade comunicativa como contraponto pois em suas palavras “haja algo que seja digno de discussão e argumentação, e que exclua o emotivismo e o niilismo dos valores e do sentido”. Após toda esta elaboração teórica, Wiklund retoma, na conclusão, a importância de sentido em Rüsen para o pensamento histórico, tendo em vista todas as suas possibilidades.

Interlocução: São vários os autores referenciados no texto, além do próprio Jorn Rüsen. Muitos são colocados com o intuito de demarcar temporalmente o historiador alemão, e outros são referenciados para demarcar as Escolas de pensamento da Europa.

Já no decorrer do texto, o primeiro foi Wilhelm Dilthey, quando o autor retoma, e concorda, de certa forma, com seu conceito de sentido similar a outro genérico. Na mesma linha, Peter Brooks, Karl Lowith e Hayden White também são expostos em enumerações de conceitos de sentido, enriquecendo a abordagem e servindo para construir a ideia do autor. Outro citado é Immanuel Kant, mas não de maneira explicita, sua ideia de insight é aproveitada para ilustrar um argumento do autor. Em uma citação, Wiklund, apresenta uma ideia de Taylor para corroborar com suas ideias quanto às correlações entre sentido e passado.

Os pensadores Karl Marx, Friedrich Engels e Karl Popper são citados como exemplos de objetivismo no momento em que se aborda o objetivismo no sentido teleológico, algo que o autor não concorda, mas expõe para evidenciar um outro ponto de vista.

Mais adiante no texto, Wiklund se serve do filósofo Dilthey mais uma vez. Neste momento ele o utiliza em uma possibilidade de descrição da teoria de Rusen e apresenta comentários em nota de rodapé expondo diferenças entre ele e Rusen. Na argumentação sobre a instrumentalização do passado e objetividade histórica, dois outros autores são abordados de maneira a confirmar que se diz: Gadamer e Vierhaus. E, por fim, como contraponto à hermenêutica romântica, o autor indica a leitura da crítica de Hans-Georg Gadamer ao leitor.

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