AS REVOLUÇÕES, O SISTEMA CAPITALISTA E A GLOBALIZAÇÃO
Por: Ibf Fronteira Oeste • 13/5/2018 • Artigo • 4.381 Palavras (18 Páginas) • 256 Visualizações
AS REVOLUÇÕES, O SISTEMA CAPITALISTA E A GLOBALIZAÇÃO[pic 1]
ALEGRE, Sandra Ferreira ¹
Prof Orientador ²
RESUMO
Este artigo tem como objetivo geral expor a formação e consolidação do sistema capitalista, as transformações ocorridas a partir das revoluções industriais e francesas e suas manifestações em várias áreas bem como o “surgimento” do fenômeno chamado globalização, sendo assim, com o objetivo de analisar as transformações políticas, econômicas e sociais no seu processo histórico, caracterizando a sociedade capitalista e suas formas de organização. O método utilizado para compor o presente trabalho foi através da pesquisa Bibliográfica, de caráter qualitativo. Conclui-se que, tais fenômenos são gerados pela necessidade da dinâmica do capitalismo. O processo de globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interligam o mundo. Foi muito gratificante a pesquisa sobre o assunto aqui pesquisado, sendo assim, todos os objetivos foram alcançados.
Palavras chave: Revolução Industrial. Capitalismo. Globalização
1 INTRODUÇÃO
Neste texto, tem-se a intenção de expor o processo de transformação que ocorreu na sociedade com o advento das revoluções industrial e Francesa e, suas manifestações que se contribuíram para a formação e consolidação do sistema capitalista. Este sistema vigora até os nossos dias, o qual define a nossa forma de ser, pensar, trabalhar, relacionar, produzir, etc.
O artigo está dividido em subcapítulos, onde o primeiro fala da revolução francesa e as suas consequências; no segundo a revolução industrial e as suas repercussões, passando por manifestações filosóficas, políticas, religiosas, sociais e científicas do século xix. O objetivo geral do presente artigo é expor a formação e consolidação do sistema capitalista, as transformações ocorridas a partir das
revoluções industriais e francesas e suas manifestações em várias áreas bem como o “surgimento” do fenômeno chamado globalização. A pergunta problema de que forma a revolução industrial transformou o sistema capitalista.
Nos dias atuais, vivemos um fenômeno chamado globalização, que é um processo de integração econômica, cultural, social e política. Esse fenômeno é gerado pela necessidade do capitalismo de conquistar novos mercados, principalmente se o mercado atual estiver saturado.
É importante ressaltar aqui a passagem da manufatura à indústria moderna, tendo como referencial teórico a análise que Karl Marx desenvolveu em dois capítulos da obra O Capital: Divisão do trabalho e manufatura e A maquinaria e a indústria moderna. A partir dessa mudança na produção, o sistema capitalista consolidou-se como modo de produção hegemônico, pois teve condições materiais para aumentar a produtividade, o lucro e remover os entraves que a produção manufatureira impunha à sua expansão. Assim, buscou-se fomentar novos conhecimentos científicos para aplicá-los no desenvolvimento de instrumentos de produção, com o objetivo de ampliar a acumulação de capital e o domínio da burguesia.
2. A REVOLUÇÃO FRANCESA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
No apagar das luzes do século XVIII, a França, uma monarquia governada por Luiz XVI, é ainda um país agrário, com industrialização incipiente. A sociedade francesa está constituída de três grupos sociais básicos: o clero, a nobreza e a burguesia. O clero, cognominado de Primeiro Estado, representava 2% da população total e era isento de impostos. Havia um grande desnível entre o alto clero, de origem nobre e possuidor de grandes rendimentos originários das rendas eclesiásticas, e o baixo clero, de origem plebeia, reduzido à própria subsistência. A nobreza, conhecida como Segundo Estadofazia parte dos 2,5% de uma população de 23 milhões de habitantes. Não pagava impostos e tinha acesso aos cargos públicos. Subdividiam-se em alta nobreza, cujos rendimentos provinham dos tributos senhoriais, das pensões reais e dos cargos na corte; em nobreza rural, que possuía direitos de senhorio e de exploração agrícola, e em nobreza burocrática, de origem burguesa, que ocupava os altos postos administrativos. Cerca de 95% da população – que incluía desde ricos comerciantes até camponeses – formavam o Terceiro Estado, que englobava a burguesia (fabricantes, banqueiros, comerciantes, advogados, médicos), os artesãos, o proletariado industrial e os camponeses. Os burgueses tinham poder econômico, devido, principalmente, às atividades industriais e financeiras.
No entanto, igualada ao povo, a burguesia não tinha direito de participaçãopolítica nem de ascensão social. Foi essa situação que desencadeou uma série deconflitos, que culminaram com a Revolução Francesa, de 14 de julho de 1789.
Nessa perspectiva argumentam Marx e Engels:
A burguesia não pode existir sem revolucionar continuamente os instrumentos de produção e, por conseguinte, as relações de produção, portanto todo o conjunto das relações sociais. A conservação inalterada do antigo modo de produção era, ao contrário, a primeira condição de existência de todas as classes industriais anteriores. O contínuo revolucionamento da produção, o abalo constante de todas as condições sociais, a incerteza e a agitação eternas distinguem a época burguesa de todas as precedentes (MARX; ENGELS, 1996, p. 69).
O desenvolvimento de novos instrumentos de produção é uma necessidade constante do sistema capitalista, que procura maximizar a produção e minimizar o tempogasto para produzir mercadorias. Esse processo só se tornou possível na medida em que se desenvolveram conhecimentos com vistas à expansão da produção.
A despeito dos inegáveis benefícios sociais e políticos produzidos pela Revolução Francesa, entre eles a célebre Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, seguiram-se ainda anos de terror, que favoreceram o golpe de estado executado por Napoleão Bonaparte, no final do século XVIII. Os sublimes ideais da Revolução Francesa foram desvirtuados, em razão do abuso do poder exercido por aqueles que assumiram o governo do país.
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