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ADI HISTORIA NA EDUCACAO 1

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Por:   •  22/2/2015  •  1.389 Palavras (6 Páginas)  •  490 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ

Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD

AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA 1 – AD1 – 2014.2

Disciplina: HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO 1

Coordenador (a): Lúcia Garcia

Aluno (a): _________________________________________ Matr.:_____________________

Polo: _________________

ATENÇÃO: Nessa avaliação, não transcreva trechos do material didático nas respostas. As transcrições poderão ser desconsideradas.

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Questão 1 (2,0 pontos)

Imagine-se na seguinte situação em sua sala de aula: Um aluno do 5º ano do Ensino Fundamental faz a seguinte pergunta:

-Professor(a), tudo que está escrito no meu livro de História é a verdade?

Responda a pergunta feita por seu aluno apresentando um argumento e um exemplo que embase sua resposta. Tenha a preocupação em usar uma linguagem compatível com a série em questão. (2,0 pontos)

Questão 2 (2,5 pontos)

Sabemos que o ensino de História passa por um processo de renovação. A partir dessa assertiva, leia a crônica a seguir, protagonizada por um professor jovem e recém-formado e um diretor pedagógico de uma instituição escolar :

Referência bibliográfica:

“Uma crônica para pensar o Ensino de História”. In: História e Didática. Petrópolis: Vozes, 2010, pp.11-13. Coleção Como Bem Ensinar, coordenação Celso Antunes.

Após a leitura da crônica responda de forma consistente:

Do ponto de vista metodológico e em termos da abordagem da História ensinada por que razões o jovem professor foi considerado “velho” demais para lecionar na referida escola?

Questão 3

Leia e reflita sobre as frases abaixo:

a) “O interesse da História está justamente no entrelaçamento entre a Humanidade e o tempo.”

b)“O que orienta o estudo da História é o presente, não o passado.”

A partir da reflexão sobre o teor das frases cumpra as tarefas propostas:

3.1 – Para cada frase destacada escolha uma imagem (recortes de revistas, jornais, imagens da internet, etc...) que represente, para você, a ideia contida na frase. (1,0 ponto)

3.2 – Escreva pequenos textos (máximo 8 linhas) que sintetizem a relação entre a imagem escolhida e a frase. (2,0 pontos)

Questão 4 (2,5 pontos)

Leia o texto abaixo e responda à questão proposta:

Breve reflexão sobre a renovação da abordagem do Ensino de História e seu impacto na produção dos instrumentos didáticos de aprendizagem: entre o passado e o presente.

