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Ao Sul do Corpo: Mary Del Priore

Por:   •  7/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  928 Palavras (4 Páginas)  •  277 Visualizações

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     Ao Sul do Corpo: Mary Del Priore

  1. Elabore uma síntese sobre o livro apresentado pelos colegas.

Mary nos conta um pouco de como era ser mãe naqueles tempos, de como as mulheres se preparavam para o parto, cuidavam de seus filhos e se encaixavam ou não no papel da “santa mãezinha” idealizado pela sociedade da época.  A autora utiliza fontes onde através da história contada pelos homens em documentos ela consegue situar o papel da mulher. Em uma terra de uniões passageiras, onde os homens estavam sempre em movimento, em busca de riquezas e novas paisagens, as mulheres, principalmente as mais pobres, enfrentavam a solidão e o abandono.                                 Começando o livro onde fala o papel da mulher no tempo, de como as mudanças no Velho Mundo influenciava diretamente na vida do Novo Mundo, estabelecendo os modos como as mulheres deviam se comportar. Expressando a todo momento que as mulheres eram consideradas seres inferiores aos homens, onde até os médicos justificam que as mulheres são inferiores e que o próprio Deus a fez com as suas mãos. Logo em frente no livro fala sobre a questão dos casamentos como uma forma de sentir segurança, havia as pessoas que não tinha condições de pagar um casamento e apenas juntavam suas coisas e moravam juntos, geralmente essas uniões eram mais verdadeiras que as oficializadas pela igreja.                                                 A partir do casamento acontecia a divisão das tarefas domiciliares onde a mulher era a principal responsável pela educação dos filhos, a mulher cuidava da vida na casa e o homem era o ser público, a mulher pode ser considerada a culpada caso os filhos não fossem bons. A igreja utilizava o confessionário como instrumento de controle eficaz dos comportamentos femininos.                                                 Para evitar toda a sorte de tentaç5es e ''desordens, a mulher estaria obrigada a obedecer seu marido por preceito Divino”, e acrescentava que no Direito Civil achava-se escrito que ''nem os cabelos da cabeça pode cortar sem 1 licença e autoridade do marido''.

Além disso haviam os métodos de culpa, as culpas formavam uma espécie de roteiro do dia a dia das mulheres sejam elas jovens ou velhas.                                 A perseguição do prazer como objetivo único e não como consequência do ato sexual, a procriação como dever conjugal e solitária justificativa para o coito não se impunha ainda as comunidades do Antigo Regime. Atentas a hábitos contraceptivos, esterilizantes ou procriativos, as comunidades tradicionais, muito embora bombardeadas pelas imposições do Concilio de Trento, não perdiam de vista seus próprios critérios de reprodução. Uma grande família seria sempre sinônimo de solidariedade e perpetuação. O crescei e multiplicai-vos ecoava sistematicamente nas necessidades básicas das populações do passado. A medicina é muito presente durante todo o período com a suposições de ideias, na criação de remédios, para auxiliar até mesmo no aumento dos desejos da carne era uma sociedade que se fazia muito presente do lado misógino, onde os homens tentavam controlar as mulheres e seu corpo.                                         Assim sendo, a domesticação da mulher passara inelutavelmente pela maternidade no interior do casamento normatizado. Ela precisava igualmente resguardar-se das paixões. E a autora encerra o livro falando sobre o horror a “ausências e excessos” havia nascido no período anterior, simbolizado na luxuria e na melancolia, ambas imagens de uma nosologia que excluía e estigmatizava mulheres cujo útero não fosse fecundo e não estivesse a serviço do Estado e da Igreja.

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