ANALISE DA LEI 10.639 FRENTE AOS PROFESSORES DE HISTÓRIA NO ENSINO MÉDIO
Por: odes • 30/8/2018 • Monografia • 5.363 Palavras (22 Páginas) • 262 Visualizações
FACULDADE RIO SONO
DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM HISTÓRIA E CULTURA AFRO BRASILEIRA
ODEANES MARIA ALVES DA SILVA
ANALISE DA LEI 10.639 FRENTE AOS PROFESSORES DE HISTÓRIA NO ENSINO MÉDIO
ARAGUAINA - TO
2012
ODEANES MARIA ALVES DA SILVA
ANALISE DA LEI 10.639 FRENTE AOS PROFESSORES DE HISTÓRIA NO ENSINO MÉDIO
Artigo apresentado, a Faculdade Rio Sono, como requisito parcial para conclusão do curso de pós-graduação em História e cultura Afro Brasileira.
Orientadora: Professora Giliana Zeferino Leal.
ARAGUAINA – TOCANTINS
2012
ANALISE DA LEI 10.639 FRENTE AOS PROFESSORES DE HISTÓRIA NO ENSINO MÉDIO
Artigo apresentado à Banca Examinadora da Faculdade Rio Sono, como requisito parcial para obtenção do título Especialista História e cultura afro brasileira. Orientadora: Professora Giliana Zeferino Leal.
Aprovado em: ______/_____/______.
Nota:
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
Professora Esp. Giliana Zeferino Leal
Orientadora
_________________________________________________
Professora Msc. Nilsandra Martins de Castro Sales
2º Membro da Banca
_________________________________________________
Professor Msc. André Luiz Ortiz da Silva
3º Membro da Banca
ANALISE DA LEI 10.639 FRENTE AOS PROFESSORES DE HISTÓRIA NO ENSINO MÉDIO
Odeanes Maria Alves da Silva [1]
RESUMO
O objetivo deste artigo é apresentar uma analise reflexiva sobre o ensino de História da África e cultura afro-brasileira, bem como é tratado nos currículos escolares do ensino médio, relacionado com as práticas pedagógicas docente, das escolas públicas estaduais. No qual se percebe a grande necessidade em discutir os valores civilizatórios da cultura afro-brasileira nas escolas, a partir de aspectos da aplicação da lei.A história nos revela desde do seu processo de formação da sociedade brasileira a população negra sempre foi subjulgada e marginalizada, sustentada por teorias raciais gerando desigualdades sociais. A vista de está buscando superação dessas desigualdades destaca-se ações formativas e políticas afirmativas tendo em vista a lei 10.639 promulgada em 9 de janeiro de 2003 instituindo a obrigatoriedade do ensino de História da África e da cultura afro brasileira. Tendo como objetivo um instrumento para a construção de uma sociedade antirracista, que privilegia o ambiente escolar como um espaço fundamental no combate ao racismo e a discriminação racial.
(Lei nº 10.639/2003. Ensino. Historia. Cultura afro. Ações)
ABSTRACT
The aim of this paper is to present a reflective analysis on the teaching of African History and african-Brazilian culture, and is treated in high school curricula, teaching practices related to teaching, the state's public schools. In which one realizes the great need to discuss the civilizing values of african-Brazilian culture in schools, from aspects of implementation of lei.A history shows us since the process of formation of Brazilian society the black population has always been subdued and sidelined , sustained by racial theories generating social inequalities. The view is looking overcoming these inequalities stands out training actions and policies with a view to affirmative 10,639 law enacted on January 9, 2003 instituting the mandatory teaching of African history and culture african Brazilian. Aiming a tool for building an anti-racist society that privileges the school environment as a fundamental space in combating racism and racial discrimination.
(Law n º 10.639/2003. Teaching. Historia. African culture. Actions)
1 INTRODUÇÃO
A população negra tem sido historicamente alvo de racismo e de mecanismos de exclusão social. Sendo a educação o caminho para a promoção da igualdade racial e um direito de todos, cabendo às esferas governamentais garantir uma educação de qualidade e inclusiva.
A legislação pertinente à educação das relações étnicas raciais e do ensino de História e cultura afro brasileira e Africana no Brasil vem acompanhada de ações e políticas afirmativas em vários níveis, cabe o objetivo deste artigo em dirigir se especialmente as Diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio.
Partindo de questionamentos pertinentes a quanto e quais são as ações formativas e políticas afirmativas no estado do Tocantins? E como tais ações atuam na formação continuada de professores e professoras? Bem como também como são refletidas na pratica cotidiana escolar? A tais questionamentos procede de análise de dados bibliográficos a documentos como as Diretrizes nacionais para o ensino médio, bem como questionários de pesquisa junto a alguns professores de história do ensino médio.
Como expresso nos parâmetros curriculares nacionais, a educação escolar correspondente a um espaço sociocultural e institucional responsável pelo trato pedagógico do conhecimento e da cultura. No entanto como pondera Nilma Lino Gomes (2001. p 86) em certos momentos “as praticas educativas que se pretendem iguais para todos acabam sendo as mais discriminatórias” essa afirmação pode parecer paradoxal, mas dependendo do discurso e da pratica desenvolvida, pode se incorrer ao erro da homogeneização em detrimento do reconhecimento das diferenças.
No entanto, sabemos que mesmo em meio à escravidão não se impediu as populações negras de promover a continuidade de suas historias e suas culturas, bem como o ensinamento de suas visões de mundo. Tanto nas formas individuais como coletivas, em senzalas, quilombos terreiros, irmandades, a identidade do povo negro foi assegurada como patrimônio da educação afro- brasileira.
Baseado nas diretrizes nacionais para o ensino médio resolução nº 03/98 A educação formal sempre constitui em marco no panorama das reivindicações do movimento negro na luta por uma sociedade mais justa e igualitária visto que o racismo e a praticas discriminatórias disseminadas no cotidiano brasileiro não representa simplesmente uma herança do passando. O racismo vem sendo recriado e realimentado ao longo de toda a nossa história. Seria impraticável desvincular as desigualdades observadas atualmente dos quais quatro séculos de escravismo que a geração atual herdou.
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