Por Lúcia Garcia

O ensino de História esteve presente nas escolas elementares ou escolas primárias brasileiras, variando de importância no período que vai do século XIX ao atual. Inicialmente foi objeto de poucos estudos nas escolas encarregadas de alfabetizar, mas, na medida em que se organizava e se ampliava esse nível de escolarização, a partir da década de 1870, sua importância foi ampliada como conteúdo encarregado de veicular uma “História nacional” e como instrumento pedagógico significativo na constituição de uma “identidade nacional”. Os livros escolares produzidos no século XIX e nas primeiras décadas do século XX valorizavam a memorização no processo de aprendizagem. Aprender História significava saber de cor nomes e fatos com suas datas, repetindo exatamente o que estava escrito no livro ou copiado nos cadernos. Aprender era memorizar. Para consolidar essa memória histórica, as escolas passaram a preparar comemorações e festas cívicas, utilizando estratégias pedagógicas que envolviam música, teatro, desfiles e toda uma série de rituais, com a participação dos alunos e suas famílias, ao lado de autoridades públicas. Os métodos de ensino baseados na memorização correspondiam a um entendimento de que “saber história” era dominar muitas informações, o que, na prática, significava saber de cor a maior quantidade possível de acontecimentos de uma história nacional. As críticas a esse método foram, por sua vez, inevitáveis. Já em finais do século XIX, podia-se encontrar uma literatura pedagógica que sugeria a necessidade de novos métodos que incentivassem a participação e o envolvimento dos alunos na aprendizagem. Em 1917 foi publicada a obra “Methodologia da História na aula primária”, escrita pelo professor da Escola Normal do Rio de Janeiro, Jonathas Serrano, que indicava as possibilidades de mudanças no método do ensino de História para alunos a partir dos 7 anos. Sem deixar de exaltar o ensino da História Pátria e o culto aos grandes nomes da História nacional, o autor considerava que, para tornar mais eficiente o ensino da disciplina, era preciso preparar melhor o professor. Este deveria escolher muito bem as narrativas que pudessem despertar o interesse dos alunos e atentar para a importância do uso de outros materiais, como mapas e gravuras. A partir dos anos 1930 surgiram propostas de Estudos Sociais em substituição à História, Geografia e ao Civismo para as escolas primárias. O princípio básico dos Estudos Sociais era a integração do indivíduo na sociedade, devendo os conteúdos dessa área ajudar a inserção do aluno na sua comunidade. Propunha, desse modo, que os estudos fossem iniciados com base nas realidades próximas das crianças, tanto no espaço como no tempo. O passado próximo era, portanto, o imediato: o familiar, o local, o escolar. Todavia, houve sempre certa dificuldade em estabelecer efetivamente os conteúdos históricos dos Estudos Sociais, em consequência da condição de síntese que a área tendia a desempenhar, devendo ser também uma área de formação de valores morais. A análise dos Parâmetros Curriculares Nacionais produzidos pelo governo federal na década de 1990 revela, por sua vez, as transformações no ensino de História, apontando uma variedade de propostas que visam o estabelecimento de um processo ensino-aprendizagem significativo para a geração do mundo tecnológico, com seus ritmos variados de compreensão do presente e seu intenso consumismo, o qual desenvolve, no público escolar, um utilitarismo e um pragmatismo bastante acentuado. Tal mudança nos conteúdos e métodos do ensino de História verificada na transição do século XX para o atual leva-nos à reflexão sobre a redefinição do papel do professor que deve valer-se da conquista de maior autonomia no trabalho pedagógico e, ainda, da fundamentação construtivista, compreendendo o aluno como sujeito ativo no processo de aprendizagem, aceitando que possui um conhecimento prévio sobre os objetos de estudos históricos e geográficos, obtido pela experiência da vida em comunidade e pelos meios de comunicação, aspectos que devem ser integrados ao processo de aprendizagem . Ao professor cabe, portanto, eleger conteúdos significativos que sejam capazes de proporcionar ao educando uma leitura do mundo social, econômico e sociocultural valorizando o debate, a comparação, a integração dos vários conhecimentos adquiridos na escola e a aprendizagem de novas linguagens e tecnologias. Se a História serviu inicialmente para legitimar um passado que explicasse a construção do Estado-nação e para desenvolver o sentimento patriótico ou nacionalista, hoje um dos objetivos fundamentais do ensino de História relaciona-se a sua contribuição no reconhecimento e no respeito à diverisdade. A constituição de identidades está associada, assim, à formação da cidadania, problema essencial em nossos dias, quando levamos em conta o papel da escola na formação do cidadão e da sua base intelectual, desenvolvendo seu pensamento crítico, ou seja, sua capacidade de observar, descrever e estabelecer relações entre o passado e o presente.

Referências bibliográficas:

BITTENCOURT, Circe (org.) Ensino de História. Fundamentos e Métodos. São Paulo: Contexto, 1997.

FONSECA, Thais Nivia de Lima e. História e Ensino de História. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

Com base na renovação da abordagem do Ensino de História verificado a partir da década de 1990, observe as imagens e leia atentamente os prefácios dos livros didáticos de História reproduzidos a seguir. Contextualize-os, reflita e compare as concepções de História e de aprendizagem veiculadas nos dois instrumentos pedagógicos, a partir da leitura do texto e do seu conhecimento prévio sobre o tema.

1 - Pequena História do Brasil, de Joaquim Maria de Lacerda. 2ª edição, 1942.

2

– História e Consciência do Brasil, por Gilberto Cotrim, 1993.

***

“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo, nem ensino.”

(Paulo Freire)

Bom trabalho!

Profª. Lúcia Garcia

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