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AS MORTES DO INDÍGENA NO IMPÉRIO DO BRASIL: O INDIANISMO, A FORMAÇÃO DA NACIONALIDADE E SEUS ESQUECIMENTO

Por:   •  5/7/2017  •  Resenha  •  582 Palavras (3 Páginas)  •  635 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ[pic 1]

HISTÓRIA INDÍGENA

DOCENTE – TEREZINHA

BRUNO SOUZA SILVA

RESUMO DO TEXTO:

AS MORTES DO INDÍGENA NO IMPÉRIO DO BRASIL: O INDIANISMO, A FORMAÇÃO DA NACIONALIDADE E SEUS ESQUECIMENTOS.

Ilhéus - Ba

Outubro 2016

 O artigo: As mortes do indígena no Império do Brasil: O indianismo, a formação da nacionalidade e seus esquecimentos do autor João Pacheco de Oliveira aborda as mais diversas representações sobre os índios no século XIX, no período da Independência e no período do segundo reinado.

       Um dos destaques do texto é a questão da modalidade específica de esquecimento. Do imaginário da construção da nacionalidade indígena que na época podemos vê no âmbito da esfera política (via princípios de política indigenista e de um projeto civilizatório para o país), quanto engendrada por manifestações de natureza artística (como o indianismo literário e a pintura acadêmica). Durante o Império, na época da luta pela independência do Brasil, era comum, entre os rebeldes, trocar o sobrenome de origem portuguesa pelo sobrenome indígena, como forma de demonstrar a ruptura com a metrópole portuguesa.

        Desde a carta de Pero Vaz de Caminha até os conflitos pela terra e a luta pelo respeito à cultura viva dos povos indígenas nos dias de hoje, tenta-se diminuir a imagem do exótico, do “purismo intocável” ou do terrível preconceito ante as diferenças. A maioria das visões “imaginadas” é típica de quem não se envolve mais profundamente com a questão ou se dedica ao estudo desses povos apenas intelectualmente, mistificando-os. A complexidade dos contatos exige uma aproximação que implique um relacionamento além das aparências, para que se possa conhecer e respeitar a diversidade e combater a imagem da ameaça sobre tudo o que nos seja genérico e estranho, caminho que leva à rejeição, ao preconceito e ao extermínio agressivo daquilo que seja diferente.

        O texto tem como objetivo fazer uma reflexão das narrativas e  e das imagens relativas aos indígenas produzidas no processo de formação da nacional. Os indígenas não estão no principal foco de todos os processos de construção da imagem de formação cultural nacional.. Inversamente precisam ser capturados à contra-luz, como sombras, ruídos e o não dito. As imagens e as narrativas decorrentes do texto são  socialmente e tornam-se hegemônicas quando dão significado a experiências intelectuais e afetivas não apenas de seu autor, mas quando atingem um campo mais amplo de atores e instituições, saindo do circuito de criadores e especialistas, chegando ao público virtual de uma sociedade ou de uma época.

     É importante destacar que a morte dos indígenas nesse período de segundo reinado e independência, foram expostas depois através de diversas expressões culturais, como por exemplo, nas pinturas, romances, literatura brasileira.

       As muitas e celebradas mortes dos indígenas, através dos  feixes de significados  que o texto expõe, engendraram efeitos sociais que implicaram numa modalidade peculiar de esquecimento, subjacente ao processo de formação de uma identidade nacional. Elas constituem o substrato de uma crença comum e muito arraigada de que o índio é objeto de uma história que antecedeu o Brasil.

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